Empreendedores à frente das soluções vencedoras do Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação – Crise Climática participaram de um encontro promovido pelo Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), na última sexta-feira (25/4/25), na Capital mineira.

Por meio desse prêmio, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) agraciou dez propostas de iniciativas para a convivência com a seca e a chuva extrema no território mineiro no fim do ano passado, em parceria com o BH-TEC.

Cada um dos projetos selecionados por uma equipe especializada recebeu R$ 60 mil, além da participação em programa de aceleração promovido pelo parque tecnológico para alavancar negócios.

De acordo com a Head de Sustentabilidade do BH-TEC, Camila Viana, o encontro da última sexta (25) ofereceu capacitação do programa de aceleração pela manhã, além de rodada de negócios à tarde. Conforme contou, os empreendedores tiveram oportunidade de se capacitar sobre sustentabilidade de forma estratégica.

Segundo Camila Viana, apesar da crise climática, empreendedores ainda enfrentam desafios, pois existe negacionismo em relação a esse cenário e dificuldade em entender o diferencial de negócios sustentáveis.

Capacitação compartilhada 

Integrantes do Programa Nautilus do BH-TEC também participaram da capacitação. O Nautilus é uma iniciativa voltada para startups e negócios inovadores que oferece suporte estratégico para empresas crescerem de forma sustentável e alinhada às demandas do mercado.

Esse momento conjunto possibilitou troca de experiências. “Esses negócios, às vezes, se complementam. São potenciais parceiros e algumas parcerias já saíram do encontro, pois esses dois grupos têm em comum entrega em sustentabilidade”, contou Camila Viana.

Rodada de negócios

Na parte da tarde, os vencedores do prêmio da ALMG participaram de uma rodada de negócios. Segundo a Head de Sustentabilidade, 15 parceiros estiveram presentes. Entre elas, instituições governamentais como Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Secretaria de Meio Ambiente de Betim e Defesa Civil de Sabará e empresas como a Way Carbon e a Vale, bem como fundos de investimento.

“Antes disso, fizemos um mapeamento. Precisamos entender desejos e necessidades de cada empreendimento. Então foi um trabalho prévio para a gente realmente fazer esse match (conexão) de qual empresa deveria conversar com qual parceiro ”, explicou.

Para participantes, atividade foi positiva

Diretor-executivo da BiotecBlue Aquicultura e Biotecnologia Marinha Sustentável, Noreyni Christophe Grego foi um dos participantes da atividade.

De acordo com ele, além do aprendizado sobre como implementar melhorias na apresentação do produto e formas de falar, possibilidades reais de parceria para o crescimento da empresa resultaram da atividade.

O cientista ambiental e integrante da Associação Florestalense de Agroecologia (Aflora), Guilherme Mamede, concordou com ele.

“A experiência foi muito legal, eu acho que o networking, principalmente com o pessoal do Nautilus, outro programa de aceleração, foi um ponto forte do encontro. E a rodada de negócio também foi interessante. As pessoas, as empresas e os órgãos estão dispostos a colaborar”, relatou.