DEPUTADO ALENCAR DA SILVEIRA JR. (PDT)
Declaração de Voto
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 11/07/2025
Página 92, Coluna 1
Indexação
43ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 9/7/2025
Palavras do deputado Alencar da Silveira Jr.
O deputado Alencar da Silveira Jr. – Sr. Presidente Betinho, deputados e deputadas, mais uma vez subo aqui para declaração de voto, a fim de parabenizar os parlamentares por todos os projetos que votamos hoje e de fazer um comentário. O Senado ontem deixou de apreciar e votar a legalização do jogo no Brasil. Eu gostaria de expor o meu ponto de vista. Eu tenho 37 anos, 36 anos de vida pública. Nesses 36 anos, sempre lutei pela legalização do jogo no Brasil, com o que teríamos os recursos, os impostos pagos pelo jogo aplicados na educação, na saúde e na segurança pública. Mas eu estou vendo hoje, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o que vem acontecendo após o Senado legalizar, aprovar a legalização das bets no telefone. Foi a legalização da aposta esportiva. O Congresso, numa reviravolta, aprovou a legalização dos cassinos, do bingo e do jogo do bicho no telefone. Estou falando isso há mais de um ano. Estão acabando com as famílias, estão acabando com as pessoas, com os trabalhadores, com a juventude. Acabando. E está havendo a maior pandemia. Têm ocorrido suicídios, e famílias estão sendo destruídas pelo jogo, que está na palma da mão. Hoje você joga… Eu mostrava outro dia, na tribuna, em Goiás, dentro do Plenário, dentro de uma sala de aula… Eu mostro hoje dentro de um coletivo. Eu mostro hoje que você pode jogar dentro do seu escritório, da sua sala de aula, do seu trabalho e do banheiro da sua casa. E você está acabando com tudo. Trata-se de uma arrecadação bilionária. Ontem, o Senado teve a oportunidade de frear a aprovação do projeto. Muita gente falou: “Ah, mas é um absurdo. Nós vamos fazer mais jogatina”. Não, nós vamos parar a jogatina que está aí. Era a hora de o Senado… Vou registrar esta sugestão aqui e, pela última vez, falo, nesta Casa, nesta tribuna, sobre esse tema. Esta é a hora de pensar, Sr. Presidente, que se deve proibir o jogo no telefone e o jogo on-line. Deve-se gerar emprego com o jogo presencial. A pessoa vai ter que sair de casa para ir até um cassino. A pessoa vai sair de casa para ir até um bingo ou até uma loja, para fazer uma loteria, um jogo do bicho ou qualquer coisa. Ela não pode ficar com o jogo na palma da mão. O Senado tem esta possibilidade: legalizar e proibir as apostas esportivas com o cassino. Hoje é permitido… Vamos lá. Serão permitidas as bets, a aposta esportiva. Vou jogar no próximo jogo do América. Vou apostar no América, vou apostar no Cruzeiro ou vou apostar no Atlético. Daqui a uma semana, vai acontecer o jogo. Não pode ocorrer o que está acontecendo hoje com os cassinos na palma da mão. O Senado tem essa possibilidade, e tenho certeza de que pode aparecer um senador com um pouco de sensatez para proibir o jogo pelo telefone e aprovar o presencial. Por quê? O jogo presencial vai gerar emprego e gerar economia. Ele vai ter condição de ser fiscalizado. Isso vai gerar condições para acabar com essa clandestinidade toda que está aí. Falo hoje, Sr. Presidente, e não vou falar mais: está na hora de legalizar o jogo presencial; está na hora de acabar com o jogo no telefone, no computador, dentro de casa. Depois que comecei essa campanha contra o jogo no telefone, tenho uma declaração de mais de oitocentos suicídios em Minas Gerais. Trata-se de famílias que estão sendo destruídas. Há uma pandemia do jogo, e essa pandemia só vai acabar se vier a legalização do jogo presencial e a proibição do jogo do cassino nos telefones. Bets: tudo bem. Cassino: proibido nos telefones. Muito obrigado, Sr. Presidente.