A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza, nesta segunda-feira (28/4/25), uma audiência pública para debater a importância da região conhecida como Vale Proibido da Estrada Real para a história e o turismo cultural do Estado.

A reunião, solicitada pelo presidente da comissão, deputado Professor Cleiton (PV), vai ocorrer a partir das 14 horas, no Plenarinho II.

Segundo o gabinete do parlamentar, a região antigamente chamada de Sertão do Rio Preto, que compreende hoje municípios como Rio Preto e Santa Rita do Jacutinga (Zona da Mata), recebeu diversos colonizadores em busca de ouro, encontrado no Rio Preto e em seus afluentes.

O extrativismo do ouro e dos diamantes na localidade era rentável para a Coroa Portuguesa, que proibiu a abertura de novos caminhos para evitar a passagem ilegal da mercadoria, bem como intensificou a fiscalização na região por causa do contrabando por vias diferentes da Estrada Real.

Ainda conforme o gabinete, o controle na área limitada pelo Rio Preto e pela Estrada Real se fez tão rígido que o Sertão do Rio Preto passou a ser denominado como área proibida e daí criou-se a mítica do “Sertão Proibido” ou do “Vale Proibido da Estrada Real”.

A audiência desta segunda (28) tem como objetivo, então, rememorar a história da região. De acordo com informações do gabinete, a identificação e formalização do Vale Proibido da Estrada Real também impulsionaria o turismo nas duas cidades já citadas, além de Santa Bárbara do Monte Verde (Zona da Mata) e Bom Jardim de Minas (Sul de Minas).

De acordo com o deputado Professor Cleiton, o Vale Proibido da Estrada Real é um importante patrimônio histórico de Minas.

Foram convidados para a audiência representantes da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, do Ministério Público, da Prefeitura Municipal de Rio Preto e de Santa Rita do Jacutinga, do Instituto Estrada Real e da Fazenda Santa Clara, entre outros.

Estrada Real

Conforme o site do Instituto Estrada Real, a Estrada Real é a maior rota turística do País. São mais de 1.630 quilômetros de extensão, passando por Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Hoje, ela resgata as tradições do percurso, valorizando a identidade e as belezas da região.

A sua história surge em meados do século 18, quando a Coroa Portuguesa decidiu oficializar os caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro. As trilhas delegadas pela realeza ganharam o nome de Estrada Real.