DEPUTADO CAPOREZZO (PL)
Declaração de Voto
Legislatura 20ª legislatura, 2ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 09/02/2024
Página 135, Coluna 1
Indexação
1ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 07/2/2024
Palavras do deputado Caporezzo
O deputado Caporezzo – Boa tarde, presidente. Boa tarde, colegas deputados estaduais. Em meu primeiro discurso do ano de 2024, infelizmente, não trago boas notícias. Enquanto a esquerda nesta Casa comemora a visita do Lula ao Estado de Minas Gerais, nós, que temos responsabilidade, sabemos que o Brasil está se endividando. É uma vergonha que, em apenas em um ano de gestão, o ex-presidiário tenha conseguido pegar um país estável e comprometer 85% do nosso PIB. Hoje o endividamento do Brasil supera o endividamento da falida Argentina. Se isso não é motivo para preocupação, não sei mais o que é. Vivemos um momento em nossa história em que a crise bate à porta. Infelizmente, não é apenas a crise, mas também a Polícia Federal, que deixou de bater à porta de corruptos do colarinho-branco para se preocupar com patriotas, com pastores, com pessoas de bem. Com certeza, isso, sim, é uma verdadeira lesa-pátria que está sendo cometida, fazendo aqui alusão ao nome da operação, que é bastante irônico: Lesa Pátria. Mas o que me chamou a atenção e o que me traz a esta tribuna é o desrespeito deste governo do PT com o agronegócio brasileiro. Durante o período do governo Bolsonaro, o preço da arroba ultrapassava R$300,00 e hoje está em aproximadamente R$230,00. O mesmo aconteceu com a soja, com o feijão e com tantas outras commodities. É realmente preocupante demais perceber o que aconteceu com o leite, que chegou a passar de R$4,00 em alguns lugares e em Minas está a R$1,90. Os produtores de leite estão indo à falência. O senhor sabe muito bem disso, presidente Arantes, como é triste a situação hoje do produtor de leite. E o governo federal o que fez? Mais de 65% dos produtos lácteos hoje no Brasil são importados, enquanto o nosso produtor está sofrendo amargamente. É claro que toda essa irresponsabilidade vai chegar à conta de quem mais precisa, que são os mais pobres. O preço do café no mercado dobrou do tempo do governo do Bolsonaro para cá. O preço do macarrão mais que triplicou. Agora, um pacote de 5kg de arroz está pelo menos a R$35,00. Não era esse o governo que se preocupava com os mais pobres? Como ele se preocupa com os mais pobres se o Lula lá retornou com todos os impostos dos combustíveis que o presidente Bolsonaro havia zerado? Toda a nossa malha – a nossa principal malha logística é rodoviária – depende do diesel. Ele estando caro, é claro que o pobre vai pagar mais caro na ponta da linha. Então, o que o Lula está fazendo aqui, em Minas Gerais? Veio falar para a população que ele diz defender, que é a população mais pobre, que ela vão ficar cada vez numa situação pior e que, em vez de pobre, ela vai ficar miserável e que a classe média vai empobrecer? É isso que está acontecendo com o nosso país e é isso que acontece, infelizmente, com qualquer país que cai no canto da sereia, da carochinha socialista. Então, não existem motivos para comemorar essa vinda do Lula aqui. É importante ver o tratamento que eles dão para os mais pobres. Na época do presidente Bolsonaro, havia o Auxílio Brasil, que voltou a se chamar Bolsa Família, mas agora é assim: o pobre só recebe o Bolsa Família se o filho dele for vacinado. A gente vai obrigar e vai tratar essas pessoas na base da humilhação! Isso é desumano! Tratar a população mais pobre como se fosse gado: ou você vacina, porque eu, papai Lula, estou mandando, ou o seu filho vai passar fome. A gente vai cortar o seu benefício. Canalha! Cínico! Nós vamos lutar, até o fim, para arrancar esse sem-vergonha da Presidência da República. A direita vive em Minas Gerais. Obrigado, presidente.