Programa público de intercâmbio internacional é tema de reunião
O programa “Cidadão Global: de Minas para o Mundo” é promovido pela Fundação Helena Antipoff em Ibirité.
O programa “Cidadão Global: de Minas para o Mundo”, realizado desde 2019 pela Fundação Helena Antipoff no Município de Ibirité (Região Metropolitana de Belo Horizonte), é tema da audiência pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira (9/4/24).
Organizada pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG, a reunião começa às 10 horas, no Auditório José Alencar. Autora do requerimento para realização do evento, a deputada Ione Pinheiro (União) destaca a contribuição do programa para a cidadania e para melhoria do aprendizado dos alunos envolvidos.
Estão convidados para o debate, além de representantes da Fundação Helena Antipoff, gestores das escolas estaduais de ensino médio e de superintendências regionais de ensino que participam do programa em Ibirité.
De forma resumida, o programa “Cidadão Global: De Minas para o Mundo” incorpora temas e competências de interesse global na grade curricular e, a partir disso, promove um intercâmbio estudantil com o objetivo de permitir o acesso à educação intercultural aos alunos de escola pública. O projeto inclui palestras, oficinas e um processo de seleção para as bolsas de intercâmbio.
O programa se iniciou em 2019, com o envio de dois alunos à Itália para cursarem o ensino médio. Em 2020, a pandemia de Covid-19 provocou uma interrupção nas atividades, retomadas no final de 2021.
Desde o início do programa, foram enviados 27 alunos em intercâmbio estudantil para diversos países: Bélgica, Itália, Argentina, África do Sul, Espanha e França. Em contrapartida, foram recebidos oito estudantes de origem tailandesa, francesa, italiana e voluntários alemães.
A Fundação Helena Antipoff, órgão pertencente ao Governo do Estado, tem suas origens na Fazenda do Rosário, propriedade rural adquirida pela Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais, em 1940, com o objetivo de ali instalar uma escola de ensino fundamental e atividades de profissionalização no meio rural para crianças e adolescentes excepcionais e em situação de risco social.
O atual nome da instituição foi adotado em 1978, em homenagem a Helena Antipoff, uma psicóloga e pedagoga russa que passou a viver em Minas Gerais a partir de 1929, a convite do Governo do Estado, para participar de um programa de reforma do ensino.
A Fundação Helena Antipoff passou por diversas reestruturações e ampliou suas atividades na formação de professores para o ensino básico com a criação do Instituto Superior de Educação Anísio Teixeira, em 2001, incorporado à Universidade do Estado de Minas Gerais em 2013.
A Fundação inclui hoje uma biblioteca comunitária e um museu, atuando no ensino fundamental, ensino médio, educação de jovens e adultos, ensino técnico e atendimento fisioterapêutico e psicopedagógico, entre outras atividades.
Ione Pinheiro lembra a importância da Lei 23.841, de 2021, para a criação do programa Cidadão Global. A lei inclui, entre os objetivos da Política Estadual de Juventude, a promoção da articulação entre instituições de ensino estrangeiras e mineiras, visando ao fomento de programas de intercâmbio estudantil e a sua ampla divulgação.

