DEPUTADO DOUTOR JEAN FREIRE (PT)
Discurso
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 14/08/2025
Página 48, Coluna 1
Indexação
48ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 12/8/2025
Palavras do deputado Doutor Jean Freire
O deputado Doutor Jean Freire – Sra. Presidenta, caros colegas deputados, caras colegas deputadas, público que assiste à reunião pela TV Assembleia e pelas redes sociais e servidores desta Casa, boa tarde.
Sra. Presidenta, acabamos de pedir 1 minuto de silêncio pelo gari Laudemir de Souza Fernandes por alguém que, nas redes sociais, dizia, em inglês, ser pai, esposo, cristão e patriota. Quero deixar um abraço à enteada do gari, que, em uma fala que tive a oportunidade de ouvir, chamou atenção para o racismo. Quero deixar um abraço para a esposa e para a família; em especial, para todos aqueles que, nas madrugadas, fazem um som, um sinal, ao passar nas nossas ruas – a gente não deve se irritar com esse sinal –, que cuidam da cidade, deixando-a mais limpa. Eu confesso que é muito bonito vê-los felizes, cantando, nessa comunicação com a comunidade. Então quero deixar um abraço para todos os garis, para cada homem e cada mulher deste país que deixam as nossas cidades mais limpas.
Mas é preciso limpar a nossa sociedade muito mais do que aquilo que a gente enxerga, essa sujeira material. A sociedade, há muito tempo, vem dizendo, por várias pessoas, por vários militantes de várias causas: “A sociedade está adoecida”. Quando a gente vê uma pessoa cometer um ato brutal como esse, que já é um sinal de adoecimento, e ainda ir para uma academia… Esta semana realmente foi de muita luz em muitos fatos de que a gente precisa ter coragem de falar.
Antes disso, Sra. Presidenta, eu queria pedir, mais uma vez, 1 minuto de silêncio. Também queria pedir por um grande amigo meu, Pe. Carlos Badaró. V. Exa. e o deputado Leleco o conheceram. Ele foi pároco na minha cidade, Itaobim, e na cidade do meu pai, Coronel Murta. Ele nasceu em Minas Novas, nossa querida Minas Novas, e fez seminário em Juiz de Fora, onde fez parte da sua formação. Era pároco na cidade de Itinga e vigário-geral da Diocese de Araçuaí.
Pe. Carlos não foi somente uma ou duas vezes ao hospital, quando eu estava de plantão, para levar uma fala amiga ou conversar. Ele gostava muito de fazer perguntas. A gente brincava dizendo que, quando você estava terminando de responder a uma pergunta, ele já estava fazendo outra. Pe. Carlos Badaró era um amante da cultura, um amante do nosso povo brasileiro e, sobretudo, do nosso povo do Vale do Jequitinhonha. Ele representava uma igreja em saída, na defesa dos que mais precisam e na defesa do meio ambiente.
Quero deixar um abraço a toda a igreja, a todos os colegas com quem cresci, a todos os meus amigos que são padres, especialmente os do Vale do Jequitinhonha e do Vale do Mucuri, e a cada um que teve a oportunidade de conviver com o Pe. Carlos. Na pessoa de D. Geraldo, que tem feito um trabalho maravilhoso em Araçuaí em defesa do meio ambiente, cumprimento toda a comunidade católica, o povo de Itaobim, de Itinga, de Coronel Murta, de Minas Novas e de todo o Vale do Jequitinhonha, por onde Pe. Carlos passou.