Mestre Conga, pioneiro do Carnaval de BH, é destaque do Memória & Poder
Fundador da Escola de Samba Inconfidência Mineira conta sua trajetória nesta quarta (15), às 19h30, na TV Assembleia.
O nome de registro é José Luiz Lourenço, mas só os familiares o conhecem assim. Nos salões de dança, nas rodas de samba e nos desfiles de Carnaval, ele ficou conhecido como Mestre Conga. Aos 96 anos, um dos mais longevos representantes da folia na Capital mineira conta sua trajetória no programa Memória & Poder, que estreia nesta quarta-feira (15/2/23), às 19h30, na TV Assembleia.
Conga, que recebeu o apelido ainda na infância, quando fazia parte da Guarda de Congo Nossa Senhora do Rosário, testemunhou toda a evolução do Carnaval em Belo Horizonte. Brincou nas batalhas de confete, ganhou destaque como exímio dançarino nos bailes do Clube Original e do Montanhês, e se enveredou, como passista e carnavalesco, nas primeiras escolas de samba de BH, na década de 1940.
Depois de desfilar na Escola de Samba Surpresa e na Remodelação da Floresta, decidiu criar a própria agremiação, em 1950: a Inconfidência Mineira, no bairro Concórdia, na região Nordeste da Capital. Com a escola, venceu sete carnavais. É de Conga o pioneirismo de ter inserido o samba enredo nos desfiles.
Compositor, gravou o primeiro disco, “Decantando Sambas”, aos 79 anos. Nos anos 2000, fundou a Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte, que planeja uma apresentação – no formato bloquinho – durante o Carnaval de 2023. Sobre a retomada da folia de rua em Belo Horizonte na última década, Conga é modesto: “Vejo com alegria que as novas gerações estão cultivando o samba em Belo Horizonte. Contribuir, eu acho que contribuí. Mas sou suspeito pra falar”, diz
Durante a pandemia de Covid-19 criou com amigos o Coletivo Mestre Conga, para fortalecer a cultura na cidade. O primeiro objetivo: fazer com que o samba seja reconhecido e registrado como patrimônio imaterial de BH.
