Pronunciamentos

ALTAIR JOSÉ POLSIN, Comandante da 4ª Região Militar

Discurso

Agradece a homenagem pelo transcurso do Dia do Soldado.
Reunião 24ª reunião ESPECIAL
Legislatura 19ª legislatura, 1ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 28/08/2019
Página 20, Coluna 1
Assunto CALENDÁRIO. HOMENAGEM. SEGURANÇA PÚBLICA.
Proposições citadas RQO 510 de 2019

24ª REUNIÃO ESPECIAL DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 19ª LEGISLATURA, EM 26/8/2019

Palavras do Gen.-Div. Altair José Polsin

O Gen.-Div. Altair José Polsin - Exmo. Sr. deputado Coronel Henrique, autor do requerimento que deu origem a estas homenagens, neste ato representando o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Agostinho Patrus; Exmo. Sr. Gen. Araújo, representando o governador Zema; Exmo. Sr. Gen. Alcio Costa, comandante da nossa 4ª Brigada de Infantaria Leve – Montanha; Brig. Mário, nosso comandante do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica; Sr. Cap. de Mar e Guerra Nicácio, comandante da Capitania Fluvial de Minas Gerais; Cel. Giovanne, comandante-geral da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais; Cel. Estevo, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais; Sr. Marcos Renault, presidente da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira.

É um privilégio para mim, como oficial do Exército Brasileiro na ativa mais antigo de Minas Gerais, ocupar essa tribuna para realizar os agradecimentos pela homenagem prestada não apenas ao Exército Brasileiro mas aos representantes das nossas Forças Armadas, Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira, das nossas forças auxiliares e também da nossa Força Expedicionária Brasileira, do Sr. Marcos Renault.

Inicialmente, queria cumprimentá-lo, Coronel Henrique, pela iniciativa. É muito raro nós termos um reconhecimento dessa magnitude, mostrando um pouco daquilo que as Forças Armadas e as Forças Auxiliares realizam em prol do desenvolvimento nacional. Então, esta é uma oportunidade rara de estarmos todos aqui reunidos e prestarmos esta homenagem ao nosso Exército Brasileiro, a Caxias, às nossas Forças Armadas e às nossas Forças Auxiliares. Obrigado e parabéns por esta brilhante iniciativa.

Depois, eu gostaria de trazer também os agradecimentos do nosso comandante Militar do Leste, Gen. Arruda, que, por razões de trabalho, não pôde estar presente aqui, mas me solicitou que transmitisse o seu reconhecimento e o seu abraço a você, Coronel Henrique, e a todos os presentes nesta sessão solene.

É muito fácil trabalhar quando a equipe busca o mesmo objetivo. Há pouco mais de quatro meses, quando assumi o comando na 4ª Região Militar, percebi, em todas as organizações aqui de Belo Horizonte, organizações militares, organizações policiais, o desejo de fazer mais e cada vez melhor. Nesse sentido do Exército Brasileiro, porque isso já faz parte da nossa rotina, do nosso dia a dia – é claro -, logo que assumi o comando na região, recebi algumas atribuições do Ministério da Defesa e, no meu segundo dia de missão, em uma sexta-feira, já o estava representando na cidade de Brumadinho em uma reunião em que representantes do governo federal estavam vindo para tratar da recuperação daquela região sofrida devido ao acidente ocorrido há pouco mais de quatro meses. No segundo dia, eu ainda não conhecia particularmente os nossos comandantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros e, já nesta reunião, ou logo após ela, já recebi um apoio acima da expectativa tanto da Polícia Militar de Minas Gerais quanto do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, enviando-nos uma aeronave e policiais e bombeiros de ligação, que me mostraram in loco o ocorrido e me fizeram um briefing de modo que eu, já naquele momento, tomasse pé de toda a situação: o que havia ocorrido e o que estava acontecendo. Isso foi muito importante para que eu tivesse esse conhecimento fundamental. Então, naquele momento, antes de completar a primeira semana de comando, já percebi a integração que havia entre todas as forças aqui em Minas Gerais. De modo que faço questão, Cel. Estevo, Cel. Giovanne, de fazer esta referência aos senhores e às suas organizações comandadas.

Ao longo desses outros quatro meses de comando, tenho recebido, em diversas oportunidades, o mesmo tipo de apoio; às vezes, sem sequer ter sido solicitado, mas sendo oferecido – e um apoio fundamental. É muito bom trabalhar com pessoas e com organizações que tem o objetivo comum de prestar o melhor apoio e serviço possível à nossa sociedade.

Da mesma forma, faço referência à nossa Marinha do Brasil e à nossa Força Aérea Brasileira. As nossas Forças Armadas trabalhando conjuntamente, representando o braço forte, o poder do Estado brasileiro, conseguem levar o apoio necessário, no momento preciso, de acordo com cada fato ocorrido ao longo da nossa história.

A homenagem a Caxias é um momento importante para refletirmos um pouquinho. Acho que quem escolheu o lema “Braço forte e mão amiga” para o Exército Brasileiro foi extremamente feliz. Caxias representou muito bem o braço forte quando, em momentos de necessidade, levou a força para manter a unificação do nosso país. Mas, após vencida a peleja, ofereceu sua mão amiga para reintegrar todos aqueles que haviam combatido ao Exército Imperial. Então, o lema está intimamente relacionado com os valores do nosso Duque de Caxias já mencionados aqui pelo Coronel Henrique.

O Exército precisa ser o braço forte. Permitam-me, brigadeiro Mario e comandante Nicácio, eu falar pelo Exército, mas tenho a certeza de que essas palavras valem também para as nossas Forças Armadas coirmãs. O Exército precisa ser o braço forte, sobretudo, naqueles momentos em que, por meio de algumas pessoas, lideranças ou organizações, pense-se em questionar a integridade e a soberania do Estado brasileiro. O Exército Brasileiro, as Forças Armadas brasileiras precisam ter esse braço suficientemente forte para dar respaldo às decisões soberanas tomadas pelo Estado brasileiro. O Exército Brasileiro, as Forças Armadas brasileiras não almejam ser mais fortes do que o Brasil, mas elas precisam do apoio de toda a nossa sociedade para terem o poder necessário para defender o potencial que temos no nosso país, não podem ser nunca menos do que isso. E, o nosso país, que hoje já é uma das principais economias do mundo, não tenho dúvidas, será uma das principais potências deste universo. E, quando falamos em principais potências, naturalmente, na disputa por espaço que é natural ocorrer, haverá a necessidade das Forças Armadas suficientemente potentes, com braço forte, para dar o respaldo necessário.

O Exército Brasileiro é mão amiga que leva o conforto em momentos de necessidade, e esta mão amiga não vem do uniforme camuflado que a gente usa; essa mão amiga, no meu entender, vem da nossa origem, da sociedade brasileira. Quem já esteve em alguma missão de paz, em algum país devastado pela guerra ou por ocorrências naturais já deve ter percebido que, quando alguém olha o soldado brasileiro e a bandeira brasileira, antes de ver o soldado, vê o brasileiro. Acho que essa característica que nos facilita ser a mão amiga nesse tipo de missão no exterior e que nos facilita ser a mão amiga em qualquer ocorrência dentro do nosso país é fruto da maneira de ser do nosso povo brasileiro; eu acho que a mão amiga representa muito bem o ser brasileiro, o ser amigo, o ser gentil, o ser solidário.

E, quando eu falo “solidário”, volto a nosso Estado de Minas Gerais. Quando soube que viria comandar uma região militar no Estado de Minas Gerais, fiquei muito feliz, porque aqui já havia morado durante três anos, de 1988 a 1990, e fui muito bem recebido naquela oportunidade, quando servi no 12º Batalhão de Infantaria, hoje Leve – Montanha. Dessa vez, quando aqui cheguei, só reforcei essa tradição de o mineiro ser acolhedor, gentil e solidário.

De forma que, nesta cerimônia que aqui estamos vivenciando hoje, Coronel Henrique, nós temos uma simbiose de tudo isso: do braço forte, representado pelos nossos uniformes, e da mão amiga, representada pela maneira de ser do nosso cidadão brasileiro.

Dessa forma, Coronel Henrique, muito obrigado por esta homenagem. É um privilégio para todos nós que envergamos um uniforme, de qualquer cor que seja. Estamos presentes e vivenciando este momento de emoção, momento de alegria, momento em que reverenciamos Duque de Caxias, reverenciamos o soldado brasileiro e reverenciamos as nossas Forças Armadas, as nossas Forças Auxiliares e a nossa Força Expedicionária Brasileira. Uma vez mais, Coronel Henrique, parabéns pela iniciativa e muito obrigado pela oportunidade nesta data. Obrigado.