Pronunciamentos

DEPUTADA BELLA GONÇALVES (PSOL)

Questão de Ordem

Denuncia episódios de violência policial no Município de Governador Valadares e solicita providências do governador do Estado e do Comando da Polícia Militar sobre o ocorrido.
Reunião 6ª reunião EXTRAORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 10/04/2025
Página 92, Coluna 1
Indexação

6ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 9/4/2025

Palavras da deputada Bella Gonçalves

A deputada Bella Gonçalves Deputados, eu solicitei questão de ordem, porque a situação da violência policial em Governador Valadares é inadmissível. No ano passado, vocês acompanharam o caso da morte de uma jovem, a Thainara, de 19 anos, que foi assassinada pela Polícia Militar de Minas Gerais em uma abordagem no condomínio em que vivia. O laudo de necrópsia da Polícia Civil indica que ela morreu por constrição cervical e asfixia. No entanto, até hoje, o relatório da Polícia Civil não foi concluído, e os policiais, além de ainda não terem sido indiciados, continuam trabalhando na região. Desde esse dia horrível, que afetou a vida de uma jovem que tem dois irmãos com deficiência e uma filha com deficiência e que estava começando a vida, a mãe relata que a Polícia Militar fez várias entradas e invasões na sua casa, sem ordem judicial, como forma de constrangê-la. Diante disso, os advogados instalaram câmeras na casa da Thainara. Hoje, pela manhã, eu recebi o vídeo que mostra os policiais militares entrando com a arma em punho e revirando toda a casa da mãe da Thainara. Como se não bastasse a dor do luto dessa mulher, a Polícia Militar continua invadindo a casa e agredindo a família, que já sofre demais por ter perdido o arrimo de família que era essa jovem. A mãe da Thainara faz hemodiálise e hoje cuida da filha dela, que tem poucos anos de idade. A vida da Thainara não vai ser devolvida, mas a gente vai acompanhar o caso para que essa ação dos policiais seja responsabilizada. Já conversei hoje com o Cel. Fausto e quero deixar claro para o chefe do Estado-Maior e para o Comando da Polícia Militar que, se providências imediatas não forem tomadas para que esses policiais militares parem de agir dessa forma, nós trataremos o tema a partir de uma convocação na Comissão de Direitos Humanos. É isso, presidente. Muito obrigada.