Comissão de Direitos Humanos visita Cidade Administrativa para debater linha única do Metrô BH
Objetivo é evitar que linha única torne mais demoradas as viagens para a população do Barreiro.
Prevista para ser concluída em 2029, a Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte é o tema da visita a ser realizada nesta segunda-feira (4/8/25) pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) à Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), na Cidade Administrativa do Governo do Estado.
Solicitada pela presidenta da comissão, deputada Bella Gonçalves (Psol), a visita terá início às 14h30. De acordo com informações disponíveis no Portal da concessionária Metrô BH, a Linha 2 terá 10,5 km de extensão, incluindo sete novas estações: Barreiro, Ferrugem, Vista Alegre, Nova Cintra, Nova Gameleira, Amazonas e Nova Suíça.
As obras foram iniciadas em setembro de 2024 e, de acordo com a concessionária, a nova linha tem potencial para beneficiar aproximadamente 270 mil passageiros diariamente. A Metrô BH é controlada pelo Grupo Comporte, que desde março de 2023 é o proprietário e detentor do direito de operação da concessão do serviço de transporte metroviário, nas cidades de Belo Horizonte e Contagem, na Região Metropolitana de BH.
De acordo com a deputada Bella Gonçalves, o principal objetivo da visita é questionar a proposta da Metrô BH e da MRS Logística de implantar a chamada “linha singela” entre as estações Ferrugem e Barreiro. Cabe ao Governo do Estado aprovar ou não a proposta. A linha singela é uma linha única, em que o mesmo trem vai em um sentido e volta no outro.
O assunto já foi debatido em uma audiência pública na Assembleia de Minas, em 30 de junho de 2025. Na ocasião, as informações apuradas foram que um impasse com a MRS Logística, operadora de um pátio de manobras no Barreiro, levou a Metrô BH a solicitar autorização para que o trecho de 2 km entre as estações Ferrugem e Barreiro seja uma linha singela.
Segundo informações do gabinete parlamentar, a MRS e a Metrô BH apresentaram um estudo e argumentaram em favor da linha singela, mas o governo nunca mostrou esses estudos. “Então, a visita é para sabermos a posição do Estado e para que possamos ter acesso aos documentos do processo para que possamos incidir a favor da linha dupla, da forma como foi contratada inicialmente pelo governo federal”, declarou Bella Gonçalves.
A deputada ressalta que 90% do investimento para a obra é dinheiro público, parte do governo federal (R$ 2,8 bilhões) e outra do acordo de reparação pelo rompimento da barragem de rejeitos de minério da empresa Vale em Mariana (R$ 440 milhões). “Por isso, temos direito à via dupla e vamos seguir trabalhando por ela!”, disse Bella Gonçalves.
Entre os convidados a participar da visita que já confirmaram presença estão o secretário-geral do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais, Daniel Carvalho, e o vereador Helton Junior (PSD), de Belo Horizonte.

