Os impactos da reforma do ensino médio serão debatidos pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quinta-feira (11/5/23). A audiência pública será realizada no Auditório José Alencar, a partir das 9h30.

Foram convidados para o debate professores e especialistas em educação, além do secretário de Estado de Educação, Igor Alvarenga. Os parlamentares que solicitaram a realização da reunião – Beatriz Cerqueira (PT), Macaé Evaristo (PT), Lohanna (PV), Betão (PT) e Professor Cleiton (PV) – defendem a imediata revogação da reforma do ensino médio.

O novo ensino médio foi sancionado pelo ex-presidente Michel Temer em 2017, entrou em vigor em 2022 e deve ser implementado gradualmente até 2024. A carga horária será elevada progressivamente e as disciplinas tradicionais foram agrupadas em áreas do conhecimento. Cada estudante pode montar seu próprio itinerário formativo, escolhendo disciplinas eletivas e o chamado projeto de vida, que consiste em um conteúdo transversal.

Para atender as determinações federais, as escolas estaduais passaram a ofertar o ensino médio em tempo integral, o que vem gerando inúmeras reclamações dos estudantes. Em visitas e audiências realizadas ao longo do ano passado, a Comissão de Educação ouviu queixas sobre estrutura deficiente das escolas, inadequação das disciplinas à realidade dos alunos e fragmentação do currículo. Todos esses problemas estariam levando ao aumento da evasão escolar.

Os estudantes também reclamam da falta de debates aprofundados para a aprovação da reforma do ensino médio, do enfoque na formação de mão de obra e de capacidades voltadas para o empreendedorismo, da dificuldade em conciliar trabalho e estudo em tempo integral e da falta de investimento na formação dos professores.