Comissão debate denúncias de precarização do trabalho no Santander
Entidades sindicais reclamam de fechamento de agências e de precarização das condições de trabalho dos bancários.
A Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai discutir denúncias de precarização do trabalho no Banco Santander. A audiência pública, solicitada pela deputada Beatriz Cerqueira (PT), será realizada nesta quarta-feira (20/8/25), às 16h, no Auditório José Alencar.
Foi convidado para a reunião o presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, Ramon Silva Rocha Peres. A entidade sindical reclama que o lucro do Santander vem crescendo às custas do fechamento de agências e da eliminação de postos de trabalho, em um processo que deixa suas equipes sobrecarregadas.
Segundo o Sindicato dos Bancários, o Santander lucrou R$ 7,5 bilhões no Brasil no primeiro semestre de 2025, um crescimento de 18,4% em relação ao mesmo período de 2024. Apesar do desempenho positivo, o banco fechou 561 pontos de atendimento, eliminando 1.173 postos de trabalho entre junho de 2025 e junho de 2025.
Os funcionários do Santander também reclamam do avanço da terceirização no banco e da precarização das condições de trabalho. As entidades sindicais consideram fraudulenta a transferência de bancários para outras empresas do grupo Santander, que não pagam benefícios como vale-refeição e participação nos lucros.