49ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 13/8/2025

Palavras do deputado Eduardo Azevedo

O deputado Eduardo Azevedo – Sr. Presidente, boa tarde. Boa tarde a todas as pessoas que nos acompanham pela TV Assembleia, boa tarde aos servidores da Casa. Quero só mostrar para vocês: noções de primeiros socorros dentro das escolas não podem; noções de salvamento dentro das escolas também não podem; disciplina e aula de civismo dentro das escolas também não podem; ordem e cidadania, ensino ao Hino Nacional dentro das escolas de Minas Gerais também não podem. Agora, dancinha dentro da sala de aula pode; sexualização, com alunas de short curto, com a bunda praticamente de fora, também pode. E por aí vai. Isso, dentro das escolas, pode. Por que eu estou falando disso hoje, Sr. Presidente? Porque o governo de Minas teve a iniciativa de trazer para o Estado a implantação do sistema de escolas cívico-militares. E com esse sistema, com certeza, todas as escolas do Estado teriam um ganho muito grande, mas, infelizmente, através de uma decisão monocrática, agora, do TCE, esse sistema foi suspenso. Então eu pergunto para você: como que nós queremos frear a questão da sexualização, da adultização de crianças, como tem sido falado nos últimos dias, em todo o Brasil, sendo que um dos principais pontos de educação de formar caráter do jovem cidadão, da criança e do adolescente começa dentro da escola? Agora, dentro da escola, não pode haver aulas de primeiros socorros, de civismo e de cidadania, mas apologia a drogas, crimes, sexualização e pornografia pode haver. Então vemos hoje o tamanho da inversão de valores que vivemos no País e especialmente no Estado de Minas Gerais. Esse é um programa que, em momento algum, iria interferir na didática do professor. Muito pelo contrário: os militares estariam dentro da escola para poder ensinar civismo e cidadania. O programa foi suspenso agora, por meio de uma decisão monocrática do TCE. Pergunto a vocês: como depois vamos chegar a esta tribuna para poder defender que vamos contra a sexualização e a adultização de crianças, sendo que tudo isso tem início, origem, nas escolas do nosso estado? É uma incoerência, é uma contradição o que vivenciamos no Estado de Minas Gerais. É lamentável que esse programa tenha sido suspenso pelo TCE por meio de uma decisão monocrática. Esperamos que ela seja derrubada, mas infelizmente tudo indica que não será. Deixem-me dizer para vocês um outro ponto importante. O pessoal tem falado muito sobre esse idiota, esse imbecil que matou o gari. Realmente ele tem que pagar. Foi uma atitude impensada, uma atitude selvagem. Ele tem que pagar e tem que apodrecer na cadeia. Mas deixem-me falar para vocês que esse cara não representa a direita. Esse cara não representa o nosso público cristão ou conservador. A turma do PT vem atacá-lo como se fosse cristão, patriota e defensor da família. Quanta incoerência, não é? Quando o Lula foi eleito, onde houve o maior número de festas? Dentro dos presídios. E, dentro dos presídios, o que encontramos? Ladrões, estupradores e assassinos. Mas, em momento algum, vocês vêm falar isso. Vocês vêm querer colocar a culpa por uma atitude idiota e impensada de um imbecil em um grupo, em uma classe da sociedade. A declaração de vocês, ao virem aqui tentar colocar essa atitude em cima do público conservador do nosso estado, é muito incoerente, muito mentirosa e hipócrita. Para finalizar, quero deixar bem clara essa questão do vídeo do Felca, que tem repercutido no Brasil todo. Um dos primeiros projetos de lei de minha autoria que aprovamos aqui, no Estado de Minas, e que hoje é lei, prioriza a investigação de crimes contra a dignidade sexual da criança e do adolescente. Então, no que depender do nosso mandato na Assembleia e no Estado de Minas Gerais, faremos de tudo para que esse tipo de pessoa, esse lixo da sociedade que quer erotizar, que quer ganhar às custas das nossas crianças, que quer promover a sexualização de crianças, possa estar, o mais rápido possível, atrás das grades. Obrigado, presidente.