74ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 11/11/2025

Palavras do deputado Eduardo Azevedo

O deputado Eduardo Azevedo – Sr. Presidente, deputado Lincoln, cumprimentando o senhor, estendo meus cumprimentos a todos os deputados presentes, às pessoas que nos acompanham pelos canais e redes sociais da Assembleia, aos telespectadores da TV Assembleia e também aos alunos do Parlamento Jovem da cidade de Pedralva. Deixo um abraço ao vereador David, que está aqui também visitando a Assembleia e tem feito um excelente trabalho. Parabéns por se conectarem cada vez mais com o Parlamento, estando próximo daquilo que realmente faz diferença na vida das pessoas.

Todos vocês sabem que, desde que assumi o mandato, nossa principal bandeira é a luta pela liberdade. Quero falar agora com você que está me acompanhando, você que é cristão, independentemente da fé ou da religião que professa. Entendo que os cristãos não estão aqui para defender placas de igrejas, muito pelo contrário, mas sim os valores cristãos, que são universais. Diferenças doutrinárias cada um discute dentro do seu ambiente. Por que estou falando isso? Porque o que eu vou falar agora tem tudo a ver com a sua vida e com a minha vida. Fato é que, hoje, dentro das universidades, acontecem diversas coisas, inclusive uso de drogas. Drogas podem ser usadas dentro das universidades de forma normal; coisas ilícitas, sempre. Eu queria reproduzir para você este áudio. (– Aproxima o celular do microfone para reprodução de áudio.)

Essa fala é do jovem Samuel, que lidera o Movimento Aviva. O Movimento Aviva tem mobilizado vários jovens não só aqui em Belo Horizonte, mas em todo o País. Esses jovens se reúnem no intervalo bíblico sabem para quê? Para louvar a Deus e estudar a Bíblia. É direito constitucional a liberdade religiosa do jovem cristão. Mas não é isso que está acontecendo. Vocês acabaram de ouvir, na fala do Samuel, que ele foi à UFMG para ali fazer um culto, durante o intervalo bíblico, e ele foi o quê? Perseguido pelos seguranças da universidade. Mas, se o Samuel tivesse adentrado para usar maconha, para cheirar cocaína ou para fazer qualquer outro tipo de coisa ilícita, ele não estaria sendo perseguido. Onde está o direito da liberdade religiosa, que é constitucional?

O que eles querem é, simplesmente, cultuar a Deus na hora do intervalo, respeitando todas as regras que as universidades pedem. Não é no momento de aula, não é fazendo balbúrdia, baderna, não. É um momento civilizado, um momento em que os jovens podem adorar a Deus. Mas infelizmente têm sido perseguidos. “Ah, Eduardo, o Estado é laico” –, como ele disse. As pessoas se confundem quanto ao Estado ser laico. O Estado é laico nestes sentidos: ao não interferir na opinião sobre as religiões e ao garantir que haja liberdade religiosa e que todos possam expressar a sua fé. Isso é ser laico. Isso é ser laico. Mas as pessoas precisam ter o direito de expressar a sua fé, independentemente de qual fé seja. Aí eu pergunto: será que, se fosse de uma religião de matriz africana, ele estaria sofrendo essa perseguição? Ou é o fato de o Movimento Aviva ser um movimento cristão o que tem, de repente, incomodado certos tipos de doutrina?

Eu sou autor de um projeto de lei nesta Casa que garante, para os jovens universitários, o intervalo bíblico, simples, obedecendo tudo aquilo que a universidade pede, os locais resguardados, não atrapalhando a movimentação de ninguém, para que o direito que os jovens têm seja assegurado. Esse direito é constitucional. Por que nós não podemos lutar para isso? Chegam jovens que estão mobilizando o Brasil inteiro. O movimento tem ganhado força, tem se expandido para todo o Brasil, mas, infelizmente, tem sido perseguido.

Nunca houve um momento na história no qual… Nós necessitamos nos levantar para defender a nossa liberdade. Não se trata de defender placa de igreja, mas de defender a liberdade religiosa, defender os valores cristãos, porque isso aconteceu com o Samuel, do Movimento Aviva, mas amanhã pode acontecer comigo e pode acontecer com você que está nos acompanhando. Então, nós vamos trabalhar cada dia mais para que projetos de lei como esse avancem no Estado e para que a liberdade das pessoas realmente seja resguardada.

Mudando agora de assunto, eu queria falar a respeito da COP da Gastança. Milhões e milhões de dinheiro público estão sendo desperdiçados num evento que não quer agregar absolutamente nada. Se você pesquisar no Google, verá que, desde 1972, líderes e chefes de Estado se reúnem para discutir as decisões e as mudanças climáticas. Aí eu pergunto para vocês: melhorou alguma coisa? Não. Não melhorou nada – muito pelo contrário, tende só a piorar. E aí vem esse evento para camuflar e fazer uma cortina de fumaça diante daquilo que realmente é necessário e real para o Brasil, passando vergonha com gastos exorbitantes de dinheiro público. Vemos uma cena ridícula e patética, em que artistas pagos para fazer militância para a esquerda se fantasiam de animais e começam, de forma ridícula, a se rastejar pela COP 30. Quando vejo aquilo, entendo, levanto as mãos para o céu e falo: “Sr. Jesus, muito obrigado por me dar certos conhecimentos para não passar esse tipo de vergonha e não defender pautas como essa que a esquerda defende”. Aquela cena foi ridícula, completamente absurda. Em vez de pegarem o recurso gasto na COP 30 e aplicá-lo em problemas reais do Brasil, que precisam ser discutidos, estão desperdiçando-o com essa palhaçada.

É interessante que o Hospital Regional de Divinópolis foi colocado no Propag e avaliado em R$400.000.000,00. É um hospital de média complexidade que atenderia, no mínimo, 54 municípios com uma população de 2 milhões de habitantes. Por que faço essa comparação? Porque só o que o Lula está gastando no navio de luxo dele durante a COP 30 – desperdiçando dinheiro desnecessariamente – daria para comprar 15 hospitais regionais no Brasil todo. Será que o Brasil está precisando de hospital ou de um evento ridículo como a COP 30, desperdiçando dinheiro público para pôr um bando de babacas, de artistas fantasiados de animais se rastejando pelo espaço do evento? Faço ideia da chacota que o Brasil está virando mundo afora. Agradeço a Deus mais uma vez por não ser de esquerda. Essas são minhas palavras, presidente.