Duas exposições estão em cartaz na Galeria de Arte da Assembleia: “Mulher subterrânea | Faces & vísceras”, de Bia Goulart e “Guerra ao oblívio”, de Gabriel Santana. As mostras podem ser visitadas até o dia 19 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 8 às 19 horas. 

A exposição de Bia Goulart traz 13 obras que representam o pulsar feminino, com suas faces de dores e contentamentos. A artista utiliza técnicas diversas como o recorte, a colagem, o desenho, a montagem e a pintura. 

Com estética marcada por sobreposições de formas, objetos, cores e gestos, cada peça se revela como história visceral e simbólica, convidando o público a experimentar camadas de tempo e encontro que só a arte permite revisitar.

Já a mostra “Guerra ao oblívio”, de Gabriel Santana, reúne obras criadas com técnicas diversas que dialogam com a finitude humana, desde um viés metafísico de passagem da vida para a morte até impactos políticos e sociais dos sistemas mundiais. 

Para Gabriel, suas colagens, desenhos, objetos interativos, fotografias e instalações são poderosas “armas” na luta contra o esquecimento de questões fundamentais do viver. 

A exposição é dividida em duas áreas: “Batalha contra brutalidade” e “Batalha pela memória”. No primeiro espaço, as criações propõem uma reflexão sobre as fronteiras geográficas e importância do dinheiro acima da natureza e dos seres. Já em “Batalha pela memória” as obras trazem para o mundo dos vivos a contemplação acerca da passagem dos mortos para um outro plano. 

Sobre os artistas

Bia Goulart é artista plástica formada pela Escola Guignard (Uemg), com habilitação em fotografia, escultura e cerâmica. É também bacharel em jornalismo, pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A trajetória da artista transita entre comunicação, literatura e artes visuais, em uma pesquisa contínua sobre o corpo feminino, o tempo e o subterrâneo das memórias, inspirada por artistas como Lygia Clark e Marina Abramovic.

A artista já participou de mostras coletivas no Espaço Cultural MGTI, na Galeria de Arte do Espaço Ponteio e na Galeria de Arte da Escola Guignard. Durante a pandemia, integrou a Mostra Perplexa, com as performances “Sacrifício & redenção” e “Fita de mulher”.

Bia também publicou os livros “Comunicação empresarial”, “Os sete elementos: a felicidade é uma decisão” e “O oleiro” (2018). Seu quarto livro, “Mulher subterrânea”, traz mais de 200 crônicas inspiradas de sonhos vividos pela autora. 

Gabriel Santana é artista plástico, graduado em cinema de animação e artes digitais e mestre em artes, ambos cursados na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente faz doutorado na mesma instituição.

O artista já realizou duas exposições individuais: no Centro Cultural da UFMG e no Centro Cultural da Universidade Federal do Rio Grande de Sul (UFRGS), em Porto Alegre. 

Já participou de exposições coletivas com trabalhos de fotografia, desenho e instalação, com destaque para a Expedição Fotográfica no Mercado Central, da Globo Minas, e para o Festival de Fotografia de Tiradentes, além de mostras no Museu da Arte de Goiânia, no Centro Cultural da UFMG e no Centro Cultural dos Correios, em Niterói.

Gabriel realizou uma residência on-line internacional, sobre arte e sustentabilidade, pela Ontario College of Art & Design University, no Canadá.