DEPUTADO DILZON MELO (PTB)
Discurso
Presta esclarecimentos sobre denúncias do Deputado Amilcar Martins sobre
supostas irregularidades no Conselho Estadual de Educação, por ocasião da
transformação do campus de Varginha em centro universitário.
Reunião
188ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 14ª legislatura, 2ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 09/11/2000
Página 18, Coluna 1
Assunto EDUCAÇÃO.
Aparteante Amilcar Martins, Paulo Piau.
Legislatura 14ª legislatura, 2ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 09/11/2000
Página 18, Coluna 1
Assunto EDUCAÇÃO.
Aparteante Amilcar Martins, Paulo Piau.
188ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 14ª
LEGISLATURA, EM 31/10/2000
Palavras do Deputado Dilzon Melo
O Deputado Dilzon Melo* - Sr. Presidente e Srs. Deputados, ocupo
esta tribuna para fazer alguns esclarecimentos diante do
pronunciamento feito pelo Deputado Amilcar Martins no que se
refere ao processo em que está envolvida a FEPESMIG, de Varginha,
vinculada à UEMG. Temos plena convicção de que o Deputado, com as
afirmações que fez, não estava bem informado sobre o processo,
mas, justificando pessoalmente e em caráter público, já verificou
alguns procedimentos equivocados de sua parte. É justo, portanto,
que este Deputado, sendo daquela região e conhecendo perfeitamente
bem esse processo, faça aqui seu pronunciamento, não só em defesa
da fundação de ensino do Sul de Minas e de Varginha, mas de todas
as outras faculdades vinculadas à UEMG.
É bom que se esclareça de público que esse processo vem se
arrastando ao longo de alguns anos. Temos que deixar claro que não
podemos ser penalizados pela falta de capacidade da UEMG em
administrar essas outras faculdades no interior. Não há condição,
neste momento, principalmente financeira. Sabemos que o Estado
passa por uma situação de penúria - prova está no aumento que se
propiciou aos funcionários públicos, principalmente aos educadores
- ao ter de absorver 25 outras faculdades, medida que é fruto de
projetos de lei que passaram por esta Casa.
O Deputado Amilcar Martins fez alusão ao processo orientado pelo
Prof. Aluísio Pimenta, como professor que também tem interesse na
matéria, tendo participado do Governo passado, de Eduardo Azeredo,
até como Secretário.
Quando fiz essa alusão foi para dizer que o Deputado havia feito
algumas denúncias à Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas,
como de suborno, de tentativa de cooptação daqueles membros que lá
foram. Publicamente, disse-me que não fez nenhuma alusão nesse
sentido, porque sabe da idoneidade e do caráter que rege a
Diretoria daquela Fundação, mas que certamente na parte técnica
tem sua divergência e seus senões a apresentar. É nesse sentido
que fiz a alusão.
O Deputado Amilcar Martins (em aparte) - Agradeço-lhe a gentileza
de conceder-me um aparte. Gostaria de prestar alguns
esclarecimentos sobre esta questão. Espero que sejam definitivos.
Em primeiro lugar, saíram hoje, no caderno Campus, do “Estado de
Minas”, algumas inverdades sobre meu posicionamento sobre essa
matéria. Meu pronunciamento público foi feito desta tribuna e está
transcrito nos anais da Assembléia, portanto é fácil de comprovar,
mas não fiz alusão, referência, nenhuma insinuação de pagamento de
propina, de suborno nem de nenhum ato ilícito por parte da
Fundação de Ensino de Varginha. Na verdade, o que disse foi que os
funcionários e técnicos que foram fazer o exame “in loco”, em
Varginha, da situação, foram pagos, como determina a legislação,
pela instituição interessada, o que me parecia que era um vício de
origem, criando um constrangimento para essas pessoas darem o seu
parecer de forma absolutamente isenta. Isso não significa, volto a
dizer, nenhuma insinuação de suborno, de propina, de corrupção
desse processo, envolvendo as pessoas do Conselho Estadual de
Educação ou as pessoas ligadas à Fundação de Ensino de Varginha.
A implantação da UEMG já foi longe demais. O Estado já investiu
muito nisso. O Governo Federal já investiu muito, mesmo na unidade
de Varginha, que construiu três prédios com esses recursos, criou
biblioteca, informatização daquilo tudo, para, nesta altura do
campeonato, resolver se transformar num centro universitário e ser
desligada, na prática, da UEMG, privatizando-se. Demonstrei, com
clareza, a minha discordância. A UEMG tem de ser discutida com
toda a população. É um belo projeto que tem de ser viabilizado. O
ritmo com que se vai viabilizar tem de ser discutido com toda a
população de Minas Gerais. Mas discordo de, após todo esse
processo, em que a unidade de Varginha manifestou o desejo
explícito de se ligar à UEMG, de repente, se retirar. E tanto foi
assim, que até gerou uma crise no Conselho Estadual de Educação,
com a renúncia do Prof. Ulisses Panisset. Esses esclarecimentos
que prestei a V. Exa., prestei-os hoje ao Pe. Lázaro, que é uma
pessoa da minha relação pessoal, por quem tenho enorme admiração e
apreço. E tudo isso digo agora de público, digo a V. Exa. e já
disse ao Presidente do CEE. Muito obrigado.
O Deputado Dilzon Melo* - Entendemos as ponderações do colega,
porém queremos deixar público que as faculdades que optaram por
fazer parte da UEMG não podem ser constantemente prejudicadas,
como vêm sendo ao longo desse processo. Esse processo já se
arrasta por mais de seis anos, e nenhuma dessas faculdades foi
encampada pela UEMG, pela sua incapacidade de encampá-las. A prova
está aí, e vemos caminhar, a passos largos, as universidades
particulares, criando cursos, enquanto essas que estão vinculadas
à UEMG não têm essa autonomia e não têm capacidade de, sequer,
criar cursos conforme a demanda da sua região. Então, temos de
tirar também um pouco dessa farsa de que existe essa UEMG e de que
pode dar frutos. Como? Estamos vendo, a olho nu, que o Estado não
tem condição nem competência de dar condições de trabalho aos seus
professores. Como vai assimilar e acolher 25 faculdades? Estamos
nos sentindo tremendamente prejudicados. Da mesma forma como
optamos, naquele momento, levados por uma proposta de trabalho
feita pela própria UEMG, levados, também, através de projetos de
lei a serem incorporados a essa vinculação, estamos pedindo hoje,
pelo menos temporariamente, a nossa exclusão, porque não é
definitiva, Deputado Amilcar Martins. Há um prazo de carência de
dois anos para que essas faculdades demonstrem toda a sua
capacidade de criar o centro universitário, como foi dito no
relatório pela comissão que foi a Varginha. Temos amplas condições
de fazer ali um ensino belíssimo de 3º grau, mas estamos de pés e
mãos amarrados pelos procedimentos do próprio CEE. Não se abriu
crise, com a devida vênia, porque o relator esteve isolado no seu
parecer. Foram 14 votos contra um. Então, isso fica parecendo
aquele filho marchando na banda, caso que todos conhecemos: está
certo e todo o mundo está errado. Então, respeitando o
posicionamento do companheiro Ulisses Panisset, não podemos
concordar que Varginha e outras faculdades que estão vinculadas
hoje à UEMG sejam constantemente prejudicadas por um processo que
sabemos que não tem fim. Havia discordância no Governo passado, e
há discordância, mais acentuada, neste Governo. Discordâncias,
aliás, como o Prof. Aluísio disse, da ilegitimidade da nomeação da
Reitoria e tantas outras. Então, não podemos concordar com essa
situação. Faço este pronunciamento reconhecendo a lhaneza e,
principalmente, a sua maneira clara e transparente de se
pronunciar.
Sei que em nenhum momento quis fazer referência a Varginha de
forma pejorativa, porque o próprio decreto do Conselho Estadual
assim o determina. Mas tínhamos a obrigação de defender aqui um
braço dessa UEMG, para que Deus permitisse que, um dia, se
tornasse realidade e que fizéssemos o Estado sair desse marasmo em
que está quanto à educação de 3º grau.
O Deputado Paulo Piau (em aparte) - Queria parabenizá-lo pelas
colocações feitas com relação à Faculdade de Varginha e seu
entorno, mas também gostaria de lamentar o fato de que Minas
Gerais, como segunda economia do País, tenha a sua frente 12
Estados investindo mais em suas faculdades estaduais. Justiça seja
feita, não vou dizer que esse é um problema do atual Governo,
porque essa situação já se arrasta por muitos anos. Portanto,
queremos lamentar que a UFMG, cada dia mais, seja algo intangível
para a comunidade mineira.
Concordo com o Deputado Amilcar: essa não pode ser uma decisão do
Governo, porque tal universidade já está incorporada à vontade dos
mineiros. Portanto, uma grande discussão sobre seus rumos deve
acontecer, para que o Governo possa tomar a decisão mais acertada.
E essa farsa, como bem disse V. Exa., não é boa para ninguém. Ou
se aplicam recursos nessa universidade, para que exista de fato,
ou que se acabe com essa novela chamada Universidade do Estado de
Minas Gerais. Só que esse acabar deve necessariamente passar pela
discussão e pelo crivo da sociedade de Minas Gerais, porque o
Governo tem que fazer aquilo que a sociedade quer, e não o que
deseja. Parece, no entanto, que hoje o Governo faz o que quer, e
não o que a sociedade deseja.
Muito obrigado e parabéns pela colocação.
O Deputado Dilzon Melo* - Concordo também com o pronunciamento do
Amilcar quando disse que houve algum repasse para pesquisas em
Varginha. Esse “algum repasse”, prezado colega Amilcar, é tão
mínimo que representa tolerância zero para que Varginha tenha pelo
menos o direito de sonhar em ser grande e fazer concorrência com
as boas faculdades de Minas Gerais, uma vez que detém todas as
condições para isso.
Ainda queremos fazer um pronunciamento rápido, para que possamos
dar uma satisfação ao povo de Varginha, sobre esse memorial que
está na minha mão. (- Lê:)
“A trajetória da Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas é
uma história de sucesso, mas que passou por fases em que indícios
veementes apontavam para um fracasso.
Criada pela Lei nº 8.496, de 1965, atualmente a FEPESMIG é
mantenedora de duas faculdades: a Faculdade de Filosofia, Ciências
e Letras de Varginha e a Faculdade de Engenharia de Varginha.
Pedagogicamente, essas faculdades são independentes, mas ambas
estão submetidas ao estatuto e à administração da Fundação. Mas
nem sempre foi assim.
Até fevereiro de 1987, as faculdades eram inteiramente
independentes, tendo cada qual sua administração. Lamentavelmente,
àquela época, a Faculdade de Engenharia encontrava-se em condições
de insolvência econômica e administrativa e com sua projeção
social comprometida. Priorizavam-se interesses outros que não os
da Fundação e da sociedade, chegando-se ao ponto de se acumularem
dívidas com o INSS e com professores e até mesmo débitos na praça.
A situação dos colaboradores, em vários casos, era absolutamente
irregular, o que causou reclamações trabalhistas, onerando ainda
mais a Fundação, conseqüência de uma administração extremamente
questionável, que comprometeu seriamente o patrimônio da
instituição.
O ápice da crise veio em 28/5/86, quando a Faculdade de
Engenharia de Varginha - FENVA -, absolutamente mergulhada numa
crise econômico-financeira, foi cedida ao Centro Técnico
Industrial Ltda., entidade que, perante o Conselho Curador da
FEPESMIG, se comprometeu a assumir todas as dívidas e saldá-las,
de forma a tornar viável a Faculdade de Engenharia.
Em 1987, frente à ineficácia da referida cessão ou venda da
Faculdade de Engenharia, posto que essa não recebeu quaisquer
investimentos no ensino e manteve suas dívidas, foi celebrado um
termo de cessão e compromisso entre o Centro Técnico Industrial
Ltda. e a Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas, por meio
do qual a segunda, na condição de outorgada, reassumiu a posse de
fato e de direito da FENVA, assumindo também as dívidas existentes
com FGTS, INSS e todos os débitos remanescentes que figuravam em
seu desfavor. Onerada ainda ficou a FEPESMIG por ter que pagar ao
interveniente do Centro Técnico, pela então cessão patrimonial da
FENVA, o valor de Cz$3.000.000,00, dívida garantida por notas
promissórias.
Essa transação causou grande desgaste financeiro e moral à
instituição. Diante de tão caótica situação, não se via qualquer
expectativa da melhoria da FEPESMIG, até que, em 1989, com a
promulgação da Constituição do Estado de Minas Gerais, nos arts.
81 e 82 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
surgiu a possibilidade de as faculdades fazerem opção pela
absorção da UEMG, recém-criada. Assim, envolvidos pela promessa de
que o Estado iria assumir a Fundação e pela esperança da
ocorrência de grandes transformações, com substancial melhoria de
ensino para a instituição e conseqüentes benefícios para a cidade,
houve manifestação favorável da congregação, e, pela deliberação
do Conselho Curador, em 13/3/90, a FEPESMIG oficializou sua opção
pela Universidade.
Àquela época, a situação estava relativamente normalizada, graças
às medidas tomadas pelo Conselho Curador, na pessoa de seu
Presidente, Dr. Hans Dieter Hegermamm, permanecendo, todavia, as
dívidas e a indisponibilidade de se investir na qualidade do
ensino oferecido. Em 1991, tomou posse o novo Conselho Curador da
FEPESMIG. Após um período conturbado, em 1992, o Prof. Stefano
Barra Gazzola assumiu a Presidência.
Foi um começo extremamente difícil para o Prof. Gazzola. Pode-se
dizer até mesmo que a situação era desanimadora: tudo ainda estava
por se fazer, se estruturar, incluindo-se estatuto, regimento da
FAFI e da FENVA, bem como a necessidade de elaboração de um plano
emergencial de contenção de despesas, o que resultou no
congelamento de salários, objetivando a sobrevivência financeira
da instituição.
Entretanto, mesmo com todas as iminentes dificuldades, a FEPESMIG
encontrou fôlego para prosseguir na tomada de iniciativas para seu
restabelecimento, entre as quais podemos mencionar: elaboração de
plano estratégico da instituição; adoção de política salarial,
pela implantação de plano de cargos e salários; informatização de
todos os setores da Casa, com a aquisição de computadores e
criação de um provedor de Internet; ampliação da estrutura física,
com a construção de dois novos blocos e ampliação e reforma dos já
existentes, atendendo à demanda da região. Houve, ainda, a criação
de novos cursos como Educação Física, Ciência da Computação e
Comunicação Social.
Inúmeras outras metas foram traçadas e cumpridas, contando com a
junção de esforços dos membros dos corpos docente e técnico-
administrativo e de uma administração ética e profícua. Todas as
medidas foram voltadas para a sociedade local e regional, para
melhoria das condições de trabalho de professores e pessoal do
corpo técnico administrativo e, sobretudo, primando pela procura
da excelência de ensino.
Há que se ler essa história com demasiada atenção e cautela: as
melhorias foram acontecendo a partir de 1991, época que coincide
com a opção pela Universidade do Estado de Minas Gerais. Observem:
os tempos de progresso apenas coincidem com tal opção, mas em
nenhum aspecto são conseqüência desse fato. Como já dito, houve
uma soma de esforços entre administração e administrados.
A FEPESMIG sempre caminhou com seus próprios recursos: enfrentou
boas e más fases e superou-as sem a interveniência da UEMG. Nos
últimos cinco anos, modernizou sua infra-estrutura, o que inclui a
construção e melhoria de vários laboratórios, a total
informatização de atividades acadêmicas e administrativas, a
aquisição de espaço físico para o curso de Educação Física e a
construção de novas instalações - mais confortáveis e modernas -,
que abrigam hoje todos os cursos da instituição. Os investimentos
necessários para realizar tal empreendimento foram, em sua grande
maioria, financiados pelo caixa da própria FEPESMIG.
Faz-se importante ressaltar que o relacionamento com a UEMG
sempre foi pacífico e sem prejuízo para qualquer das partes, o
que, definitivamente, não significa que tenha havido benefícios.
Assim, a FEPESMIG começa a se perceber como uma instituição
carente de autonomia pedagógica, o que gerava dificuldades para o
exercício de suas atividades acadêmicas, resultando num
engessamento de seus processos de crescimento e atualização. Além
disso, outras instituições da região, com a nova LDB, puderam
crescer, expandindo suas ações.
Dessa maneira, viu-se na contingência de tomar medidas que
possibilitassem preservar o espaço acadêmico conquistado no Sul de
Minas, onde instituições de ensino superior de outros Estados
começam a surgir. Levantando alternativas e ouvindo a congregação
e o corpo técnico-administrativo, o Conselho Curador não teve
outra opção senão buscar a transformação em centro universitário,
almejando assim uma autonomia didático-pedagógica que a própria
UEMG não possui, uma vez que até mesmo uma simples alteração
curricular deve ser encaminhada à UEMG, que, por sua vez, tem que
pedir aprovação do Conselho Estadual de Educação.
Quanto à legalidade de sua pretensão, o pedido não foi feito
levianamente, mas com base na legislação vigente, o que pode ser
comprovado pelo parecer do ilustre jurista Dr. Cássio Eduardo Rosa
Rezende, que, pelo seu currículo de Procurador das fundações, tem
autoridade suficiente para emanar um parecer.
Por tudo isso, foi recebido pela FEPESMIG, com espanto, cópia da
denúncia feita à imprensa varginhense em nome da Srta. Regina
Maria Pereira, que, consultada, alegou não ser mais a Presidente
do DCE, tampouco autora do texto divulgado.” Então tem outros
interesses aqui também.
“Os fatos alegados são lesivos não somente à idoneidade dos
dirigentes da FEPESMIG, mas, sobretudo, aos membros do Conselho
Estadual de Educação, e sua gravidade enseja uma ação enérgica
para apuração da autoria do documento. É revoltante a alegação de
que os Srs. Conselheiros e a equipe técnica teriam recebido
pagamento da parte interessada para dar parecer favorável. O que
ocorreu, na verdade, nobres colegas, foi o cumprimento da Portaria
do Conselho Estadual de Educação, nº 1, de 24/2/2000, que, além de
disciplinar a formação das comissões verificadoras, estabelece, no
art. 3º e seus parágrafos, que o pagamento de despesas de viagem,
deslocamento, estadia e alimentação dos integrantes das comissões
correrá por conta da instituição verificada. Determina, ainda, que
a instituição efetue pagamento diretamente a cada membro da
comissão, de 210 UFIRs por dia, como compensação pelo desempenho
de funções especiais. Assim, a FEPESMIG nada mais fez que cumprir
o estipulado na referida Portaria, estando todos os recibos à
disposição, para conferência.
Ressalte-se que a aprovação do Centro Universitário do Sul de
Minas foi o resultado de uma votação correspondente a treze votos
favoráveis e um contrário. Não se pode acreditar que os treze
Conselheiros fossem aprová-lo irresponsavelmente se houvesse
alguma irregularidade no processo, uma vez que, da apresentação da
proposta até sua votação, transcorreram aproximadamente 30 dias,
prazo suficiente para estudarem e formarem uma opinião a respeito.
Acredito que cabe a nós, representantes do povo de Minas Gerais,
não achincalhar um trabalho sério que vem sendo feito a duras
penas, mas sim apoiar instituições que reconhecidamente vêm, há
anos, trabalhando para ser consideradas referência de ensino,
falando de qualidade e fazendo qualidade. Até porque este mundo
amanhece cada dia menor. Sem fronteiras. Sem distâncias. Sem
fusos. Orgulho-me de estar aqui falando de uma instituição que
procura trabalhar com uma coisa que não muda com o decorrer dos
anos: princípios. Princípios de conduta, de conceitos, de valores
como respeito, cidadania, auto-estima, espírito crítico e ética.
Por tudo isso, quero aproveitar este momento para cumprimentar
seus dirigentes pela conquista do Centro Universitário e dizer-
lhes que foi uma conquista merecida e que continuaremos
acompanhando e apoiando esse trabalho que é motivo de orgulho e de
exemplo para todo o Sul de Minas.”.
Este é o meu pronunciamento, que não tem aqui nenhuma represália
ao companheiro Amilcar Martins, mas quero colocar a verdade dos
fatos, uma vez que eles estão extremamente longe dessa verdade e
foram deturpados. Não sabemos se o foram por interesses
particulares, mas uma coisa é clara: queremos com isso desvendar
essa farsa de que a UEMG é possível em prejuízo das faculdades que
a ela estão vinculadas. Muito obrigado.
* - Sem revisão do orador.