DEPUTADO GUSTAVO VALADARES (PSDB)
Questão de Ordem
Legislatura 17ª legislatura, 4ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 24/12/2014
Página 12, Coluna 1
Assunto (ALMG).
23ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 17ª LEGISLATURA, EM 18/12/2014
Palavras do deputado Gustavo Valadares
O deputado Gustavo Valadares - Sr. Presidente, respeito muito os colegas deputados Adelmo Carneiro Leão e Ulysses Gomes que aqui apresentaram o seu posicionamento a respeito da situação da Casa no dia de hoje. Mas vou discordar. O Partido dos Trabalhadores, senhoras e senhores, em especial os que se encontram nas galerias, ganhou fama e força política neste Estado ao longo dos últimos 12 anos com discursos muito fáceis. Para seus integrantes, tudo era possível, enquanto havia uma grande má vontade em resolver os problemas por parte do Estado e do governo. Jogar pedras é muito fácil e foi o que fizeram nos últimos 12 anos. As senhoras e os senhores, concursados do Tribunal de Justiça Militar, se aqui estivessem há dois anos, receberiam o apoio veemente, firme, direto e objetivo de todos os integrantes do PT e do PMDB. E sabem por que não o recebem hoje? Porque eles estão com medo do que terão pela frente sendo governo, assumindo o papel de vidraça, coisa que nunca foram neste Estado. Disse aqui um deputado do PT: temos projetos gravíssimos na pauta. Quais são esses projetos? Sabem quais? Direi aos senhores quais são os projetos que, nas reuniões de líderes, são gravíssimos para o PT e para o PMDB. Gravíssimo é discutirmos a situação de 90 mil servidores da educação deixados no limbo devido a uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que julgou uma lei inconstitucional por meio de decisão política. Gravíssimo, para eles, é esse tipo de projeto. Gravíssimo é não podermos discutir aqui a situação de 10, 15 ou 20 concursados do Tribunal de Justiça Militar, o que não trará impacto algum ao caixa estadual, muito menos ao referido tribunal. Mas o assunto prende-se a uma discussão entre os favoráveis e os contrários à extinção desse tribunal. Será que esse é um projeto gravíssimo? Não há um projeto, na pauta, que tenha toda essa gravidade. Podemos discordar de alguns, caso em que votaremos contra, assim como votaremos a favor de outros com que concordarmos. Encontra-se na pauta um projeto do deputado Sargento Rodrigues, de nº 3.507, que sofria restrição por parte do referido parlamentar, o que já não mais existe. Há um projeto dele que trata da questão dos grevistas da Polícia Militar de 1997, grevistas que contavam, à época, com o apoio do PT. Será que esse é o projeto gravíssimo que se encontra na pauta? É muito simples, numa bancada de 21, 22 parlamentares - que o PT e o PMDB têm -, alguns deputados virem aqui e dizer que estão a favor de vocês, enquanto outros apresentam dezenas, centenas de requerimentos para que nada seja votado nesta Casa. Essa contradição, que já está clara, ficará ainda mais clara a partir de 1º de janeiro do próximo ano. Não mais poderão se esconder debaixo de um discurso de oposição. E faço aqui um alerta: também não poderão se esconder dizendo que encontraram um Estado quebrado, quase numa situação de insolvência, porque o nosso governo, que aí está e que aí esteve ao longo dos últimos 12 anos, cumpriu todos os seus compromissos com os servidores, com o cidadão mineiro. Lembro-me de outro projeto. Será que é gravíssimo o projeto que trata do reajuste de 4,6% para os servidores estaduais de todas as áreas? Esse é o projeto gravíssimo que não querem votar? Diziam-se defensores dos servidores do Estado e agora consideram gravíssimo o projeto que trata do reajuste dos servidores. Ou seria, de repente, gravíssimo o projeto relativo aos servidores do Ministério Público? Assumam a sua posição referente a cada um desses projetos que aí estão e aos que aqui mencionei. Deixem de lado essa contradição entre o discurso fantasioso e aquilo que querem na prática. Muito obrigado.