Notícias

Operação policial em SP é motivo de divergência no Plenário

Atuação da polícia paulista foi elogiada por deputados de direita e criticada por parlamentares de esquerda, na Reunião Ordinária de quarta (2).

Imagem

A operação policial que culminou em 16 mortes na Baixada Santista pautou discursos de deputados durante a Reunião Ordinária de Plenário realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quarta-feira (2/8/23).

As mortes foram registradas desde o início da operação Escudo, da Polícia Militar de São Paulo. A operação policial foi motivada pela morte do soldado do batalhão Rota Patrick Reis, durante patrulhamento realizado em uma favela no Guarujá, na última quinta-feira (27).

Botão

A atuação da PM de São Paulo e do governador Tarcísio de Freitas foi elogiada pelos deputados Bruno Engler (PL), Coronel Sandro (PL) e Caporezzo (PL).

“Na hora de um confronto, se tiver que morrer alguém, que morra o bandido. O policial não deve morrer; ele sai às ruas para nos proteger”, afirmou Coronel Sandro. “Matou foi pouco”, disse Caporezzo. “Bandido que dá tiro para matar tem que levar tiro para morrer”, completou Bruno Engler.

Parlamentares da oposição repudiaram esses discursos. “Acho repugnante termos falas de apoio à execução sumária de pessoas”, afirmou a deputada Bella Gonçalves (Psol). “É violência de gente armada contra gente que não tem arma”, continuou o deputado Leleco Pimentel (PT).

Por sua vez, o deputado Doutor Jean Freire (PT) argumentou que o uso de câmeras nas fardas dos PMs reduz a letalidade das operações policiais. Ele pediu apoio dos demais deputados para a aprovação do Projeto de Lei (PL) 2.684/21, de sua autoria, que dispõe sobre a implantação desses dispositivos em viaturas e uniformes policiais em Minas.

A deputada Beatriz Cerqueira (PT) se disse envergonhada pelos discursos em defesa da atuação dos PMs paulistas. “É constrangedor que o ambiente da política tenha se reduzido a isso. O Parlamento não pode ser esse lugar de enaltecimento da morte”, declarou.

Vídeo

Deputados divergem sobre responsabilidade por atos golpistas de 8 de janeiro

As investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro também motivaram discursos em Plenário nesta quarta-feira (2). “Todos nós queremos saber o que aconteceu, mas parece que o governo federal não quer colaborar”, disse o deputado Bruno Engler. Ele cobrou a divulgação das imagens das câmeras de segurança que supostamente comprovariam a negligência com a segurança dos prédios invadidos pelos manifestantes.

Os deputados Caporezzo e Sargento Rodrigues (PL) consideraram arbitrárias as prisões dos participantes dos atos golpistas em Brasília. “Ninguém vai dizer que quem depredou patrimônio público não estava errado. Mas causa estranheza que nenhum defensor dos direitos humanos tenha se levantado para defender crianças, idosos e mulheres que foram presos ao arrepio da lei”, afirmou Sargento Rodrigues.

As afirmações foram rebatidas por parlamentares da esquerda. “Aqueles que tergiversam em cima da mentira são como aqueles que erguem castelos na areia”, afirmou o deputado Leleco Pimentel. “Daqui a pouco vão falar que quem quebrou o relógio de D. Pedro foi o presidente Lula”, ironizou a deputada Bella Gonçalves.

Parlamentares lamentam estupro de mulher desacordada em BH

Outro assunto que levantou discussões em Plenário foi o estupro de uma mulher em Belo Horizonte no último domingo (30), depois de ser deixada desacordada na porta de casa por um motorista de carro por aplicativo.

A deputada Andréia de Jesus (PT) considerou inadmissível a omissão de socorro e lembrou que a legislação municipal atribui aos motoristas de aplicativo a responsabilidade pela segurança de seus passageiros. Ela defendeu alterações na lei para que, em casos como este, o motorista seja obrigado a levar o passageiro até uma unidade de pronto atendimento.

O deputado Bruno Engler considerou esse episódio lamentável, manifestou solidariedade com a mulher vítima de estupro e defendeu a pena de morte para o estuprador. “A solução para isso é bala na cabeça ou castração. Queremos direitos humanos para humanos direitos. Bandido bom é bandido morto”, afirmou.

A deputada Chiara Biondini (PP) foi à tribuna para criticar o governo federal. Ela classificou como retrocessos as manifestações de apoio do presidente Lula a ditadores como Nicolás Maduro (Venezuela) e Daniel Ortega (Nicarágua).

Já a deputada Ana Paula Siqueira (Rede) reiterou seu compromisso em defesa da tradição das quadrilhas e festas juninas e parabenizou os grupos que se apresentam no Arraial de Belo Horizonte.

Reunião Ordinária de Plenário - tarde - análise de proposições
Escaneie o QR Code com o celular para conferir este video
Deputados comentam mortes em operações policiais TV Assembleia

Receba as notícias da ALMG

Cadastre-se no Boletim de Notícias para receber, por e-mail, as informações sobre os temas de seu interesse.

Assine