DEPUTADO DALMO RIBEIRO SILVA (PSDB)
Discurso
Comenta sua atuação parlamentar durante a 15ª legislatura.
Reunião
97ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 15ª legislatura, 4ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 28/12/2006
Página 52, Coluna 3
Assunto DEPUTADO ESTADUAL. (ALMG). ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
Legislatura 15ª legislatura, 4ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 28/12/2006
Página 52, Coluna 3
Assunto DEPUTADO ESTADUAL. (ALMG). ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
97ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 15ª
LEGISLATURA, EM 19/12/2006
Palavras do Deputado Dalmo Ribeiro Silva
O Deputado Dalmo Ribeiro Silva - Agradeço ao Deputado Rêmolo
Aloise. Srs. Deputados, Sras. Deputadas, assessores, TV
Assembléia, meus senhores, minhas senhoras, no livro de
Eclesiastes, o Pregador ensinou: "Tudo tem o seu tempo
determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu".
Assim, creio ser este o tempo de refletir, de avaliar o nosso
trabalho e, de modo singelo, prestar contas de nossa atividade
parlamentar em nosso segundo mandato, que chega ao fim.
Estamos prestes a encerrar a 15ª Legislatura. Nesta hora, a minha
palavra primeira deve ser de gratidão, sincera gratidão. A Deus,
que nos propicia o dom da vida e que me agraciou neste quadriênio
com uma feliz convivência com os ilustres colegas parlamentares.
Aos servidores desta Casa, de meu Gabinete, a todos,
indistintamente, desde os nossos queridos guardinhas, o meu abraço
de reconhecimento e estima.
Aos mineiros e mineiras, pela confiança em mim depositada,
consubstanciada em 78.668 votos, a começar pelos conterrâneos da
querida Ouro Fino, de toda a região sul-mineira e das centenas de
Municípios em que fui lembrado. Quero, desde já, reafirmar o
compromisso de exercer sempre com lealdade, dignidade e dedicação
o mandato conferido nas eleições de outubro último.
Importantes temas foram debatidos no curso desta legislatura.
Assuntos como a segurança pública e o combate à violência, a
questão do menor, a situação do funcionalismo público, a
preservação do patrimônio público, histórico e cultural, o meio
ambiente, a educação, a saúde, o idoso, a Previdência, a juventude
e os seus desafios, a Defensoria Pública, as desigualdades
regionais, entre outros, foram abordados com muita
responsabilidade. Na discussão de cada um deles, ficou evidente a
permanente preocupação dos Deputados com os destinos de nossa
sociedade.
Tive o prazer de contribuir com algumas proposições, que,
aprovadas pelo Plenário desta Casa - particularmente no
encerramento desta legislatura -, graças à valorosa contribuição
dos nossos pares, e sancionadas pelo Governador, hoje fazem parte
do nosso ordenamento jurídico, ensejando alterações benéficas em
nossa realidade. Lembro-me aqui, Sr. Presidente, daquelas que
ensejaram a redução da alíquota de ICMS para importantes setores
da economia, como o da cerâmica, o de produtos de higiene pessoal
e o da indústria têxtil, que permitiram a geração de empregos, a
realização de investimentos, promovendo, conseqüentemente, mais
renda e crescimento da arrecadação no Estado.
Também nessa linha do desenvolvimento sustentável, vimos
instituída a Política Estadual de Fomento à Economia Popular
Solidária, que articula estratégias de promoção e garantia de
sustentabilidade a essa prática alternativa de organização da
produção, da comercialização, do consumo, do crédito e da
prestação de serviços. Com esse conceito, o Projeto de Lei nº
830/2003 sem dúvida alguma correspondeu às expectativas dos grupos
e dos empreendimentos de economia solidária do Estado, tendo
contado, em sua elaboração, com a participação de entidades que
compõem o Fórum Mineiro de Economia Popular Solidária.
De igual forma, apresentei, sempre com o apoio desta Casa, o
projeto, transformado em lei, que institui a Política Estadual de
Apoio aos Arranjos Produtivos Locais, cuja implementação será
instrumento maior de garantia para a geração de empregos e a
melhoria da qualidade de vida nas diversas regiões do Estado.
Aliás, o governo Aécio Neves sempre reconheceu e reconhece a
eficácia desses arranjos como mecanismo maior e eficaz de promover
o desenvolvimento regional, ao incluir no Plano Plurianual de Ação
Governamental referente ao período 2004-2007 um projeto
estruturador com essa finalidade.
Na área da educação, envidei todos os esforços para que os pleitos
desses incansáveis servidores fossem sempre considerados nas mais
diferentes oportunidades em que estiveram em pauta. Foi o caso,
por exemplo, do Projeto de Lei nº 2.460/2005, que tratou das
tabelas de vencimento dos profissionais da educação básica, o qual
tive o privilégio de relatar na Comissão de Constituição e
Justiça.
Igualmente, não descuramos da área que merece extrema atenção: a
da saúde. É por isso que, também com o apoio dos ilustres pares,
projetos de nossa iniciativa foram convertidos em lei, como a que
proíbe, em situação de urgência e emergência, a exigência de
depósito prévio para internamento em hospital da rede privada e a
que proíbe a comercialização de produtos ópticos em
estabelecimento não credenciado.
Da mesma forma, hoje é prevista em lei, decorrente do projeto de
nossa autoria, a obrigatoriedade de os estabelecimentos bancários
assegurarem aos idosos, às gestantes e aos deficientes físicos um
tratamento diferenciado, devido às suas dificuldades de permanecer
de pé por tempo relativamente longo nas filas das agências.
Também, na esfera da administração pública, foi inserida, no
universo jurídico, a lei que dispõe sobre a consignação em folha
de pagamento dos servidores públicos ativo, inativo e pensionista
do Estado.
Então, ao apresentar o Projeto de Lei nº 126/2003, considerei,
como objetivo central, estabelecer limites para a atuação da
administração pública no processamento dos descontos facultativos
em folha de pagamento, com o objetivo de preservar o caráter
alimentar de que se revestem os vencimentos dos nossos servidores.
Tive a oportunidade e muita honra de ser o primeiro signatário da
Proposta de Emenda à Constituição nº 20/2003, que possibilitou a
criação da Advocacia-Geral do Estado e que tornou viável a
existência de uma única instituição incumbida da representação, da
consultoria e da assessoria jurídicas do Estado. Com essa
unificação, ficam centralizadas as diretrizes jurídicas que
orientam os diversos órgãos das administrações direta e indireta
do Poder Executivo, garantindo o atendimento, de maneira uniforme,
dos princípios que regem a advocacia pública.
Honrou-me, sobremaneira, presidir, neste último biênio, a Comissão
de Constituição e Justiça, depois de ter tido a satisfação maior
de ser o primeiro Presidente da Comissão de Ética e Decoro
Parlamentar, constituída nesta Casa em 2003. Particularmente, no
exercício da Presidência da Comissão de Constituição e Justiça,
tive o privilégio de haurir profundas lições, extraídas de
judiciosos pareceres que tivemos a oportunidade de apreciar. Acima
de tudo, devo consignar o zelo dos ilustres pares da nossa
Comissão, sempre criteriosos na análise das mais de 1.600
proposições, que, nesse pequeno período, foram submetidas ao nosso
crivo. Aliás, nesse particular, mais uma vez, recorro à lição do
Pregador: "Há tempo de estar calado e tempo de falar". A partir
desse pensamento, teço algumas considerações sobre a tramitação do
Projeto de Lei Complementar nº 87/2006, do Tribunal de Justiça,
que altera a Lei Complementar nº 59, que contém a organização e a
divisão judiciárias do Estado. Fui relator dessa matéria na
Comissão de Constituição e Justiça. Nessa condição, a despeito das
afirmações feitas especialmente desta tribuna referentes à nossa
atuação, sempre buscamos, com certeza, o seu encaminhamento da
forma mais rápida possível nesta Casa parlamentar.
Quando recebemos esse projeto, pudemos abrir espaço para que, com
todos os pares do Parlamento mineiro, este debate fosse realizado,
levando-se em conta que fizemos questão de respeitar o período
eleitoral, conseqüentemente vencida essa etapa das eleições, a
partir da segunda quinzena de outubro, a fim de iniciarmos os
entendimentos necessários à tramitação do Projeto de Lei
Complementar nº 87, que, certamente, buscará e promoverá avanços
importantes nas comarcas do nosso Estado, particularmente juntos
aos nossos representantes do Poder Judiciário. Várias ações aqui
tramitaram. Pudemos discuti-las e defendê-las com denodo e muita
dedicação.
Mais uma vez, do alto desta tribuna, manifesto a satisfação maior
de buscar entendimento no próprio Tribunal de Justiça com todos os
pares desta Casa, particularmente buscando a sua condução e,
conseqüentemente, a aprovação desta Casa Legislativa.
Manifesto também que tive o prazer de participar de várias
comissões especiais que desenvolveram relevante trabalho nesta
Casa.
A Comissão Especial da Cafeicultura, presidida pelo Deputado Paulo
Piau e da qual fui relator, produziu um circunstanciado relatório,
que subsidiou várias ações em favor de nossos produtores de café.
A Comissão Especial das Estâncias Hidrominerais, presidida pelo
Deputado Dilzon Melo e da qual também fui relator, teve como
resultado fundamental demonstrar a necessidade de uma ação efetiva
para a recuperação de nossas estâncias hidrominerais. A resposta a
esse nosso apelo foi prontamente dada pelo Governo Aécio Neves,
com medidas concretas para restabelecer o potencial turístico das
estâncias, especialmente daquelas localizadas no Sul de Minas,
nossa querida região. Por último, presidi a Comissão Especial
contra a Invasão dos Produtos Chineses, que aprovou na semana
passada o parecer do relator, Deputado Paulo César, que aponta a
urgência de medidas do governo federal para equilibrar essa
relação comercial que tem ocasionado sérios prejuízos ao nosso
setor produtivo, especialmente o das indústrias têxteis e de
calçados.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, não me causa nenhum receio afirmar
que todas as matérias apreciadas por esta Casa, todas as
discussões levadas a efeito, todas as iniciativas tiveram um
propósito, qual seja o de alavancar o progresso e o
desenvolvimento de nosso Estado e de seu povo, sempre pautado pela
ética e pelo respeito. Dirijo fraterna palavra aos incansáveis e
valorosos servidores do Parlamento mineiro indistintamente, aos
meus queridos funcionários de gabinete, aos nossos assessores, a
todos que aqui trabalham e aos jornalistas, cuja atuação nos
auxiliou e estimulou ao longo dessa jornada. Fica aqui o nosso
sincero reconhecimento de gratidão. Do alto desta tribuna,
agradeço ao Governador Aécio Neves todas as ações e participações
que teve por meio de nossos pleitos. Destaco, com muita emoção e
gratidão, esse apoio. Ele sempre nos ajudou e atendeu aos inúmeros
apelos do povo sul-mineiro, por meio de inúmeras reivindicações e
apelos não somente do Sul de Minas, como também de outras regiões.
O Governador Aécio Neves, em sua lucidez maior, por meio de seu
discurso de ontem, na diplomação, pôde, em síntese, demonstrar o
que pensa de Minas, renovando o compromisso maior em Deus e com o
povo mineiro com as ações importantes que irá conduzir a partir de
1º de janeiro. Quero também manifestar a nossa alegria, após a
diplomação de ontem juntamente com inúmeros colegas do Parlamento
mineiro: alguns se despedindo, outros não disputando as eleições.
Como disse, manifesto a nossa satisfação maior por essa feliz
convivência durante mais de uma legislatura.
Tenho aprendido, Sr. Presidente, muitas e muitas lições nesta
Casa, exemplo para todos os Parlamentos do Brasil, que faz por
merecer a especialíssima atenção no campo jurídico, na lealdade,
no companheirismo, na fraternidade que a nossa família parlamentar
vive. São ações importantes, proativas, que nos alimentam, que nos
ajudam, fazendo de momentos assim os maiores pilares do que iremos
plantar e desenvolver durante o nosso mandato. Peço a Deus que
ilumine o novo mandato que se avizinha. Que, numa única voz,
busquemos ações para que o povo mineiro possa receber bom trabalho
e, particularmente, dedicação de todos os parlamentares. Quero,
ainda, saudar, por final, a minha Dalvinha, querida esposa, Lucas
e Felipe, companheiros inseparáveis do dia-a-dia. Digo isso para
frisar o quanto é importante a família, que nos está acompanhando.
Quero falar à minha querida Ouro Fino da minha satisfação maior de
ser filho da terra, sempre buscando ações para toda a nossa
região. Finalizando, Sr. Presidente, quero lançar votos de um
feliz Natal a todas e a todos, neste momento em que nos preparamos
para novo tempo, para uma nova hora. Que Deus abençoe o lar de
vocês e que seja um ano repleto de muita saúde e felicidades. A
todos, um feliz Natal e um feliz Ano-Novo. Muito obrigado.