18ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 27/8/2025

Palavras do deputado Bruno Engler

O deputado Bruno Engler – Sr. Presidente, primeiramente, queria cumprimentar V. Exa. pela montagem da pauta e todos os colegas que tiveram importantes projetos aprovados. Na verdade, Sr. Presidente, o assunto que quero abordar é outro. Eu peço ao pessoal que dê zoom nessa matéria aqui: “Moraes dá 15 dias para ex-assessor Tagliaferro se manifestar sobre vazamentos”. (– Mostra papel.) Piada, não é? Parece que isso é brincadeira, que é esquete de um site de humor, mas, infelizmente, é verdade. Isso aqui se refere à Vaza Toga, em que Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes, atuou como whistleblower, soprador de apito. Tagliaferro denunciou as irregularidades praticadas por Moraes, que montou um esquema de denúncias falsas. O gabinete dele, no TSE, acionava o gabinete também dele, no Supremo Tribunal Federal, para dar ares de legitimidade à perseguição política praticada pelo ministro. Agora vejam só o absurdo da situação! O ex-assessor de Moraes denuncia as irregularidades praticadas por Moraes e quem vai julgá-lo é Alexandre de Moraes? Ele não tem que se declarar suspeito, não? Para que existe o instituto da suspeição? Isso aí é bobagem, não é? Isso aí é para os outros? Para o imperador do Brasil Alexandre de Moraes, o instituto de suspeição não se faz necessário. Aí a gente tem que fingir normalidade. É esse o devido processo legal! É esse o Estado Democrático de Direito brasileiro em que Alexandre de Moraes comete abusos, pratica irregularidades, é denunciado e ele mesmo julga quem o denunciou no processo de que é parte! Piada! Acabam com a democracia no nosso país e cospem no ordenamento jurídico brasileiro. É absolutamente lamentável!