Leite tipo A2 é tema de debate em São João del-Rei
Agropecuária reúne representantes da cadeia produtiva leiteira para debater certificação de propriedades produtoras desse alimento e parcerias.
Debater a evolução do mercado e a importância do leite e dos derivados de tipo A2 para a agroindústria e os produtores do Estado. Esse é o objetivo da audiência pública que a Comissão de Agropecuária e Agroindústria realiza nesta quinta-feira (27/11/25), às 14 horas, em São João del-Rei (Central).
Solicitada pelo deputado Coronel Henrique (PL), a reunião da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) acontece no Campus Experimental Risoleta Neves da Epamig, que fica na Universidade Federal de São João del-Rei. A unidade fica na Avenida Visconde do Rio Preto, s/nº.
Leites A1 e A2
De acordo com o requerimento do parlamentar, a principal diferença entre o leite A1 e o A2 está no tipo de proteína beta-caseína que contém. Essa diferença na estrutura da proteína faz com que, ao ser digerido, o leite A1 libere o peptídeo BCM-7, que pode causar desconforto digestivo e inflamação em algumas pessoas. Por sua vez, o leite A2 não provoca esse mal-estar, pois é oriundo de vacas selecionadas geneticamente, o que facilita o consumo. Já a quantidade de lactose e o valor nutricional são semelhantes nos dois tipos.
Para Coronel Henrique, “Minas Gerais, maior Estado produtor de leite no Brasil, precisa estar na vanguarda da tecnologia”. Nesse sentido, divulgou que na audiência será apresentada uma temática de inovação na pecuária leiteira - a certificação de propriedades leiteiras para produzirem o leite A2.
Valor agregado
Ainda de acordo com o parlamentar, “com maior valor agregado, esse produto será mais procurado pelos consumidores e, consequentemente, a indústria de lácteos vai cada vez mais demandar as propriedades leiteiras para a produção do leite A2”.
Para a reunião desta quinta-feira (27), foram convidados, entre outros: o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Almeida Fernandes; além de dirigentes da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais, das empresas estaduais de Pesquisa Agropecuária (Epamig) e de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e de empresas privadas envolvidas no tema.
