Pronunciamentos

DEPUTADO CAPOREZZO (PL)

Discurso

Afirma que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro é parcial e acusa o ministro do Supremo Tribunal Federal - STF -, Alexandre de Morais, de abuso de poder. Compara o ex-presidente Jair Bolsonaro à Tiradentes, e o tenente-coronel Mauro Cid à Joaquim Silvério dos Reis.
Reunião 54ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 04/09/2025
Página 69, Coluna 1
Aparteante BRUNO ENGLER
Indexação

54ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 2/9/2025

Palavras do deputado Caporezzo

O deputado Caporezzo – Boa tarde, presidente. Boa tarde, colegas deputados estaduais. Vivemos, infelizmente, um tempo em que a Justiça jogou fora a balança e resolveu empunhar a espada contra apenas um lado. O julgamento de Jair Bolsonaro será lembrado para sempre pela infâmia, e não é apenas contra um homem, mas contra toda uma nação que ousou sonhar com um Brasil livre dos velhos escândalos de corrupção petistas, livre dos velhos conchavos palacianos.

Como dizia o grande filósofo Edmund Burke: “Para que o mal triunfe basta que os bons não façam nada”. Infelizmente, foi isso o que aconteceu por parte de muitas instituições que tinham a obrigação de tomar uma postura diante dos abusos praticados por Alexandre de Moraes, no Supremo, mas, infelizmente, os seus membros resolveram se esconder atrás do velho mantra da conveniência com que os nazistas falaram no Tribunal de Nuremberg: “Nós só estávamos cumprindo ordens, só cumprindo ordens”. Não é isso, Polícia Federal? Não é isso, Exército Brasileiro? A lei deixou de valer no Brasil, e o que passou a valer foi a vontade de um homem que está se afogando no próprio poder e que não consegue perceber, nem mesmo após ser sancionado pela Magnitsky, que precisa urgentemente parar, porque é um violador de direitos humanos.

Se é para falar de história, Minas Gerais de 1972 tem muito a ensinar para o Brasil de 2025. Um homem que lutava pela liberdade, que tinha amor pela sua terra, foi condenado depois de ser denunciado por um militar. De um lado, nós temos Tiradentes e Bolsonaro; de outro lado, nós temos Joaquim Silvério dos Reis e Cel. Mauro Cid, os discípulos modernos de Judas. Mas se a história do Brasil levou décadas para reconhecer os méritos de Tiradentes, nós não levaremos, porque, no 7 de Setembro, presidente Bolsonaro, a Nação inteira novamente vai lotar as ruas da Avenida Paulista para falar que é o senhor quem está com a razão, que nós sabemos a injustiça que acontece aqui, hoje, e que, dure o tempo que for, nós vamos vencer, porque desistir do Brasil jamais será uma opção.

Muito obrigado, presidente. A direita vive em Minas Gerais. Concedo um aparte ao deputado Bruno Engler.

O deputado Bruno Engler (em aparte) – Obrigado, deputado Caporezzo. Parabenizo V. Exa. pelo discurso e corroboro suas palavras. Voltemos ao absurdo: tentativa armada de deposição do Estado Democrático de Direito. Eu trouxe as armas dessa tentativa armada de derrubar o Estado Democrático de Direito: a Bíblia e o terço. Foram essas armas que eles encontraram, ou seja, a Bíblia, o terço. O mais perigoso objeto que encontraram no 8 de janeiro foi um estilingue. Iam derrubar a República, senhoras e senhores, com um estilingue. Não conseguiram sequer um 38, uma espingarda 22 para dizer que, de fato, havia arma de fogo na suposta tentativa de golpe. É só mais um dos inúmeros absurdos dessa farsa e dessa perseguição.

Hoje o Gonet fez a inauguração. A gente tem um mandante que não manda. Você não precisa demonstrar que o presidente Bolsonaro deu a ordem para apontá-lo e condená-lo como mandante e você não precisa de arma para ter uma tentativa armada de abolição do Estado Democrático de Direito. Esse trem não se sustenta, gente. Primeiro, não existe golpe contra prédio. Golpe é contra pessoa. Os prédios estavam vazios, nem um dos representantes dos Poderes estavam lá. Não existe golpe sem o apoio das Forças Armadas. Falam e falam e falam aqui… Cadê os tanques nas ruas? Não havia. O que havia eram cidadãos indignados. Alguns, sim, passaram do ponto e praticaram o crime de depredação, que não é tentativa de golpe. E as armas que eles encontraram foram essas que eu trouxe aqui, que não são armas para você tentar destituir um Estado Democrático de Direito ou dar um golpe de Estado. É uma perseguição clara, cristalina, uma vergonha para o nosso Judiciário e para o nosso país. Obrigado, deputado Caporezzo.

O deputado Caporezzo – Obrigado, presidente. Parabéns, deputado Bruno Engler.