Pronunciamentos

DEPUTADO GUSTAVO CORRÊA (DEM)

Questão de Ordem

Solicita esclarecimentos sobre a omissão do pronunciamento de posse do governador do Estado, Fernando Pimentel, na leitura da ata da reunião anterior. Critica as declarações do governador sobre a falta de recursos financeiros para o pagamento de pessoal, apesar de haver caixa suficiente para essas despesas.
Reunião 81ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 17ª legislatura, 4ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 08/01/2015
Página 22, Coluna 1
Assunto GOVERNADOR. EXECUTIVO. PESSOAL.

81ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 17ª LEGISLATURA, EM 6/1/2015

Palavras do deputado Gustavo Corrêa


O deputado Gustavo Corrêa – Sr. Presidente, iniciarei a minha questão de ordem, em primeiro lugar, cumprimentando todos os parlamentares presentes, desejando a todos um bom 2015. Por obséquio, solicite à assessoria da Casa que passe a contar o meu tempo. Sr. Presidente, o meu tempo não está constando no nosso painel. O deputado Alencar da Silveira Jr., que, com competência... Desejo a todos um 2015 com muito trabalho, esforço e, sobretudo, muita responsabilidade. Sr. Presidente, a primeira questão de ordem que levanto é para dizer que, na leitura da ata, não pude, ou melhor - perdoem-me -, não ouvi sobre o discurso que foi proferido pelo governador eleito. Assim como eu, tenho certeza de que todos os mineiros gostaríamos de saber tudo o que foi dito aqui na manhã do dia 1º, até porque teremos a obrigação - e fomos reeleitos pelos mineiros para mais um mandato – de cobrar tudo aquilo que foi dito durante a campanha eleitoral e, mais do que isso, tudo o que foi exposto no discurso de posse do novo governador. Em segundo lugar, um aspecto preocupa-me um pouco, Sr. Presidente. V. Exa. sabe do respeito que sinto por sua pessoa. Volto a alguns dias atrás, quando da diplomação de vários parlamentares que aqui se encontram. Lembro também que o governador eleito, ao fazer seu discurso, se emocionou, lembrando-se do seu passado e da ditadura militar. Começo a ficar um pouco preocupado porque me parece que o governo que se inicia pretende implementar aqui, na Casa, também uma ditadura. V. Exa. me perdoe, mas estou aqui há 12 anos e nunca vi uma discussão de ata se encerrar tão rapidamente como esta na tarde de hoje. E, mais do que isso, volto a dizer que há dois pesos e duas medidas: aqueles parlamentares que, durante 12 anos, criticaram um governo que se encerrou no dia 31 de dezembro de 2014 – um governo reconhecido internacionalmente – e que sempre pregaram as inúmeras ações que deveriam ser implementadas começaram a fazer exatamente tudo diferente do que pregaram em 12 anos. E, sobretudo, causa-me estranheza o fato de aparecerem, nesta tarde, alguns colegas que andaram sumidos da Casa. Este é um sinal de que todos nós temos a responsabilidade de continuar trabalhando pelos mineiros. Então, espero que a presidência a se iniciar a partir de 1º/2/2015 seja imparcial como foram as últimas que aqui tivemos. O deputado Lafayette de Andrada disse muito bem que, para o recebimento das correspondências enviadas a esta Casa, são necessários alguns pré-requisitos. São duas coisas distintas: não vamos discutir a matéria nas comissões, estamos discutindo apenas o recebimento das mensagens que foram encaminhadas. E começam a mostrar mais uma vez – e lamento, pois os mineiros serão os grandes prejudicados – a incompetência do governo que se iniciou em 1º de janeiro: sequer cumpriu as determinações legais exigidas pela Constituição Federal. Deputado Rogério Correia, causa-me estranheza V. Exa., agora na parte da tarde – e estou até me lembrando do governo Dilma, que, na última semana, já deu um puxão de orelha em seu ministro que andou dando algumas declarações -, dizer algumas coisas, pois parece que o atual governador já deve ter feito isso com seus secretários também. No dia 1º, tão logo tomou posse, ele fez questão de procurar os órgãos de imprensa respeitados do nosso estado para dizer que não tinha dinheiro em caixa e que esperaria o dinheiro do IPVA para pagar o salário dos servidores. Será que, depois de a oposição hoje ter mostrado aos órgãos de imprensa que existe dinheiro em caixa para fazer o pagamento, da noite para o dia, esse dinheiro apareceu? Deputado Duarte Bechir, está parecendo a fábrica de dinheiro do Tio Patinhas: de ontem para hoje, ele rodou o dinheiro e já terá condições de pagar o salário dos servidores amanhã. Isso me causa muita estranheza, já que mostramos aos órgãos de imprensa que o governo deixou nos caixas do Estado R$3.900.000.000,00 para serem aplicados em prol dos cidadãos e dos servidores. Agora, sim, resolveu pagar as contas. E, mais do que isso, quero aqui dizer, de forma muito tranquila, que a minha esperança é que o PT, partido vitorioso nas urnas – e digo sempre que os mineiros nos colocaram na oposição e estaremos vigilantes –, desça do palanque e comece a governar. Ou será que ele não tem competência para governar, mas apenas para fazer jogadas de marketing, como tem ocorrido com o governo federal?