DEPUTADA CHIARA BIONDINI (PP)
Questão de Ordem
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 30/05/2025
Página 43, Coluna 1
Indexação
12ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 28/5/2025
Palavras da deputada Chiara Biondini
A deputada Chiara Biondini – Pela ordem, presidente. Quero reiterar o que o deputado João falou e agradecer as palavras dele. Foi exatamente isso. Ontem estava acontecendo uma reunião da Comissão das Mulheres, e pedi à deputada Leninha para falar de um assunto que realmente não era pauta na hora, mas era importante para mim. A deputada me permitiu, junto com a presidente Ana Paula, e fiz um discurso tranquilo sobre aquilo em que acredito, ou seja, em favor da vida e contra o aborto. Um senhora, que até então eu não sabia quem era, saiu da galeria, passou na minha frente, sentou-se ao meu lado, um pouco distante de mim, e começou a cochichar naquele momento. Até aí, tudo bem. Logo depois do meu discurso, ela se levantou de forma desrespeitosa com a deputada Leninha e com a deputada Ana Paula, dizendo: “Eu não vou respeitar vocês”. Ela começou a gritar, colocando o dedo na minha cara por 2 minutos, palavras absurdas, acusando-me de forma muito agressiva. Eu fiquei calada, sentada, filmando – peguei meu telefone para filmar. Em nenhum momento me levantei, e ela ficou falando, gritando, berrando naquele momento. Depois dos 2 minutos em que ela ficou me chamando de covarde, xingando o papa, falando que eu era uma menina, etc., ela saiu do plenarinho. Esperei um tempo e saí também. Quando eu passei pela porta da galeria, escutei dessa mesma mulher a seguinte frase: “Se você entrar na galeria, eu vou dar na sua cara”. Eu entrei na galeria e falei: “O que você disse?”. E ela repetiu: “Eu vou dar na sua cara”. Eu falei: “Eu não tenho medo”. Ela falou: “Você merece apanhar”. Naquele momento, a Leninha e os seguranças apaziguaram a situação, eu saí e fui embora. Logo em seguida, descobri que ela é assessora do vereador Pedro Patrus, da Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte. Trata-se de mais um assessor; mais um assessor de deputado ou vereador do Partido dos Trabalhadores que entra na nossa Casa, no nosso lugar de trabalho, no nosso lugar de democracia para nos acusar de forma covarde e muito constrangedora, inclusive me ameaçando. O pior de tudo isso para mim, presidente, foi que, depois desse papelão, depois dessa ameaça, ela ainda teve o direito de fala aqui, na Assembleia de Minas. Depois de dizer que iria me bater, que iria dar na minha cara, a presidente Ana Paula, em vez de pedir a ela para se retirar, concedeu fala a essa mulher. Quero dizer que, para mim, isso foi um vexame da deputada Ana Paula. Se eu fosse presidente em alguma audiência de uma comissão em que alguma pessoa falasse com qualquer parlamentar desta Casa que iria agredi-lo, eu seria a primeira a pedir à polícia que retirasse a pessoa desta Casa. Mas a Ana Paula, em vez de fazer isso, deu-lhe a palavra e o palanque. Isso é lamentável, é triste. Mais uma vez, sofro uma agressão verbal e quase física. Queria muito a união das mulheres, porque estávamos na Comissão dos Direitos da Mulher, e foi uma mulher que veio me agredir, e depois outra mulher meio que quase concordou com a atitude dessa senhora. Então, mais uma vez, trata-se de uma assessora do vereador Pedro Patrus me agredindo dentro do meu trabalho, dentro da Casa da democracia. Obrigada, presidente.