Pronunciamentos

DEPUTADO MAURO TRAMONTE (REPUBLICANOS)

Discurso

Elogia a parceria do governo do Estado com municípios, para que os serviços das Unidades de Atendimento Integrado - UAI - sejam levados a essas cidades. Alerta para golpes contra idosos. Registra a presença do vereador Marcelo, do Município de Carmo do Rio Claro. Alerta para o grande número de furto de motocicletas. Defende a implementação da "Faixa Azul" no Município de Belo Horizonte, espaço específico para o tráfego de motocicletas.

61ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 25/9/2025

Palavras do deputado Mauro Tramonte

O deputado Mauro Tramonte – Sr. Presidente, demais deputadas e deputados, servidores desta Casa, TV Assembleia, público que está nos acompanhando. Sr. Presidente, quero destacar aqui dois pontos que acho muito interessantes. O primeiro deles foi que hoje nós estivemos na UAI Praça Sete, e lá estavam dezenas de prefeitos para assinar uma grande parceria que a UAI faz com várias cidades. Inúmeros prefeitos estavam lá para fazer esse convênio, essa parceria. O que significa essa parceria? Significa levar para essas cidades a tranquilidade de o cidadão fazer uma carteira de identidade, tirar alguma certidão ou alguma documentação necessária.

Eu estive lá, hoje pela manhã, e vi a quantidade de pessoas que são atendidas na UAI, a quantidade de pessoas que necessitam de documentos. São pessoas que estão correndo atrás de carteira de identidade, de CNH, enfim, de outros documentos. Isso é muito importante, porque, na verdade, quando não se tem, dentro de uma cidade, um posto como esse para atendimento às pessoas, muitas vezes as pessoas têm que andar 100km, 200km para procurar fazer a sua documentação. Por outro lado, se há esse posto dentro da própria cidade, claro, já ajuda muito! A pessoa não precisa fazer deslocamento, gastando tempo, gastando dinheiro, e às vezes até sem ter o dinheiro. A pessoa tem que ter dinheiro para viajar, gastar com gasolina, com ônibus, com hospedagem. Muitas vezes, não dá para uma pessoa sair de uma cidade, andar cerca de 200km, ou até mais, e depois voltar no mesmo dia.

Então muitos prefeitos estiveram lá, e isso enche os olhos da gente de felicidade, por saber que realmente esses prefeitos estão imbuídos do propósito de levar o melhor para o atendimento da sua cidade. Eu acho isso muito interessante. Bom seria se todas as cidades pudessem aderir a esse trabalho, em prol de mais comodidade, mais tranquilidade e mais rapidez para as pessoas que precisam das suas documentações. Em se tratando de documentações, a gente sabe como é! Muitas pessoas precisam trocar a sua identidade, o seu documento. Muitas pessoas perdem, extraviam ou esquecem o documento em algum local. Outras vezes, até deixam o documento dentro de uma roupa. A pessoa vai lavar a roupa e lava o documento junto – isso acontece muito. Então parabéns aos prefeitos que tiveram essa iniciativa. O governo do Estado também esteve lá e liberou essa iniciativa a todos eles. Parabéns ao pessoal do UAI.

Sr. Presidente, há outro detalhe que também me traz aqui. Eu sempre gosto de trazer os alertas. Eu preciso alertar, e vou alertar sobre a quantidade de golpes que estão aplicando em idosos. Eu sempre falo, Sr. Presidente, que a pessoa que tem um idoso em casa, que tem uma mãe, um pai, um avô, um tio, um padrinho, sempre – sempre – tem que alertar esses idosos para que não caiam nas garras desses aproveitadores, seja dentro de um banco, seja através do telefone.

“Somos do Banco X. Caiu, no seu cartão, uma compra no valor de X cruzeiros, X contos, R$5.000,00, R$6.000,00. A gente quer confirmar se foi o senhor, ou não.” “Não, não fui eu, não.” “Então é o seguinte: o senhor vai falar com o atendente, e esse atendente vai lhe dar todas as informações.” E começa a enrolar o idoso no telefone. Daqui a pouquinho, manda alguém à casa do idoso, às vezes, um motoqueiro ou alguma outra coisa, para pegar o cartão dele, dizendo que o banco vai trocar o cartão e que ele não precisa se ausentar de casa, de modo algum, para ir até o banco. “O motoqueiro vai pegar o cartão: é só entregar.” E o motoqueiro quebra o cartão na hora. É claro que quebra, mas não quebra o chip, evidentemente. É o que acontece. O motoqueiro vai embora, e depois o idoso vê que caiu num golpe de estelionatários que não têm dó de ninguém.

Em situações bancárias, acontece do mesmo jeito. Quantas vezes a gente anuncia pessoas caindo no golpe, porque trocaram os seus cartões? Então, você que tem idoso em casa, você que tem parente, chame o seu idoso, converse com ele, alerte-o. “Se você receber algum telefonema dizendo que é de banco ou de cartão de crédito, fale o seguinte: eu não vou falar com você, mas, se você quiser falar, espere aí, porque eu vou indicar um filho meu ou um sobrinho meu para tratar desse assunto com vocês.” Não tratem nada por telefone, não deem número de cartão por telefone, não deem CPF, não deem nenhuma senha. É desse jeito que os estelionatários agem.

Então eu venho alertar as pessoas que têm idosos em casa. Sempre alertem: se forem ao banco, não aceitem ajuda de estranhos. Por esses dias mesmo, numa cidade da região metropolitana, uma senhora perdeu cerca de R$10.000,00. Ela chegou ao banco, e lá estavam dois camaradas que falaram: “A senhora digitou errado aí”. Eles começaram a falar com a senhora, ela se embananou toda, coitada, uma senhora idosa, e, na hora, trocaram o cartão dela por outro cartão. Eles a viram digitando a senha. Ela foi embora. Chegando em casa, parece que foi fazer uma compra, o cartão não era o dela.

Então, veja bem: você que tem idoso em casa, fale com ele, alerte o seu idoso para que não caia em nada! Encontrar esse tipo de pessoa nas ruas, Sr. Presidente, é muito comum. Essas pessoas seguem os idosos. E, na hora em que seguem os idosos, o que acontece? Deixam cair um cheque, uma bolsa ou alguma outra coisa e falam: “Você perdeu isso aqui?”. Não. “Nossa, nós achamos isso aqui. Isso aqui deve valer muito”. Aí chega outro estelionatário e vai conversando e enrolando. Converse com seu idoso. Não deixe seu idoso cair nessas esparrelas de estelionatários. Está dado o recado. Está avisado.

Quero destacar a presença do nosso vereador Marcelo. Vereador, um abraço no pessoal da nossa querida cidade maravilhosa. Como é que se chama a pousada? Tormenta. Hotel Fazenda Tormenta. Obrigado pela presença, vereador. Um abraço para você. Sr. Presidente, é isso que eu gostaria de dizer. Gostaria de mencionar a nossa preocupação. Quando se fala de idoso, a gente não pode brincar, porque os estelionatários estão agindo demais, presidente.

Inclusive, vou fazer mais um alerta. Você, minha amiga, meu amigo, você que possui motocicleta, tome cuidado. Tranque-a e trave-a da maneira mais complicada que você conseguir para dificultar a ação de ladrões que estão levando muitas motos. E eles levam motos numa rapidez impressionante, é uma coisa impressionante. Eles não levam, às vezes, 20 segundos para levar uma motocicleta. Em 20 segundos, estouram o tambor da moto, levam e desaparecem. Você não vê a motocicleta nunca mais, é muito difícil mesmo. É claro que a polícia faz o seu combate. Ela faz o que é possível. A polícia está nas ruas, e a gente sabe o trabalho que fazem a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Penal, enfim, todas as polícias, mas elas não podem estar em todo lugar ao mesmo tempo. E a rapidez com que esses caras furtam motos é uma coisa impressionante. É uma coisa impressionante.

Esta tribuna não serve só para falar sobre política. Aqui temos que falar dos problemas do dia a dia e alertar as pessoas e a sociedade para que possam se prevenir, como falei aqui hoje, tanto no caso dos idosos – estou vendo muitos idosos sendo vítimas de estelionato – quanto no caso dessa quantidade de furto de motocicleta que a gente vê por aí. Tomem cuidado, isso não é brinquedo. Quando a levam, é muito difícil recuperá-la, porque esses caras, em meia hora, levam a moto ao local e já desmancham tudo, já picam tudo. Às vezes, você fica com um carnê dessa grossura nas mãos para pagar por uma coisa que você não tem. Então tomem muito cuidado, a gente sempre fala isso. Às vezes, você fala que “isso só acontece com os outros, só acontece com o cara da rua de cima, só acontece com a pessoa da rua de baixo”, mas, na verdade, isso acontece com qualquer um. Então você tem que tomar cuidado, não é? Tranque a sua moto, porque hoje a motocicleta não é mais lazer. Vocês podem ter certeza de que, para 80% ou 90% da população, uma motocicleta hoje é um ganha-pão, ela serve para trabalhar, para que esses meninos que andam pelas ruas aí, dia e noite, os entregadores, possam trabalhar, possam levar o pão de cada dia para casa. Cerca de 90% dessas motos que você vê rodando são de trabalhadores que vivem dela.

Fico muito contente em saber que, parece-me, a Prefeitura de Belo Horizonte está estudando uma maneira de colocar faixa azul em algumas avenidas de Belo Horizonte, justamente a faixa azul que existe em São Paulo há muito tempo. Fui lá no ano passado para conhecer isso. Esta é uma ideia que eu queria trazer para Belo Horizonte: uma faixa azul onde o motoqueiro anda. Ele anda só dentro daquela faixa, só onde há faixa. Ele não sai daquela faixa. Por quê? Porque, hoje em dia, o motoqueiro anda no corredor, não é? Ele anda no corredor. Se fizerem a faixa azul, o motoqueiro vai continuar andando naquele espaço, mas dentro da faixa. Quero dizer que o carro não vai invadir a faixa, e ele não vai invadir o espaço do carro, fora da faixa, o que funciona muito bem em São Paulo.

Estive lá e falei com um usuário, que elogiou muito a faixa azul. Na época em que estive lá, conversei e conheci essa faixa azul. Já está passando da hora de colocar isso em Belo Horizonte pela quantidade de motos que a gente vê pelas ruas da capital e da região metropolitana. Temos muitas avenidas grandes e longas, que tranquilamente vão comportar essa faixa azul, mesmo porque, volto a repetir, eles usam o corredor, e o corredor nada mais é do que um corredor. E essa faixa azul vai ficar justamente nesse corredor onde eles têm que andar. Claro, respeitando-se, um atrás do outro, mas sem poder ficar ziguezagueando para tudo quanto é lado. Isso não vai poder. Aí vai da consciência do piloto. É isso que a gente queria falar, Sr. Presidente. Eu fico muito satisfeito quando eu vejo que a prefeitura está se mobilizando para isso. Foi uma ideia que eu tive no passado para poder facilitar não só a vida do motoqueiro, mas também a vida do cara que dirige carro, do motociclista, do motorista de ônibus, do motorista de táxi, do motorista de Uber, do motorista de caminhão. Se funciona em São Paulo, que tem um trânsito muito mais pesado que aqui – diga-se de passagem –, por que aqui não é possível? Se se colocar, nós vamos aplaudir. Se não se colocar, vamos continuar sugerindo para a prefeitura de Belo Horizonte. Nós também podemos solicitar para outras… Nós temos Betim, nós temos Contagem. Nós temos cidades grandes na região, que podem também colaborar com os motoristas, com os motociclistas de fazer essa colocação.

Muito obrigado a todos. Um abraço para o pessoal do Carmo do Rio Claro. Um grande abraço! Obrigado, vereadores do Carmo do Rio Claro. Um abraço para vocês. É uma cidade maravilhosa que eu tive o prazer de conhecer e fui muito bem recebido por vocês. Muito obrigado de verdade. Quem não conhece a cidade pode conhecer porque vale a pena. Sr. Presidente, é isso que eu gostaria de dizer. Muito obrigado pela atenção de todos.