PL PROJETO DE LEI 3495/2009
PROJETO DE LEI Nº 3.495/2009
Dá denominação à rodovia LMG-827 no trecho que liga o Município de Medeiros ao de Bambuí.
A Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais decreta:
Art. 1º - Fica denominada Rodovia Senhora Aparecida Maria Teotônio o trecho da rodovia LMG 827 que liga o Município de Medeiros ao de Bambuí.
Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Reuniões, 7 de julho de 2009.
Alberto Pinto Coelho
Justificação: Aparecida Maria Teotônio nasceu em Medeiros, em 27/3/29. Filha de Antero Leite de Faria e Josefa Francisca da Cruz, ainda jovem transferiu-se para cidade de Ibiá, com o propósito de dar prosseguimento aos estudos, matriculando-se no tradicional Colégio São José. A visita aos familiares e amigos era possível somente durante as férias escolares, pois as condições de deslocamento até a cidade natal eram precaríissimas. Nesta circunstância, a vida já começava a oferecer as primeiras dificuldades e desafios que cultivariam na jovem o espírito de perseverança e superação.
Em uma destas viagens, conheceu João José Pereira, farmacêutico recém-instalado na Vila de Medeiros, com quem se casaria mais tarde e teria dois filhos, Cléia e Cleber. O esposo, na condição de profissional da área da saúde, se dedicava a cuidar principalmente dos menos favorecidos, o que lhe valeu o ingresso na vida pública como Vereador, representante da comunidade medeirense, missão lamentavelmente interrompida com a sua morte prematura. Aparecida, que, à época, além de auxiliar o esposo, lecionava na única escola local, função que exerceu durante 30 anos, assumiu, então, com determinação, o compromisso de continuar servindo a sua comunidade em duas missões distintas e desafiadoras: educar as crianças e confortar os enfermos e necessitados. A aquiescência do Conselho Regional de Farmácia foi condição indispensável para que nossa homenageada administrasse a farmácia deixada pelo esposo e desempenhasse funções como tal, numa tentativa de suprir as carências do lugar, que não dispunha de profissionais com formação médica. Aparecida Maria foi assim, ao longo da vida, professora, farmacêutica e parteira, conciliando suas obrigações com zelo e responsabilidade. Muitas vezes se deslocava em lombo de animais, na zona rural, assistindo suas parturientes em longas madrugadas, sem descuidar do ofício de professora que lhe aguardava no dia seguinte. O afeto, a dedicação, a humildade e a fé fizeram desta senhora uma pessoa querida e respeitada por todos os medeirenses, independentemente de credo ou classe social.
Enviuvando-se ainda bem jovem, Aparecida se casaria pela segunda vez com José Teotônio Torres, com quem teria mais dois filhos: Isabel Maria e Teotônio. Sua morte, no dia 5 de março de 2008, encerrou uma trajetória de vida exemplar que testemunha e dignifica importantes passagens da história de Vila de Medeiros e se perpetuará como símbolo de religiosidade e humanismo na memória de seus filhos.
- Publicado, vai o projeto às Comissões de Justiça, para exame preliminar, e de Transporte, para deliberação, nos termos do art. 188, c/c o art. 103, inciso I, do Regimento Interno.
Dá denominação à rodovia LMG-827 no trecho que liga o Município de Medeiros ao de Bambuí.
A Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais decreta:
Art. 1º - Fica denominada Rodovia Senhora Aparecida Maria Teotônio o trecho da rodovia LMG 827 que liga o Município de Medeiros ao de Bambuí.
Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Reuniões, 7 de julho de 2009.
Alberto Pinto Coelho
Justificação: Aparecida Maria Teotônio nasceu em Medeiros, em 27/3/29. Filha de Antero Leite de Faria e Josefa Francisca da Cruz, ainda jovem transferiu-se para cidade de Ibiá, com o propósito de dar prosseguimento aos estudos, matriculando-se no tradicional Colégio São José. A visita aos familiares e amigos era possível somente durante as férias escolares, pois as condições de deslocamento até a cidade natal eram precaríissimas. Nesta circunstância, a vida já começava a oferecer as primeiras dificuldades e desafios que cultivariam na jovem o espírito de perseverança e superação.
Em uma destas viagens, conheceu João José Pereira, farmacêutico recém-instalado na Vila de Medeiros, com quem se casaria mais tarde e teria dois filhos, Cléia e Cleber. O esposo, na condição de profissional da área da saúde, se dedicava a cuidar principalmente dos menos favorecidos, o que lhe valeu o ingresso na vida pública como Vereador, representante da comunidade medeirense, missão lamentavelmente interrompida com a sua morte prematura. Aparecida, que, à época, além de auxiliar o esposo, lecionava na única escola local, função que exerceu durante 30 anos, assumiu, então, com determinação, o compromisso de continuar servindo a sua comunidade em duas missões distintas e desafiadoras: educar as crianças e confortar os enfermos e necessitados. A aquiescência do Conselho Regional de Farmácia foi condição indispensável para que nossa homenageada administrasse a farmácia deixada pelo esposo e desempenhasse funções como tal, numa tentativa de suprir as carências do lugar, que não dispunha de profissionais com formação médica. Aparecida Maria foi assim, ao longo da vida, professora, farmacêutica e parteira, conciliando suas obrigações com zelo e responsabilidade. Muitas vezes se deslocava em lombo de animais, na zona rural, assistindo suas parturientes em longas madrugadas, sem descuidar do ofício de professora que lhe aguardava no dia seguinte. O afeto, a dedicação, a humildade e a fé fizeram desta senhora uma pessoa querida e respeitada por todos os medeirenses, independentemente de credo ou classe social.
Enviuvando-se ainda bem jovem, Aparecida se casaria pela segunda vez com José Teotônio Torres, com quem teria mais dois filhos: Isabel Maria e Teotônio. Sua morte, no dia 5 de março de 2008, encerrou uma trajetória de vida exemplar que testemunha e dignifica importantes passagens da história de Vila de Medeiros e se perpetuará como símbolo de religiosidade e humanismo na memória de seus filhos.
- Publicado, vai o projeto às Comissões de Justiça, para exame preliminar, e de Transporte, para deliberação, nos termos do art. 188, c/c o art. 103, inciso I, do Regimento Interno.