Pronunciamentos

DEPUTADO ALENCAR DA SILVEIRA JR. (PDT)

Questão de Ordem

Comenta a crise política e econômica no País e a situação financeira dos Municípios. Defende a realização de eleições gerais no Brasil.
Reunião 85ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 18ª legislatura, 1ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 24/10/2015
Página 11, Coluna 1
Assunto ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ELEIÇÕES.

85ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 18ª LEGISLATURA, EM 22/10/2015

Palavras do deputado Alencar da Silveira Jr.


O deputado Alencar da Silveira Jr. – Sr. Presidente, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, boa tarde. Criamos essa TV – eu falava com o Eduardo, eterno diretor desta Casa – há 19 anos, justamente para mostrar a realidade do que acontece aqui. Os senhores, das galerias, estão tendo oportunidade de presenciar, mas os telespectadores e os moradores das nossas cidades… Hoje estamos em mais de 300 municípios, e estamos dizendo que os 853 municípios não tinham oportunidade de presenciar o que acontecia aqui, no dia a dia. Hoje estamos vendo aqui um partido e um deputado – vou quebrar o galho do deputado Rogério Correia agora, citarei o nome dele – colocarem uma vida de um faz de conta que não está acontecendo. O Brasil não está passando nenhuma dificuldade, e – repito isto – não enfrentamos o desemprego da Dilma. Outro dia, o deputado Rogério Correia brigou comigo ali na porta, porque eu disse que ele era o Rogério da Dilma, do PT. Ele brigou, ficamos uma semana sem conversar – depois voltamos a conversar. Hoje, quando o vejo falar que voltou para o jornal Estado de Minas porque a Andrea… Não tem nada disso, ele voltou porque ele fez alguma coisa. Saiu na coluna, que é a mais lida hoje em Minas Gerais, vamos dizer assim, porque ele fez uma coisa que não é inédita. Nunca vi o deputado Rogério Correia nem nunca vi um candidato do PT dizer: “Mande no meu WhatsApp, entre e participe de um sorteio de um livro”. Até achei esse livro fabuloso, tenho de parabenizar, todos temos de ler. Entrei também agora, depois que vi a matéria, no jornal, estão lá para sortear. Precisa um deputado do nível do deputado Rogério Correia colocar lá: “Gente, pelo amor de Deus, mande aqui”? Tem de sair uma nota no jornal, sim, é o desespero de um deputado que está vendo que o governo está mal, que o governo não está fazendo a BR-381, que o governo não está fazendo nada. Tem de ser feita alguma coisa. É a realidade. Que dia que você veria o deputado Rogério Correia, quando era oposição, dizer: “Entre no meu Facebook, entre no meu Instagram”. Não ia, deputado Rogério Correia. Foi novidade, sim, para toda a imprensa, o seu sorteio. Se fosse um sorteio dos deputados Alencar da Silveira Jr., João Leite ou de outro aqui, não haveria problema nenhum. Mas pelo deputado Rogério Correia, é lógico que há, é esquisito. Vou falar, Deputado Ricardo Faria: “Vote, entre no meu…”. Agora, quando V. Exa. chega e diz que não temos problema, quando o deputado Durval afirma que não temos problema nenhum no Brasil… Gente, o problema está aí. Estamos com um nível alto de desemprego. O Brasil precisa ser passado a limpo. Vou repetir para os senhores e para as senhoras, olhem o que vai acontecer nos próximos meses neste país: a Dilma, com a sua Lei de Responsabilidade Fiscal, pedalou, fez e saiu da lei de responsabilidade, e o governo também saiu. Agora, há 853 municípios em Minas Gerais que não têm condição de fazer os pagamentos porque não têm repasse do governo federal. Diminuiu-se o repasse do governo federal, diminuiu-se o repasse do governo estadual, como é que esses prefeitos vão fazer agora? Esta Casa precisa começar a pensar isso com seriedade. É preciso trazer todos os prefeitos aqui e arrumarmos uma solução. Qual será a solução para os mais de 820 municípios? Qual será a solução para os mais de 820 prefeitos? Prefeitos que não poderão ser candidatos a reeleição porque não vão ter contas aprovadas. Eles não vão ter contas aprovadas porque administraram mal, não, pois há muita gente séria. Eles não vão ter as contas aprovadas porque o governo não fez o repasse. Não vão ter as contas aprovadas porque o governo estadual também não está fazendo sua parte. Então, essa é a dificuldade. Para completar, Sr. Presidente, vou voltar, mais uma vez, no que digo: é eleição geral agora. É eleição geral. É colocar todos os cargos à disposição. O Brasil precisa de uma mudança. Estou falando aqui porque daqui a 20 anos meu filho ouvirá outro deputado falar, porque isso já aconteceu. Quero lembrar a V. Exa.: o que a gente fala aqui hoje, o que Tiago Ulisses fala aqui hoje, o que Agostinho Patrus Filho fala aqui hoje, ele já ouviu seu pai falar há 30 anos. Eu tive como colegas todos eles, e estamos vendo que já se passaram 20 anos, já se passaram 30 anos, e continua a mesmice. Eleição geral, Sr. Presidente. Unificação das eleições. Um Brasil melhor, com um futuro melhor para nossos filhos e para nossos netos. Fim das emendas parlamentares, porque se não houvesse essas emendas esta Casa estaria aqui fazendo o papel que ela precisa fazer: legislar e fiscalizar. Aí eu iria querer ver como ficaria o governo, porque teríamos 77 deputados, com certeza, legislando, fiscalizando e apresentando um bom projeto. Muito obrigado, Sr. Presidente.