Pronunciamentos

DEPUTADA LENINHA (PT)

Questão de Ordem

Manifesta pesar pelo falecimento do ambientalista Braulino Caetano dos Santos; e de José Olinto Freire Santana.
Reunião 38ª reunião EXTRAORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 05/12/2025
Página 13, Coluna 1
Indexação

38ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 3/12/2025

Palavras da deputada Leninha

A deputada Leninha – Bom dia, presidente e caros colegas. Gostaria de pedir nesta manhã 1 minuto de silêncio em memória de duas pessoas muito importantes para a vida do sertanejo e para o Cerrado. Na semana passada, quando participei da Marcha das Mulheres Negras, fui ao velório do grande companheiro Braulino Caetano dos Santos, que até a própria Marina Silva o denominava como Chico Mendes do Cerrado. Durante toda a sua vida, o Sr. Braulino lutou bravamente não só pelo Cerrado, pelos guardiões do Cerrado e pela biodiversidade como também viveu uma vida demonstrando que é possível fazer luta coletiva sem pensar na individualidade. Ele era daquelas pessoas que alumiava os caminhos para a gente ter uma boa construção e fazermos bons debates acerca do meio ambiente. O Sr. Braulino é aquela pessoa que criou sua família, mas também viveu intensamente pelo Centro de Agricultura Alternativa, uma instituição que trabalha com a agroecologia, cooperativismo, juventudes e mulheres pelo Cerrado norte-mineiro e também pela Caatinga. Ele lutou muito com os povos e comunidades tradicionais, também com a Articulação Rosalino Gomes de Povos e Comunidades Tradicionais, que incorpora sete povos, incluindo os vazanteiros, os apanhadores de flores sempre-vivas, os caatingueiros, os indígenas e os quilombolas. Também gostaria de prestar homenagem póstuma ao José Olinto Freire Santana. Zé Olinto nasceu em Araçuaí, desbravou o semiárido e depois seguiu para as terras capixabas. Ele nos deixou no dia 12 de novembro, mas viveu e compartilhou momentos de alegria aqui na terra e agora nos espia em outras paragens. O Zé sempre estará presente nos versos de uma música, no acorde de um violão, nas páginas de algum livro, nos causos bem contados como um grande intérprete do Guimarães Rosa, nos aromas da natureza. À D. Elza, sua mãe de 93 anos, e a seus 11 irmãos, aqui todo o nosso afeto e o nosso carinho. Essa dor tão doída um dia passa, mas as suas lembranças e os seus ensinamentos são eternos. Por isso, presidente, gostaria de pedir, por favor, 1 minuto de silêncio em memória a essas duas pessoas aqui lembradas nesta manhã nesta Casa.