Os 61 anos da Associação Mineira de Reabilitação (AMR) e o compromisso com as pessoas com deficiência foram homenageados pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A solenidade foi realizada na manhã desta sexta-feira (10/10/25), no Plenário, a requerimento do presidente da Casa, deputado Tadeu Leite (MDB).

Instituição filantrópica sem fins lucrativos, atende crianças e adolescentes com deficiência física e em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

A reunião foi prestigiada, entre outros, por beneficiados e seus familiares, voluntários, funcionários e diretores da entidade. Também participaram familiares de fundadores da instituição, como Márcia Castro, filha de Márcio de Lima Castro e Alberto Mendes, filho de José Mendes Júnior.

O presidente da AMR, Sérgio Roberto Belisário, disse que ela é fruto da união de pessoas que acreditam que todo cidadão merece ter qualidade de vida e que “a distinção muito orgulha e reconhece mais de seis décadas de transformação de vidas no estado”.

Ele informou que, por ano, são realizados, em média, 55 mil atendimentos a cerca de 500 pacientes, com idades entre 0 e 18 anos, de Belo Horizonte e 29 cidades da Região Metropolitana. Além disso, são entregues aproximadamente 7.500 equipamentos ortopédicos anualmente.

O deputado Tadeu Leite chamou a atenção para a trajetória da entidade, que, sob sua ótica, abrange inclusão, solidariedade e transformação de vidas. Ele afirmou que na AMR “milhares de histórias se reescreveram” e que ela promove autonomia e dignidade às pessoas com deficiência.

De acordo com o parlamentar, a homenagem está em sintonia com os valores da ALMG, devido à importância que a Casa atribui à defesa dos direitos dessas pessoas. Além disso, ele manifestou reconhecimento e admiração pelos familiares, pelos voluntários, pelas pessoas atendidas e por aqueles que colaboram com o legado da associação. “A reabilitação é um ato de amor, que transforma limites em possibilidades”, definiu.

Entidade é reconhecida em Minas e no País

A AMR foi idealizada em 1964 pelo médico fisiatra Márcio de Lima Castro, em um período no qual havia no Brasil um grande número de crianças com sequelas da poliomielite, ou paralisia infantil. Castro havia feito cursos de especialização no exterior e voltou ao País disposto a criar um centro para tratamento de reabilitação física e neurológica para crianças.

O objetivo é promover a inclusão social por meio da reabilitação neuromotora, com enfoque interdisciplinar, com profissionais de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional, esporte terapia, musicoterapia, odontologia, nutrição, ortopedia, serviço social e neuropediatria.

Este ano, a AMR recebeu a Ordem do Mérito Legislativo da ALMG, concedida a instituições e pessoas por serviços prestados em prol do desenvolvimento e da cidadania. Em 2024, foi destacada entre as 100 melhores ONGs do Brasil e em 2022 recebeu o título de Melhor ONG de Saúde do País.