DEPUTADO EDUARDO AZEVEDO (PSC)
Discurso
Legislatura 20ª legislatura, 1ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 28/09/2023
Página 67, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas PL 1295 de 2023
Normas citadas LEI nº 6763, de 1975
63ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 26/9/2023
Palavras do deputado Eduardo Azevedo
O deputado Eduardo Azevedo – Boa tarde, Sr. Presidente; boa tarde, parlamentares que estão em Plenário e pessoas que nos acompanham também pela TV Assembleia. A gente precisa dar agilidade à votação desse projeto, porque eu acho que, no momento em que cada parlamentar adentra este Plenário, já chega com a votação definida, se vai votar “sim”, se vai votar “não”. Fica essa questão, embora sendo regimental, de ficar obstruindo a pauta, e fazem, mais uma vez, uma falta de respeito com o pessoal que está aqui. Já poderíamos ter votado esse projeto há muito tempo.
Foi assim com o pessoal da Minascaixa. O pessoal da Minascaixa saiu daqui, numa terça-feira, às 10 horas da noite. Vocês estão aqui aguardando a votação, gente. Todo mundo já tem o voto definido, então vamos chegar aqui e votar “sim” ou “não”, pronto e acabou. E chega de falação! Chega de falação! Respeito àquelas pessoas que me colocaram aqui.
Aproveitando agora, já para poder falar, e eu não vou me delongar muito, vou deixar bem claro que sou contra todo e qualquer tipo de aumento. Eu não voto aumento de imposto, eu não voto aumento de salário de político, eu não voto aumento de nada, sabe por quê? Quanto mais aumenta, pior fica para quem arrecada. Se nós queremos melhorar a arrecadação do Estado, nós precisamos diminuir a carga tributária, para que novas pessoas possam investir e com isso arrecadar mais. Esse não é o caminho. O meu voto é “não” e sempre vai ser “não”. Pronto e acabou! Eu não voto em nenhum tipo de aumento. Se pautar um projeto para votar aumento de salário meu, eu não voto e eu tenho moral e propriedade para falar isso, sabe por quê? Eu cheguei aqui, nesta Casa, sem utilizar um centavo de dinheiro público. Durante as minhas campanhas, eleito vereador e eleito deputado, eu não gastei um centavo de fundo eleitoral. Eu não utilizo auxílio-moradia, eu não utilizo carro da Assembleia, sempre mostrando que dá para fazer política sem onerar a máquina pública. Então o meu voto, sempre nessa linha, vai ser “não”. Eu quero externar e pedir aos nobres parlamentares que também tenham a consciência, sabe por quê? Nós somos representantes do povo e não somos representantes do governo. Portanto o povo não aguenta mais pagar imposto, então nós temos que votar contra o aumento de imposto.
Agora só quero falar um pouquinho a respeito do que disse o deputado que me antecedeu aqui. Bom mesmo é o governo Pimentel, não é? Bom mesmo é o governo Pimentel, que pagava todo mundo atrasado; bom mesmo é o governo do PT, que já mostrou aí o rombo que ele fez logo nesse primeiro semestre, gastando muito mais do que o resto dos outros parlamentares; bom mesmo é o governo do PT, que pega a ministra e vai assistir ao jogo do Flamengo no avião da Força Aérea Brasileira. Esse é o governo bom, o governo da companheirada, o governo que rouba, o governo ladrão e o governo corrupto. Aí eu pergunto para você o seguinte: que moral você tem para poder chegar aqui e falar? Que moral tem, sendo que defende o governo que é corrupto, o governo que está envolvido na maior história de corrupção do país? E nunca houve, sequer, do PT um projeto para o povo. Muito pelo contrário. O projeto do PT é um projeto de poder, um projeto para poder engrandecer cada vez mais. Pois bem, vamos lá.
Quando eu entrei na Assembleia percebi muito bem que aqui existem dois grupos. Existe um grupo que está alinhado com o desenvolvimento do Estado, porém já existe um outro grupo que quer promover o caos. Eu comecei a perceber isso, sabe por quê? Porque esse outro grupo chega aqui para poder bater no governo, para poder falar mal do governo, para poder falar que as rodovias estão sucateadas, para poder falar que não tem hospital de qualidade para a população. Mas me recordo no passado, alguns meses atrás, alguns dias, que pautou um projeto aqui na Casa, o PAF, e o governo deixaria de arrecadar ou teria que pagar, melhor dizendo, para a União, se não fosse pago no prazo, R$16.000.000.000,00. E com R$16.000.000.000,00 dá para fazer muita coisa no Estado. Esse grupo obstruiu, esse grupo deixou, quis de todas as formas que o projeto não fosse aprovado e está aqui agora novamente a história se repetindo.
Em contrapartida, já existe um outro grupo que quer que o Estado ande, grupo esse que está comprometido com o desenvolvimento de Minas Gerais. Porém, eu tenho que chamar a atenção do governo aqui, agora porque, se o governo Zema realmente foi reeleito para poder mostrar que está querendo colocar a máquina nos trilhos, para poder valorizar esse grupo que está querendo andar alinhado com o governo… Esse grupo sempre está aqui no Plenário, você vai ver que esse grupo está sempre ao lado do governo. No entanto, o outro grupo do caos, que quer promover o caos, depois para chegar aqui e falar que foram eles que resolveram o problema é muito fácil. O governo vai ter que escutar. Sabe o que o governo literalmente virou? Ele virou mulher de malandro desse outro grupo. Porque esse outro, que é o grupo da oposição, chega aqui, bate, fala mal, obstrui pauta, mas depois sabe o que o governo faz? Abre, escancara as portas para esse grupo.
Então eu pergunto: o que o governo quer para o Estado? O governo quer um bom alinhamento com esse grupo, que está andando alinhado com ele ou quer abrir a porta para todo mundo, virar literalmente a mulher de malandro e fazer desses outros parlamentares, que estão aqui comprometidos com o governo, comprometidos com o Estado… Porque eu estou falando do PAF, mas o PAF não é pauta nem de oposição nem de base, o PAF é pauta de governo. Eles obstruíram tanto que não deixaram o PAF passar. Agora estão aqui novamente fazendo gracinha, obstruindo esse projeto que é do aumento do ICMS. Todo mundo tem o voto definido. Venha cá, vote “sim” ou “não” e pronto e acabou, parem de ficar enrolando o povo! O pessoal não aguenta isso mais, não! Agora ficam aí jogando para a galera para depois falar assim: “Nós obstruímos o projeto”.
Então, governo, o que vocês estão querendo? Vocês querem valorizar as pessoas que andam com vocês com o comprometimento do Estado ou vocês vão literalmente virar capacho, mulher de malandro da oposição? Porque a oposição chega aqui bate, bate, bate, bate, bate, e vocês abrem a porta para eles. Governo, vocês estão agora acabando de perder o nosso respeito. Vocês estão perdendo o respeito desses deputados, que estão alinhados com o andamento do Estado, sabe por quê? Porque vocês não reconhecem o trabalho que esses deputados fazem aqui. Quando a oposição quer obstruir, eles saem do Plenário e não registram presença. Agora não; os demais que estão alinhados com o bom andamento do Estado sempre estão aqui e vocês não os valorizam. Vocês estão literalmente cuspindo no prato que comeram. Vocês estão literalmente desrespeitando esses deputados que estão alinhados com vocês.
Vocês, governo, estão virando mulher de malandro da oposição. Vocês estão apanhando, apanhando, apanhando e gostando de apanhar. Então, passem a tratar com respeito essas pessoas que estão aqui, esses parlamentares que estão aqui dignamente para representar o povo de Minas Gerais, para fazer com que este Estado ande. Então vamos votar esse projeto hoje. O meu voto é “não”. Vamos parar de falação. Vamos ter respeito com o pessoal das empresas de vistoria de carro, que quer votar o projeto. Vamos acabar com isso aqui hoje de uma vez por todas. Então, governo, está dado o recado, e passe a tratar essas pessoas com o respeito que elas merecem.