Pronunciamentos

DEPUTADO BRUNO ENGLER (PL)

Discurso

Contesta fala de deputado sobre acusações relacionadas aos atos de 8 de janeiro, afirmando que não foram encontradas armas entre os manifestantes. Compara o episódio a supostas invasões do Movimento Sem Terra - MST - ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal - STF -, que não foram caracterizadas como tentativas de golpe de estado. Critica suposta perseguição política contra o ex-presidente Bolsonaro e questiona a sustentação jurídica das denúncias.
Reunião 54ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 04/09/2025
Página 71, Coluna 1
Indexação

54ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 2/9/2025

Palavras do deputado Bruno Engler

O deputado Bruno Engler – Sr. Presidente, vou ser muito breve, uma vez que o meu discurso aqui foi atacado. Quando falei que não havia arma, é porque não a encontraram. O máximo que o procurador-geral da República encontrou, na denúncia, foi um estilingue. O que havia de arma era isso aqui. (– Mostra Bíblia e terço.) Trazem exemplos de que há depoimentos de policiais, isso e aquilo. Em 2005, quando o MST invadiu o Congresso Nacional e causou traumatismo craniano em um segurança da Câmara dos Deputados, alguém foi julgado por tentativa de golpe de Estado? Ou quando o MST, numa quarta-feira, dia de sessão plenária, tentou invadir o Supremo Tribunal Federal, com os ministros lá dentro, e obrigou que a sessão entrasse em recesso, alguém foi julgado por tentativa de golpe de Estado? Não foram, gente. Não foram. Sabem por quê? Porque o que a gente está vendo agora é uma clara perseguição política. Então, por mais que haja malabarismos, justificativas, “n” discursos, a verdade é que…

Tenho que admitir: gosto da coerência. Depois de o Gonet inaugurar o mandante que não manda, porque você pode condenar alguém como mandante sem provar que ele deu ordem, agora vem o deputado e diz que você não precisa de arma para haver uma tentativa armada de abolição do Estado Democrático de Direito. Por que não chamar só de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, então? Tentativa armada de abolição do Estado Democrático de Direito sem arma. É isso que a gente está vendo no nosso país. Isso é insustentável. Cada dia é mais claro: trata-se de uma perseguição política sem fundamento jurídico algum. Muito obrigado, Sr. Presidente.