DEPUTADO TADEU MARTINS LEITE (MDB), Presidente "ad hoc"
Discurso
Legislatura 19ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 29/09/2021
Página 9, Coluna 1
Assunto HOMENAGEM.
Proposições citadas RQO 987 de 2021
11ª REUNIÃO ESPECIAL DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 19ª LEGISLATURA, EM 27/9/2021
Palavras do presidente (deputado Tadeu Martins Leite)
Boa noite a todos; boa noite a todas. Saúdo, com muito orgulho, o nosso Revmo. Sr. arcebispo de Montes Claros, dom João Justino de Medeiros Silva, a quem tenho a honra de receber nesta Casa, juntamente com todos os parlamentares, deputados e deputadas aqui neste momento. O senhor, que faz um trabalho brilhante, fundamental, à frente da nossa Igreja Católica, sinta-se abraçado por toda esta Casa, através desta fala. Cumprimento também o nosso amigo deputado Carlos Pimenta, autor do requerimento que deu origem a esta homenagem. O deputado Carlos Pimenta talvez seja um dos deputados mais importantes desta Casa não só por sua trajetória na Assembleia de Minas, pelo seu conhecimento desta Casa, mas também pela profundidade com que trata temas importantes nesta Casa, em especial a saúde pública do Estado de Minas Gerais. Foi presidente da Comissão de Saúde e, no seu mandato, traz esse tema como fundamental também, sempre a favor da região do Norte de Minas. Então, deputado Carlos Pimenta, amigo, eu o parabenizo por esta importante homenagem ao nosso maior hospital do Norte de Minas. Também trago um abraço aqui ao deputado Gil Pereira, amigo também. Deputado experiente aqui da Assembleia de Minas que também, em todo o seu mandato, em todos os seus mandatos, coloca a santa casa como prioridade para toda a Assembleia, para todo o Estado de Minas Gerais. Aproveito a oportunidade e saúdo também aqui alguns deputados que estão on-line, como o deputado Virgílio Guimarães, também grande defensor da santa casa e do Norte de Minas, e a deputada Leninha. Um abraço à deputada Leninha, que nos acompanha remotamente e também é grande defensora da nossa santa casa e de todo o Norte de Minas. Cumprimento, de forma muito especial, o nosso deputado federal Delegado Marcelo Freitas. Aproveito a oportunidade, deputado, para parabenizá-lo pelo trabalho que vem fazendo em prol de toda a nossa região lá na Câmara Federal. V. Exa. hoje é um destaque para a nossa região, para o Estado de Minas Gerais, de fato, não só pelo seu trabalho na Câmara, mas também porque está atuando muito à frente na defesa da santa casa lá da cidade de Montes Claros. Quero parabenizá-lo e agradecer-lhe o trabalho que vem fazendo como deputado federal também. Cumprimento o provedor da Santa Casa de Montes Claros, Gilson Caldeira. O Gilson, que talvez seja uma das pessoas mais experientes da nossa região, que tem um profundo conhecimento em diversas áreas, hoje empresta o seu conhecimento também para a nossa santa casa. Aproveito e agradeço a presença de sua esposa Ângela aqui também. Aproveito a oportunidade e abraço a Dra. Cláudia também, esposa do deputado Carlos Pimenta. Gilson, obrigado pelo trabalho que vem fazendo à frente da nossa importante santa casa. Agradeço ainda ao superintendente da Santa Casa de Montes Claros, Maurício Sérgio Sousa e Silva, lutador que não para um minuto também em defesa da santa casa, sempre atrás aqui dos deputados, dos governos federal e estadual, sempre a favor, sempre em defesa da santa casa.
Senhoras e senhores, eu estive hoje mais cedo com o nosso presidente, deputado Agostinho Patrus. Infelizmente ele não pôde estar presente, mas fez questão de me entregar em mãos um discurso que ele mesmo faria aqui neste momento. Claro que, obviamente, o farei daqui a pouco, porque agora, de forma muito breve, quero apenas falar da importância desta reunião proposta pelo deputado Carlos Pimenta.
Fazer o bem é essência principal das atividades da santa casa. Se nós pegarmos, por exemplo, a palavra “filantropia”, ela vem de expressões gregas que de fato mostram o ser humano e o amor, ou seja, amor à humanidade. E é isso que, de fato, a santa casa vem fazendo no seu dia a dia. Por isso se tornou talvez não só o maior hospital do Norte de Minas, mas também um dos principais hospitais de todo o País. É por isso que quero aqui, neste momento, parabenizar não só todos que aqui estão, mas todos que, no dia a dia, ajudam a santa casa a ser esse importante e grande hospital que é, o que é unanimidade, obviamente, em toda a nossa região, em todo o Estado de Minas Gerais.
Pronunciamento do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Agostinho Patrus: (– Lê:) “Esta homenagem aos 150 anos de existência da Santa Casa de Montes Claros é motivo de muito orgulho para todos os mineiros. Uma das instituições mais antigas do município, com atuação reconhecida no Norte de Minas e também no Sudoeste da Bahia, suas atividades têm uma marca essencial, a da construção de uma permanente trajetória sempre fazendo o bem. Essa referência de filantropia, que também abrange os Vales do Jequitinhonha e Mucuri, assiste uma população de mais de 2 milhões de pessoas, com mais de um milhão e meio de atendimentos por ano. Mantendo seu trabalho com excelência de qualidade e de forma humanizada, o hospital tem seus próprios projetos de captação de recursos, que contam com a ajuda de toda a população.
Instituída por lei provincial de 1871, a Irmandade de Nossa Senhora das Mercês da Santa Casa de Montes Claros foi acolhida canonicamente pela Igreja Católica em 1878, por ato de dom João Antônio dos Santos, bispo de Diamantina. Desde seus primórdios, veio inserir seus assistidos e familiares na tradição portuguesa das santas casas de misericórdia. A primeira delas foi fundada em Lisboa pela rainha Leonor de Lencastre, em 1498, apenas dois anos antes da chegada da esquadra de Cabral ao Brasil. Administrada pela Irmandade da Misericórdia, tinha como missão alimentar os famintos, assistir os enfermos, consolar os tristes, educar os enjeitados e sepultar os mortos. Nascia então uma das obras filantrópicas mais significativas que o mundo iria conhecer e cuja filosofia preside ainda o trabalho da congênere de Montes Claros, realizado com igual devotamento por seus inúmeros colaboradores.
Montes Claros, conhecida como a terra do pequi e da carne seca, ao mesmo tempo em que cultivava o folclore e a música popular e erudita, também se tornaria um grande polo econômico universitário. Além de um centro industrial e de serviços agropecuários, tornou-se um importante centro médico, para cujo desenvolvimento foi imprescindível a atuação da santa casa, ainda hoje seu maior hospital. Tem sido responsável, nos últimos anos, por uma primorosa atuação junto aos pacientes do SUS, o nosso Sistema Único de Saúde, de tão grande valia para as populações mais carentes.
Mais recentemente tornou-se um baluarte no combate à epidemia de Covid-19, que tantas vidas ainda vem, infelizmente, ceifando e enlutando famílias por todo o Estado, por todo o Brasil. Centenas de pacientes vítimas do coronavírus continuam sendo devidamente assistidos em suas enfermarias e centros de tratamento intensivo.
No ano do seu sesquicentenário, a instituição vem realizando uma série de ações educativas, alusivas à doação de órgãos. Segue a Santa Casa de Montes Claros sendo uma grande referência em transplante e captação de órgãos. Mesmo em plena pandemia, realizou no ano passado 150 transplantes, incluindo os de fígado, os de rins, além dos de córnea, medula óssea e tecido musculoesquelético.
A instituição foi responsável, no primeiro semestre de 2020, pelo 1º lugar em transplantes em toda Minas Gerais. Destaca-se, nessa história de dedicação e amor ao próximo ao longo dos anos, vivida por seus médicos, enfermeiros e demais funcionários, uma criatura especial: a irmã Beata, o símbolo de caridade da santa casa. Nascida na Holanda em 1879, ao assumir sua vida religiosa, adotou o nome de Maria Beatriz, sendo popularmente conhecida como Beata. Veio para o Brasil em 1911, instalando-se em Montes Claros, onde permaneceu até sua morte. Morou nas dependências da santa casa e, com o coração humilde e aberto, ia até as casas dos mais humildes para realizar partos. Incansável, também foi parteira no hospital, sempre dedicada, sorridente e amorosa.
Dispondo atualmente de 405 leitos, sendo 80% deles dedicados ao SUS, o hospital conta hoje com mais de 2 mil colaboradores e com um corpo de 450 médicos. O hospital não mede esforços para buscar recursos e investimentos na ampliação das estruturas físicas e humana, com aquisição de equipamentos modernos e capacitação tecnológica dos seus profissionais. A instituição está em constante atualização e determinação para superar-se continuamente na qualidade e na complexidade da assistência médico-hospitalar que oferece aos seus usuários.
Novos capítulos dessa história de sucesso irão se somar a esse século e meio vivido em um município cheio de oportunidades, capaz de oferecer a seus cidadãos modernidade e diversidade sem se descuidar de uma belíssima tradição. Acreditamos no cumprimento da missão a que se propõe a Santa Casa de Montes Claros: ser esse hospital autossustentável, confiável, humanizado, comprometido com o ensino e com a pesquisa, reconhecido nacionalmente pela excelência dos seus serviços e gestão. Portanto o sesquicentenário da santa casa, com sua trajetória de sucesso, em meio a um contexto nacional de percalços e dificuldades, é um grande estímulo para todos os que lutam pela causa da saúde dos desassistidos. Muito obrigado”. Essas são as palavras do presidente Agostinho Patrus.
Agradecemos, mais uma vez, a presença de todos. Boa noite a todos. Que todos voltem para casa com Deus nos protegendo. Um abraço.