DEPUTADO EDUARDO AZEVEDO (PL)
Discurso
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 07/02/2025
Página 16, Coluna 1
Indexação
2ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 5/2/2025
Palavras do deputado Eduardo Azevedo
O deputado Eduardo Azevedo – Boa tarde, Sr. Presidente; boa tarde aos demais parlamentares que se encontram na Casa, aos servidores da Casa e aos que nos acompanham pela TV Assembleia bem como pelos canais das redes sociais da Assembleia.
Não é possível plantar batata e colher cenoura, tampouco plantar maçã e comer laranja. Tudo aquilo que se planta será colhido. Agora nós estamos caminhando para o terceiro ano deste desgoverno. Após várias tratativas negativas para aumentar impostos e inchar cada vez mais a máquina pública com ministérios para alocar a sua companheirada, nós estamos vendo o resultado danoso que, infelizmente, o governo federal tem gerado no Brasil. O preço dos alimentos tem disparado de uma forma que ninguém mais consegue controlar. Cito isto porque Minas Gerais é referência mundial na produção de café: eu nunca vi, na história, o café chegar a preço tão elevado. Mas tudo o que se planta se colhe.
Hoje, com o aumento de impostos, nós estamos vivendo um verdadeiro caos no nosso país. O Estado tem que se tornar cada vez mais eficiente; ele não pode impor a sua mão pesada sobre quem investe e sobre quem empreende. Durante todo este período de desgoverno, nós temos visto ataques ao agro, ataques a mineradoras, ataques a quem realmente produz dentro do Brasil. Quando você observa detalhadamente toda a riqueza que existe dentro deste país, vê que ela é oriunda da iniciativa privada. O poder público – afirmo e reafirmo – não produz riqueza nenhuma; muito pelo contrário, ele só consome. A Assembleia Legislativa só consome; o Congresso Nacional só consome; a prefeitura só consome; as câmaras municipais só consomem.
Quem realmente produz dentro do País chama-se iniciativa privada. Há uma palavra que é um fantasma para todo brasileiro. Quando eu venho a esta tribuna para falar a respeito, eu não vejo as pessoas falarem ou defenderem isto, eu não vejo a grande mídia ou a grande imprensa darem publicidade a isto, que é extremamente importante: nós estamos vendo a economia do Brasil afundar. O Brasil não aguenta mais este desgoverno. Estamos indo de mal a pior. Detalhe: a pior palavra, a que o brasileiro não quer ouvir falar, é “recessão”.
Fazendo uma rápida pesquisa… Isto não veio de nenhum dado político; veio de um economista, o Fernando Honorato, chefe de um grande banco do Brasil, o Bradesco, banco privado de muito renome. Após fazer alguns estudos, ele chegou a uma conclusão que me chamou muito a atenção. O Bradesco alerta que o Brasil deve entrar em recessão já em 2025. Estamos começando a colher aquilo que o desgoverno tem plantado. Colocar a mão pesada sobre quem empreende e aumentar a alíquota de imposto não é o caminho para a prosperidade de um país.
Menos é mais, porque, quanto menor a carga tributária sobre quem empreende, mais e mais se tem a capacidade de crescer e de investir. Infelizmente essa não é a política deste atual desgoverno. A política deste desgoverno é formar massa de manobra; é, por meio do assistencialismo, comprar a população menos favorecida. Eu não sou contra o assistencialismo. Em casos mais extremos, há, sim, a necessidade de que ele exista. Mas, quando você começa a disponibilizar Bolsa Família, Auxílio Gás, bolsa isso, bolsa aquilo, para tentar comprar as pessoas, nós vemos que, realmente, essa é uma situação desastrosa. Essa deveria ser a principal bandeira que deveríamos abraçar. Sabem por que este desgoverno não quer que as pessoas cresçam? Sabem por quê? Porque a população menos favorecida se torna completamente dependente do poder público. Mas, quando nós estamos aqui trabalhando para a redução da carga tributária de quem empreende, votando contra aumento de impostos… Quando foi pautado, aqui, na Assembleia, o aumento do ICMS, eu votei contra. Voto contra todo e qualquer tipo de aumento de imposto. Quando nós diminuímos os impostos, damos oportunidade ao Estado e ao País de crescer cada vez mais. Agindo assim, a economia vai prosperar. Mas não é isso que eles pensam; eles querem enganar, a pão e circo, a população com assistencialismo, porque, enquanto a população estiver dessa forma, tudo está bem.
Nós vimos, aqui, através de uma matéria de um economista de um banco renomado, que já se prevê uma grande recessão – o fantasma da recessão – para o Brasil a partir do segundo semestre. Um absurdo isso que nós vemos. Lembre-se de que, quando a economia prospera e a oferta de empregos está em alta, o poder público é automaticamente desafogado. Isso é óbvio. Qual é o melhor programa social que nós, políticos, podemos deixar para a população? É o Bolsa Família? Não. É o Auxílio Gás? Não. Eles são necessários, sim, mas o melhor programa social que nós precisamos deixar para a população chama-se geração de emprego e renda. Quando nós assim fazemos, desafogamos o poder público. Sabem por quê? Porque, quando você consegue melhorar o poder aquisitivo da população, melhorar a renda per capita de um País ou de um Estado… Você já parou para pensar? A pessoa vai ter condição de comprar sua moto, vai ter condição de usar serviços de transporte por aplicativo, desafogando o transporte público. Quando você aumenta o poder aquisitivo do brasileiro, ele pode colocar seu filho em uma escola particular, desafogando a rede pública. Quando você aumenta o poder aquisitivo do brasileiro, ele tem condição de pagar um plano de saúde, deixando de depender da UPA ou da Unidade Básica de Saúde. É assim que funciona: o menos gerando mais.
Infelizmente este desgoverno tem colocado a mão pesada sobre quem empreende. Eu escutava, desde a época da minha campanha, que, se o nosso atual presidente voltasse à cena do crime, muitas pessoas deixariam de investir. E é isso que nós estamos vendo agora. Muitos deixaram de investir. Essa recessão que está prestes a chegar ao Brasil – nós não queríamos que chegasse de forma alguma porque o desemprego é um fantasma que assola as famílias brasileiras – é desencadeada simplesmente pela falta de investimentos. As pessoas não querem mais investir no Brasil. Não existe mais capital estrangeiro no País. Quem vai querer investir num governo corrupto com um cenário de desaceleração da economia?
O poder de compra do brasileiro diminuiu. E nós ficamos tristes ao perceber que o Banco Bradesco, uma instituição que não é política, faz um alerta dizendo que estamos caminhando para uma recessão que deve começar a partir do segundo semestre, fruto de um governo canalha, de um governo opressor, que só se preocupa em arrecadar, arrecadar, arrecadar. Enquanto isso, quem realmente empreende não consegue mais empreender no Brasil. É triste ver pessoas subindo a esta tribuna para atacar o agro. Tudo que vem para a nossa mesa provem do agro. É triste ver pessoas virem aqui para atacar as mineradoras. Diante de qualquer irregularidade, qualquer crime, deve haver punição, sim, mas você já imaginou se as mineradoras realmente deixassem de existir no Estado de Minas Gerais? Já imaginou a quantidade de famílias que estariam desempregadas e que não teriam condições de trabalhar e levar sustento para casa?
E é isso que sempre precisamos levantar para defender o livre mercado. Defendemos a oportunidade de as pessoas – seja pequeno, grande ou médio empresário – poderem empreender, fazer com que a cadeia produtiva do Brasil cresça, oferecer emprego e dignidade aos brasileiros. Isso porque, se você perguntar a quem está lá na ponta, ao cidadão brasileiro, verá que ele não quer viver de assistencialismo. Se você chegar e perguntar a um pai de família, vai ouvir que ele não quer viver nessas condições, dependendo de levar o seu sustento para casa através de um programa assistencial do governo. Não! Ele não quer isso! Ele quer ter a oportunidade de acordar de manhã, poder trabalhar, receber o seu salário digno no final do mês e poder sustentar a sua família. E o que nós vemos no Brasil hoje é uma inversão de valores, de forma que quem gera emprego, quem gera riqueza, quem faz a cadeia produtiva do País crescer é vilão e aqueles que prejudicam a Nação são heróis.
Portanto, aqui finalizo o meu pronunciamento nesta tarde, o primeiro do ano, com o pesar de solicitar que Deus tenha misericórdia do Brasil, para que nós não venhamos a viver o fantasma da recessão que vai assolar famílias, vai fechar empresas e vai colocar muitos brasileiros desempregados por causa da irresponsabilidade, da inconsequência, da falta de preparo de um governo completamente desqualificado, completamente despreparado. Afinal de contas, diga-me com quem andas e eu te direi quem és. Eu nunca vi esse sujeito que está na Presidência da República trabalhar. Muito pelo contrário. Desde quando eu era criança, eu só via o Lula no meio de manifestação e de greve. Nunca vi esse sujeito realmente trabalhar e produzir alguma coisa. Então, se hoje nós temos um cara desse nível na presidência, como ele vai estar preocupado em produzir alguma coisa para o País do qual ele é presidente? Muito pelo contrário. Ele não quer produzir nada no Brasil, não. Ele quer sugar, ele quer acabar com o nosso país, e assim tem feito. Aquilo que o PT plantou desde o início do seu mandato está sendo colhido agora, quando nós poderemos estar enfrentando uma séria recessão, o que vai prejudicar o nosso país. Então peço que Deus tenha misericórdia deste país, até que este governo possa passar.