Pronunciamentos

DEPUTADO BRUNO ENGLER (PL)

Declaração de Voto

Saúda manifestantes presentes em Plenário contrários ao presidente Lula e ao ministro do Supremo Tribunal Federal – STF – Alexandre de Moraes. Elogia voto do ministro do STF Luiz Fux no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, o qual teria demonstrado perseguição política de Alexandre de Moraes a Bolsonaro.
Reunião 57ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 12/09/2025
Página 100, Coluna 1
Indexação

57ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 10/9/2025

Palavras do deputado Bruno Engler

O deputado Bruno Engler – Obrigado, deputado Duarte Bechir. Agradeço a acessibilidade de V.Exa. Quero começar, presidente, cumprimentando os manifestantes que aqui estão de maneira ordeira e democrática, com essa faixa que diz: “Fora, Lula e Moraes – buzine”. Aliás, eles têm levado essa faixa todos os dias a diversas ruas de Belo Horizonte. Sra. Presidente, eu só peço que o senhor preserve o meu tempo.

O presidente – Só um minutinho. Eu vou recompor o tempo de V. Exa. A presidência esclarece que já havia chamado, para fazer uso da palavra, o deputado Bruno Engler. Eu tenho que dar prosseguimento ao ato de dar palavra ao deputado Bruno Engler, que já estava na tribuna para fazer a sua fala. O presidente não pode ser aparteado, por gentileza! O presidente não pode ser aparteado. (- Intervenção fora do microfone.) Eu peço para cortar os microfones para a presidência poder continuar, por gentileza. A presidência não pode ser aparteada.

A título de esclarecimento, o presidente havia dado a palavra ao deputado Bruno Engler, que, prontamente, já estava na tribuna e, gentilmente, por uma questão de gentileza, cedeu a palavra para a deputada Carol Caram fazer uma explicação. (- Intervenção fora do microfone.) Eu, presidente, já havia concedido a palavra a ele.

Então eu peço: vamos nos comportar e nos ater ao Regimento. A palavra foi dada ao deputado Bruno Engler e será garantida a ele. Eu peço que se recomponha o tempo do deputado Bruno Engler. Deputado, a palavra está com V. Exa.

O deputado Bruno Engler – Obrigado, Sr. Presidente. Mais uma vez, dando prosseguimento, gostaria de cumprimentar e deixar o meu abraço a todos os manifestantes que aqui estão de maneira ordeira e que vieram acompanhar a votação com essa faixa – “Fora, Lula e Moraes – buzine” –, que eles levam a diversos cruzamentos e pontos do trânsito de Belo Horizonte, numa oportunidade de mostrar à população a indignação pelo absurdo que temos vivido no nosso país. Também quero cumprimentar os senhores pelo incômodo que causaram. Aliás, esta é a Casa do povo, uma casa democrática. As galerias são abertas a pessoas de todas as ideologias. Mas quando eles vêm aqui e enchem o Plenário de bandeira vermelha, de bandeira do MST – foice e martelo –, isso é democrático! Está tudo bem. Contudo, quando vocês vêm até aqui, com uma bandeira crítica ao Lula e ao Moraes, com a bandeira do nosso país, com a bandeira de Minas e com a bandeira dos Estados Unidos, aí, não, é inaceitável! E querem derrubar a reunião de tudo quanto é jeito, porque a presença de vocês incomoda. Se estão incomodando a esquerda, senhoras e senhores, vocês estão de parabéns! Eu quero ressaltar, mais uma vez, como faço quase diariamente, o absurdo que a gente vê no nosso país. Aliás, que aula está sendo o voto do ministro Fux no Supremo Tribunal Federal! O ministro Fux, o único juiz de carreira da Suprema Corte, está desmontando, tecnicamente, ponto a ponto, a farsa montada por Alexandre de Moraes. E assim o faz logo na primeira preliminar, quando ele aponta a incompetência absoluta do Supremo Tribunal Federal para julgar essa matéria, uma vez que os réus não têm foro privilegiado. Na segunda preliminar, ele ainda complementa: “Se Jair Bolsonaro está sendo julgado no Supremo, porque ele era presidente da República, presidente da República tem que ser julgado no plenário e não na primeira turma”. Ou seja, em hipótese nenhuma, seria permitido que o presidente Jair Bolsonaro fosse julgado na primeira turma. Isso foi deixado muito claro pelo ministro Fux, que continua, de maneira brilhante, discorrendo sobre as falhas e as lacunas técnicas do relatório de Alexandre de Moraes. Fux não foi indicado por Bolsonaro ou por um aliado, Fux foi indicado por Dilma. Só que ele é um juiz de carreira, conhecedor do direito, e faz um voto técnico pela nulidade do processo. Agora, mais do que nunca, havendo um membro da Suprema Corte apontando esses absurdos, fica demonstrada a clara perseguição política praticada por Alexandre de Moraes e seus comparsas, que de jurídica não tem nada. Este é um dia histórico para o nosso país. O castelo de areia montado por Moraes irá ruir, e a liberdade voltará a raiar no horizonte do Brasil. Muito obrigado, Sr. Presidente.