Pronunciamentos

DEPUTADO EDUARDO AZEVEDO (PL)

Declaração de Voto

Comemora a sanção, pelo presidente Lula, de projeto de lei que terá, como um dos efeitos, a proibição da linguagem neutra por órgãos e entidades da administração pública (Lei Federal nº 15.263/2025, que institui a Política Nacional de Linguagem Simples nos órgãos públicos).
Reunião 76ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 20/11/2025
Página 79, Coluna 1
Indexação

76ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 18/11/2025

Palavras do deputado Eduardo Azevedo

O deputado Eduardo Azevedo – Sr. Presidente Duarte Bechir, queria parabenizá-lo pela excelente condução dos trabalhos. Começo o meu pronunciamento na tarde de hoje, desejando uma boa tarde a todos, todas e todes. Esperem aí; esperem aí: todes já é coisa do passado, porque agora todes é apenas achocolatado. Até que enfim o Lula deu uma bola dentro: sancionou o projeto de lei que proíbe a vulgo “linguagem neutra” no ambiente público. É um absurdo, pois uma das maiores riquezas do Brasil é a língua portuguesa, e querer adaptar a língua portuguesa para atender a uma minoria que não se identifica com ela… O projeto, de autoria do deputado federal Cb. Junio Amaral, que apresentou uma emenda, foi para Plenário, votado e aprovado. E agora estou aqui, pela primeira vez na história, para dizer que o Lula deu uma bola dentro ao sancionar esse projeto de lei que acaba, de uma vez por todas, com a patifaria, a baixaria, a porcaria da linguagem neutra. O STF andou derrubando várias legislações municipais, alegando serem inconstitucionais os projetos de linguagem neutra aprovados nos municípios, afirmando que era uma pauta do Congresso. Agora o Congresso aprovou, e o Lula sancionou. Então, STF, vamos respeitar, porque, graças a Deus, essa palhaçada de chegar aqui e dar boa tarde a todos, todas e todes nas repartições públicas acabou. Eu mesmo fui autor de um projeto de lei em Divinópolis, quando era vereador, pois as pessoas dizem: “Esse assunto de linguagem neutra não é relevante; ninguém está se importando com isso”. Para vocês terem noção, o público na Câmara Municipal de Divinópolis foi recorde. No dia da votação, não cabiam mais pessoas na câmara. Foi o primeiro projeto de lei que tive a oportunidade de apresentar, aprovar e tornar lei em Divinópolis, quando era vereador, proibindo a linguagem neutra nas escolas do município. Mas infelizmente o STF interveio e, com uma canetada – o STF hoje faz um ativismo judicial –, derrubou. O que os deputados e os vereadores fazem acaba sendo cancelado pelo STF. É aquilo que eu sempre defendi aqui: para que haver câmara municipal? Para que haver Assembleia Legislativa? Para que haver Congresso Nacional se o STF está interferindo e legislando sobre questões que são do Legislativo? Portanto estou aqui hoje muito feliz porque, graças a Deus, agora vamos poder respeitar a língua portuguesa na sua integridade e riqueza, sem deturpá-la, sem querer desprezá-la, adaptando-a para incluir o “todes”, que é uma expressão completamente chula e ridícula, que surgiu na tentativa de atender a um grupo de minoria. Então o Toddy é só um achocolatado em pó, viu, gente? Não se pode mais usar a linguagem neutra nas repartições públicas do nosso País. Obrigado, presidente.