Pronunciamentos

DEPUTADO ALENCAR DA SILVEIRA JR. (PDT)

Declaração de Voto

Justifica seu apoio ao Projeto de Lei nº 2.993/2024, que dispõe sobre campanha, nas escolas públicas do Estado, de conscientização sobre os riscos dos dispositivos eletrônicos para fumar – DEFs –, também conhecidos como cigarros eletrônicos, e prevenção de seus danos à saúde das crianças e adolescentes. Manifesta preocupação com a falta de controle sobre a composição dos líquidos utilizados nos "vapes" e defende a legalização e fiscalização rigorosa da produção para garantir segurança à saúde pública. Apresenta apelo pela proibição de alguns tipos de jogo de azar pelo celular.
Reunião 11ª reunião EXTRAORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 23/05/2025
Página 53, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas PL 2993 de 2024

11ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 21/5/2025

Palavras do deputado Alencar da Silveira Jr.

O deputado Alencar da Silveira Jr. – Presidente, quero só ter uma oportunidade, de novo, de explanar por que colocamos o voto favorável ao projeto do deputado Leleco, que estabelece uma campanha de conscientização sobre os riscos do cigarro eletrônico, o famoso vape. Um projeto desta Casa, que virou lei, proíbe o cigarro em ambiente fechado. Hoje essa lei é um sucesso. Acabou-se o cigarro nos ambientes fechados. Havia, antigamente, deputados que fumavam neste Plenário. De lá para cá, a gente apresentou o projeto e foi o primeiro projeto constitucional votado em uma Assembleia Legislativa. Ele foi sancionado, naquele ano, pelo governador Aécio Neves, e esse projeto também continha a proibição do cigarro eletrônico. Só que o cigarro normal pegou, e logo veio o cigarro eletrônico, o vape. Todo mundo está usando vape hoje, a juventude o usa. Minha preocupação – falo nesta Casa mais uma vez e gostaria de explicar a todos os deputados, a todas deputadas e aos telespectadores da TV Assembleia, que nós criamos há mais de 25 anos – é que o cigarro que é vendido hoje… A Amanda falava comigo: “Alencar, mas é vendido em bar”. É proibido! É vendido na porta do boteco. É proibido! É vendido no Shopping Oiapoque. É proibido! O cigarro eletrônico é proibido, mas ele está sendo consumido. A juventude está fumando o cigarro eletrônico. Quando esse cigarro é descartado, ele é reaproveitado. Não sabemos o que está sendo colocado nele quando ele é reaproveitado. Você hoje compra um cigarro desse na porta de um bar, na porta de uma danceteria, em algum lugar, e faz aquela fumaça bacana, mas você não sabe o que está colocando no seu pulmão. Estamos acompanhando várias doenças do pulmão, que ninguém sabe de onde vêm, nessa juventude que está usando o cigarro eletrônico. A meninada hoje vai para uma boate e acha fumar bonito, está na rua e acha isso bonito, está conversando e achando o cigarro bonito, mas a gente não sabe o que está ali dentro. Qual é a minha preocupação? A doença que está chegando e se alastrando. Nós estamos acompanhando isso. Então cabe ao governo federal… Não falo isto apenas agora, tenho falado isto várias e várias vezes, em todos os cantos a que vou neste Brasil: está na hora de o governo federal pegar as fábricas de tabaco, as fábricas de cigarro, as fábricas que produzem o cigarro eletrônico, e fiscalizá-las. Cabe legalizar e olhar o que está sendo colocado nesse cigarro. Quando ele é fabricado aqui, no Brasil, nós vamos ter a Anvisa fiscalizando. Quando ele é fabricado no Paraguai, na Alemanha, na Suíça, onde for, ou então em fundo de quintal – isso está sendo feito hoje, em Belo Horizonte e em São Paulo –, ninguém sabe o que está sendo colocado ali dentro. Os médicos têm que saber o seguinte: eles estão colocando o quê? O fumo com a melhor essência? Eles estão colocando água? Eles estão colocando água do Rio Arrudas? Ninguém sabe o que está sendo colocado ali dentro. “Ah, mas tem um que tem um cheirinho de limão, tem um com cheirinho de cereja”. Ninguém sabe. Então fica aqui, mais uma vez, o apelo deste deputado. Com esse tempo todo que temos nesta Casa, cabe só lembrar o seguinte. Existe? Existe. Estão trazendo de fora? Estão. Estão recarregando esses cigarros eletrônicos com o quê? Tem que haver essa fiscalização. E o governo federal, com a responsabilidade que ele tem, deve fazer uma fiscalização pela Anvisa. Que legalize uma fábrica, que faça uma fábrica ou que olhe uma fábrica, mas veja o que está sendo colocado dentro desses cigarros eletrônicos que essa juventude está consumindo. Mais uma vez, Sra. Deputada, eu quero lembrar que o jogo continua solto no Brasil pelos telefones. Nós estivemos na reunião da Unale em Goiânia, conseguimos o apoio do colegiado de presidentes e retiramos um documento para ser entregue ao governo federal, pedindo urgentemente a proibição do jogo pelo telefone, o jogo do cassino, o jogo do bicho, o jogo de caça-níquel, o jogo que está viciando, matando e acabando com a família mineira, com a população e com a juventude. Fica aqui esse apelo mais uma vez. Quero parabenizar o colegiado de presidentes, o presidente Bruno, da Assembleia de Goiás, o secretário-geral Tadeu e todos os presidentes que ali estavam, que aceitaram a proposta e enviaram esse documento para o governo. Já passou da hora disso acabar. V. Exa. sabe perfeitamente o que estão passando as pessoas lá em Montes Claros, na Região Norte. Pessoas carentes estão perdendo o seu dinheiro dentro de casa, dentro do escritório, dentro do coletivo. Um abraço. Muito obrigado pela paciência.