73ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 5/11/2025

Palavras da deputada Amanda Teixeira Dias

A deputada Amanda Teixeira Dias – (– Manifestação nas galerias.) Você quer aparecer? Boa tarde, Sr. Presidente; boa tarde a todos. Quando estava me dirigindo ao Plenário desta Casa, ouvi um cidadão falar: “Bota a Barbie da Shoppe para falar”. Eu não sou Barbie da Shoppe; eu sou uma deputada, sou mãe e estou aqui representando as mulheres de bem deste estado – as mulheres de bem! Não falo por vocês; falo pelas mulheres de bem. Só Deus sabe o quanto as mulheres têm que se esforçar para estar em cargos de liderança! Então, com a graça de Deus, agradeço esta oportunidade. Estou falando como deputada, e não como Barbie da Shoppe, mas, como o senhor tocou nesse assunto, vamos voltar a isso. Hoje mesmo, eu apresentei, nesta Casa, uma representação contra o deputado Leleco Pimentel, do PT, porque ele veio aqui com uma postura me rebaixando como mulher. (– Manifestação nas galerias.) Se você quiser, eu represento contra você também. Eu posso apresentar um processo. Eu posso fazer uma representação para que não ocupe as galerias. Enfim, eu posso apresentar um processo por danos morais. (– Manifestação nas galerias.) A situação é que nós, mulheres, estamos na política não para ser rebaixadas e, sim, respeitadas. E volto a falar: estou aqui para representar as mulheres e os cidadãos de bem deste Estado de Minas Gerais. A representação já está feita. E quem mais quiser me chamar disso, eu processo essa pessoa também. Então está tudo bem. O meu advogado já está ali pronto. Vamos falar de outra coisa. Fiquei sabendo que ontem – vários veículos de comunicação noticiaram – houve uma queima de pneus a céu aberto em frente a um edifício de vários moradores, em um bairro residencial de Belo Horizonte. Eu falei: isso está cheirando a vandalismo. O que será? Rapidamente fiquei sabendo o motivo. Guilherme Boulos estava chegando a Belo Horizonte, e Guilherme Boulos tem uma história marcada por atos de vandalismo, por apoio a movimentos como MTST. E hoje eu também percebi que ele veio à Assembleia, mas achei engraçado porque ele não ficou na galeria com vocês. Por que será que o Boulos não ficou nas galerias, não acompanhou a votação? Ele veio aqui só dar entrevista e saiu. Não sei. Mas queria ler uma carta, uma carta dirigida ao senhor ministro Guilherme Boulos. Infelizmente o nosso país… O Boulos é ministro do Brasil. É, parabéns! Infelizmente essa é a realidade. Venho aqui para dar o meu recado direto ao ministro Boulos, que era para estar nas galerias com vocês, defendendo a causa na qual diz acreditar. Se eu defendo uma causa, eu vou lá e apoio a pessoa, apoio quem está lá. Para dar entrevista? Vem, dá entrevista e vai embora. É muito fácil. Qualquer um faz; só para aparecer. Vamos lá. Este aqui é você, ministro Boulos. Está aqui uma foto de 2017. Um protesto do MTST, movimento que o senhor liderou por muito tempo, com o mesmo roteiro: pneus queimados, caos, intimidação. Não estou dizendo que o senhor organizou o que aconteceu ontem em Belo Horizonte. Não faço acusação, mas que coincidência! Salta aos olhos. Estou vendo que onde tem essa ideia de socialismo, sobra fumaça e falta respeito. Minas Gerais é terra de trabalho, não de fogo em via pública. Não toleramos extremismo e não vamos ser coagidos por queima de pneus. Quem tem argumento não precisa incendiar as coisas. Quem quer diálogo não ameaça nossas cidades. Meu pedido é simples: que o senhor publicamente desautorize cada ato violento que vem acontecendo na nossa cidade de Belo Horizonte. A nossa casa está aberta ao debate, mas fechada ao vandalismo e às agressões, sejam verbais, como recebi aqui, sejam físicas, como o colega deputado Arantes sofreu mais cedo de um manifestante. Parece que houve até agressão física ao deputado Arantes. Muito obrigada.