Assembleia celebra 74 anos da associação de criadores do cavalo campolina
Em Reunião Especial de Plenário foram destacados o compromisso da ABCCC com o animal e com o fortalecimento da identidade mineira.
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou, na manhã desta sexta-feira (14/11/25), Reunião Especial de Plenário para homenagear a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina (ABCCC) pelos 74 anos de criação.
O presidente do Legislativo mineiro, deputado Tadeu Leite (MDB), destacou que o desenvolvimento da raça é “fruto da paciência mineira, do olhar atento do criador”, os quais contribuíram para que o animal se tornasse importante para o Estado. O parlamentar mencionou a lei 25.451, de 2025, que reconhece como de relevante interesse social e econômico do Estado a criação da raça campolina. A norma teve origem em projeto de lei de autoria do deputado Coronel Henrique (PL).
Ele elogiou o trabalho da associação e o compromisso com aspectos técnicos e éticos, além da difusão de valores que se conectam com a identidade mineira. “Que essa entidade siga mantendo essa chama que orgulha tanto o Estado e que leva o nome dele a vários cantos do País”, desejou.
Autora do requerimento para a solenidade, a deputada Lud Falcão (Pode) enfatizou a relação de afeto e responsabilidade dos envolvidos com o equino. “O que move cada criador é o sentimento. O campolina nasceu da vontade de traduzir a elegância, a força e a docilidade que devemos carregar no cotidiano”, afirmou.
A parlamentar lembrou de seu primeiro encontro com o animal, em cavalgada durante a infância, e do clima de união, alegria e celebração entre as famílias. “O campolina não é apenas um cavalo, é um símbolo de pertencimento”. De acordo com a deputada, está em construção projeto de lei de sua autoria com o objetivo de instituir política estadual voltada para a raça.
História do campolina começa no final do século XIX, em Minas
O diretor-presidente da ABCCC, Marcos Amaral Teixeira, ressaltou a trajetória da entidade, fundada em 1951, com sede em Belo Horizonte, e as ações e parcerias para a garantia da continuidade da raça.
De acordo com Teixeira, a história do cavalo se iniciou em 1870, na Fazenda do Tanque, em Entre Rios de Minas (Central). Foi na localidade que Cassiano Campolina recebeu de Dom Pedro II uma égua, a qual deu à luz o animal que estimulou o cruzamento entre raças para a criação de uma nova, com porte grande, ágil e resistente.
Para Marcos Teixeira, o campolina “une os brasileiros em torno de valores sólidos e do agronegócio” e, por isso, é conhecido como “o cavalo da família”.
A solenidade contou com a Orquestra São Gonçalo de Música Sertaneja de Patos de Minas, a qual, com violas e berrante, apresentou três canções que aludem à conexão entre seres humanos, cavalos e meio rural: "Saudade de minha terra", de Goiá e Belmonte; “Boiadeiro errante”, de Teddy Vieira; e "Caminheiro", de Anair de Castro Tolentino "Jack".