DEPUTADA CHIARA BIONDINI (PP)
Declaração de Voto
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 11/07/2025
Página 87, Coluna 1
Indexação
43ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 9/7/2025
Palavras da deputada Chiara Biondini
A deputada Chiara Biondini – Boa tarde, presidente e todos os colegas. Eu queria falar sobre um assunto que está sendo tratado no governo de Minas, na Secretaria de Educação, que é a implementação de seguranças militares nas escolas do nosso estado. Isso é algo muito importante, porque a gente está vendo recorrentemente acidentes acontecendo nas escolas, muitas vezes alunos que agridem professores e muitas vezes pessoas que invadem as escolas para agredir estudantes. Ontem mesmo aconteceu um caso muito triste: duas crianças morreram em uma escola no Rio Grande do Sul. Isso não pode acontecer. Desde o ano passado, a gente vem discutindo – eu, o deputado Bruno Engler e tantas outras pessoas – sobre como garantir mais segurança para as nossas crianças, porque a escola é lugar de segurança; a escola é o lugar em que os pais devem, tranquilos, deixar seus filhos, sabendo que eles voltarão em segurança para casa; a escola tem que ser lugar de segurança para os professores. Quantas vezes vemos professores sendo atacados por causa de alunos e por brigas entre os estudantes? Os diretores e os professores já têm demandas demais, e a presença de um segurança para inibir, coibir que pessoas entrem nas escolas para machucar, atacar ou matar alunos é essencial. A gente pede isso há muito tempo. Inclusive, o deputado Bruno Engler tem um projeto de lei que fala sobre isso, que foi votado na Assembleia e sancionado pelo governador. Então, assim, escutando os pais de família e os alunos, é unânime que as escolas querem seguranças dentro delas, para dar segurança a todos, inclusive aos professores. E digo mais: é impressionante alguns dizerem que não querem a segurança nas escolas, sendo que isso é facultativo, é opcional. Para aquela escola que não quiser ou aquele corpo docente que não quiser, não haverá segurança. Então é uma forma de dar opção à escola que quiser ter segurança ou à escola onde pais, alunos e professores não quiserem. Nós precisamos dar segurança às alunas, aos alunos, aos professores e aos diretores. Além disso, que não aconteçam mais casos como o que aconteceu em Poços de Caldas, onde uma aluna foi morta em razão de invasão da escola. Eu estive presente e conversei com os familiares e a escola. Todos, de maneira unânime, queriam segurança nas escolas. Então fica aqui o meu apoio a esse projeto e a minha indignação com quem se coloca contra ele. Houve até uma professora na luta, deputado Bruno, que disse que daria três pontos extras a cada aluno que fizesse um vídeo e se posicionasse contra militar na escola. Para mim, o ponto tinha de vir de coisa séria, de matéria e de conteúdo, e não de posicionamento contra militar. Para finalizar a minha fala, queria dizer que fiquei muito triste com a deputada Bella, mas ela infelizmente não está aqui. Não sei se ela já foi ameaçada de tomar um tapa na cara na rua ou em algum outro lugar, principalmente no seu ambiente de trabalho, mas aconteceu comigo há pouco tempo, presidente Betinho. Quando eu estava fazendo a minha fala, uma mulher saiu do seu lugar de visitante, foi até mim, apontou-me o dedo e me xingou de inúmeras coisas. Então já aconteceu comigo antes. Depois ela disse que daria na minha cara, que eu merecia apanhar na rua e assim sucessivamente. Aqui, nesta Casa, sempre se fala da união das mulheres, sempre se fala da união das mulheres, mas é raro ver, de fato, a união verdadeira, porque, infelizmente, quando abri a audiência pública, dei de cara com essa Sra. Maria Tereza, que estava lá participando. Ela não pode mais vir à Assembleia, graças a Deus! O presidente é um cara correto, sério e se preocupa com a nossa integridade física. Agora é, no mínimo, triste ver uma deputada mulher, que se diz a favor das mulheres, chamar, convidar para participar de reunião nesta Casa uma mulher que disse a uma deputada colega, no seu ambiente de trabalho, que ia dar na sua cara. Então eu queria, realmente, chamar as mulheres para nos unirmos e fazermos um gesto de que, nesta Casa, não permitimos nem permitiremos agressões físicas nem verbais contra os nossos parlamentares. Não podemos passar pano, independentemente de quem quer que esteja falando, se é uma liderança importante ou se é uma liderança que traz voto para vocês. Não podemos. Então, enfim, fica aqui o meu agradecimento ao presidente que, de forma certeira, proibiu a visita dessa senhora a esta Casa, mas, por outro lado, a minha lamentação à deputada Bella por ter convidado uma mulher que quis me agredir para fazer parte da audiência pública na Assembleia. Tenho certeza de que a maioria dos deputados repudiam e lamentam essa situação. Espero que não aconteça com nenhuma outra mulher ou com nenhum outro deputado ameaça de agressão nesta Casa. Infelizmente, a deputada Bella parece concordar com a atitude da Sra. Maria Tereza. Obrigada, presidente. Fica aqui, mais uma vez, a minha lamentação.