DEPUTADO ROBERTO ANDRADE (PSB), Autor do requerimento que deu origem à homenagem.
Discurso
Legislatura 19ª legislatura, 1ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 26/03/2019
Página 2, Coluna 1
Assunto HOMENAGEM. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS (TJMG).
Proposições citadas RQO 100 de 2019
3ª REUNIÃO ESPECIAL DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 19ª LEGISLATURA, EM 21/3/2019
Palavras do deputado Roberto Andrade
O deputado Roberto Andrade - Saúdo o Exmo. Sr. deputado Antonio Carlos Arantes, 1º-vice-presidente da Assembleia Legislativa, representando nosso presidente; o Exmo. Sr. desembargador Marcelo Guimarães Rodrigues, homenageado desta noite; e o Exmo. Sr. presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Nelson Missias, que conheci nesta Casa. O senhor, como presidente da Amagis, e eu, como presidente da Anoreg, rodávamos por esses corredores à época de uma lei de organização judiciária. O senhor era muito ativo naquela época à frente da Amagis. Saúdo também o Exmo. Sr. deputado Rodrigo de Castro, que, além de parceiro em nossas andanças pela região, é nosso conterrâneo de Viçosa; e o Exmo. Sr. Durval Ângelo, conselheiro ouvidor do Tribunal de Justiça, até há pouco tempo nosso colega da Assembleia, sempre presente. É uma pessoa muito querida por todos os deputados. Muito obrigado, Durval, por prestigiar nosso evento. Cumprimento, ainda, o Exmo. Sr. Cel. Charles Baracho, representando o comandante-geral da Polícia Militar, Cel. Giovanne Gomes. Saúdo também a família do Dr. Marcelo, o Dr. Rodrigo, o Dr. Nahaliel, a Maria, sua esposa, o Vítor, o Danilo. Cumprimento também meus colegas de atividade, como o Ari Pires, hoje presidente da Anoreg, entidade que presidi por vários anos. Na sua pessoa, cumprimento todos os colegas da classe de notários e registradores aqui presentes, o Fernando, o Chico, o Maurício, o Eduardo Calais. Enfim, cumprimento todos aqui que são alunos, que são seguidores dos ensinamentos do Dr. Marcelo Guimarães Rodrigues.
Com muita alegria, vejo aqui a primeira pessoa para a qual fiz campanha eleitoral, em Viçosa, Mário Genival Tourinho, e o Sílvio Abreu Júnior, ex-deputados federais, que foram apoiados, há um tempo atrás, pelo meu pai, pela minha família. É um prazer ver aqui o Silvinho e o Genival Tourinho, que conheço de longa data. Eu não votava, mas já fazia campanha à época.
Senhoras e senhores, foi com uma profunda convicção que propus esta outorga do título de Cidadão Honorário do Estado de Minas Gerais ao desembargador Marcelo Guimarães Rodrigues. Trata-se de um dos nomes mais respeitados da magistratura mineira e do direito público brasileiro, com longa ficha de serviços prestados à sociedade de nosso estado.
Antes, permita-me uma breve apresentação do homenageado. Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o desembargador Marcelo Rodrigues ingressou na magistratura mineira como o 1º colocado no respectivo concurso público. É desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais por merecimento desde 2006. Foi titular da Vara de Registro Público do Fórum Lafayette e juiz efetivo da Corte do Tribunal Regional Eleitoral. Foi membro do Ministério Público mineiro, atuando como promotor em várias comarcas. É integrante do conselho editorial da Revista de Direito Imobiliário, da Comissão de Direito Notarial da Escuela Judicial de Latino América – está certa a minha pronúncia, Chico, em espanhol? – e do Instituto dos Advogados de Minas Gerais. Foi consultor especial da comissão encarregada da elaboração do anteprojeto do Código de Normas do Extrajudicial do Estado de Minas Gerais, Provimento 260/2013. Estudioso do direito notarial e registro público, é palestrante e autor de várias obras prestigiadas no mundo jurídico. Verifica-se, portanto, que o Dr. Marcelo Rodrigues possui um extenso e admirável currículo.
Nos anos em que eu presidia a Anoreg, a Serjus, entidade que representa as mais de três mil serventias extrajudiciais de Minas Gerais, testemunhei de maneira privilegiada o incansável trabalho do ilustre magistrado na busca de uma relação harmoniosa entre o Tribunal de Justiça, a Corregedoria-Geral de Justiça e os notários e registradores mineiros. Estudioso e abnegado, o desembargador Marcelo possui indiscutível capacidade de propor e articular soluções institucionais entre os órgãos de Justiça e os serviços extrajudiciais, sempre colocando em primeiro lugar os interesses do povo mineiro.
Tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente no primeiro evento que promovi como presidente da associação, em 2007, na cidade de Uberlândia. Do primeiro contato até hoje, já se passaram 12 anos. Desde então, a amizade e a minha admiração por seu caráter e seu trabalho têm se tornado cada vez maiores e mais sinceras. Por diversas vezes, recorri à sua sabedoria e aos seus conselhos no desempenho de minhas funções tanto como oficial de registro de imóveis, quanto como presidente de entidade e, agora, como parlamentar.
Culto e ético, o desembargador Marcelo tem o respeito de seus pares no Tribunal de Justiça, onde se destaca pela paixão devotada às causas públicas e pela eficiência com que desempenha suas tarefas na 2ª Câmara Cível. É homem de rara inteligência e inquestionável talento, capaz de conciliar a erudição e a simplicidade em suas decisões. Sendo referência para os estudiosos de direito, faz por merecer a reputação de eminente doutrinador.
No momento em que a Justiça é constantemente instigada pela população a participar dos grandes debates nacionais, vejo no desembargador Marcelo as qualidades necessárias para enfrentar as transformações e os desafios que se colocam diante dos homens públicos deste país, afinal a capacidade de mediar solução de conflitos e de zelar pela segurança jurídica é um dos seus legados para o direito nacional. Tenho certeza de que o Dr. Marcelo ainda tem muito a contribuir para a Justiça de Minas e do Brasil.
Casado com Maria Santos Rocha, pai de Danilo e Vítor, o desembargador tem no seio familiar dois exemplos inspiradores. Um é seu pai, Nahaliel Pessoa Rodrigues, cardiologista que exerce sua função até hoje. Há 62 anos, exerce a função de médico. Hoje, já com 89 anos, ainda está trabalhando no mesmo hospital. Outro exemplo é sua mãe, Amarilis Leite Guimarães, violinista e estudiosa da música, que apresentou a primeira tese de mestrado em violino do Brasil. Certamente o desembargador Marcelo herda dos pais a vontade inesgotável de trabalhar pelo próximo e pelo bem comum.
Quando propus essa cidadania mineira ao desembargador Marcelo, eu disse que ele teria de se tornar torcedor de um time mineiro. Quando estou falando de time, estou falando de time, do Cruzeiro naturalmente. Mas aí, Durval, ele me veio com um argumento. Concordei que ele poderia continuar vascaíno. Rodrigo, você também é outro vascaíno. Ele me disse que o nosso querido Carlos Drummond de Andrade era vascaíno. Existe uma frase do Carlos Drummond que diz: “Não digo que sou vascaíno doente, pois doente é quem não é vascaíno”. Diante desse argumento de que o Carlos Drummond de Andrade, nosso maior mineiro, era vascaíno, o senhor fica mineiro, mas ainda torcedor do Vasco, como o Rodrigo de Castro e tantos outros.
Para encerrar, quero mais uma vez reiterar meu apreço por esse cordial amigo e brilhante profissional. Não há dúvidas de que seu trabalho é digno de aplausos e reconhecimento de todos os mineiros. Minas Gerais tem orgulho de acolher mais um grande nome como cidadão desta terra. Dr. Marcelo, meus mais sinceros parabéns pela justa e merecida homenagem. Boa noite a todos.