O recital trará a mezzo-soprano Jessye Gomes, o cravista Antonio Carlos de Magalhães, a cantora lírica Eliseth Gomes e a violoncelista Ana Paula Rocha

Segunda Musical traz recital de Modinhas e Lundus

Apresentação serã nesta segunda (17), a partir das 20 horas, no Teatro da Assembleia.

11/10/2022 - 17:10

O Segunda Musical desta segunda-feira (17/10), a partir das 20 horas, traz a cantora lírica Eliseth Gomes. Ela se apresentará com a mezzo-soprano Jessye Gomes, a violoncelista Ana Paula Rocha e o cravista e servidor Antonio Carlos de Magalhães 

O espetáculo, que faz parte do programa Assembleia Cultural e será no Teatro da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), trará composições de modinhas e de lundus dos séculos 18 e 19. 

Modinha: entre o erudito e o popular

A modinha está nas raízes da música brasileira, responsável pelo lirismo romântico de nossas canções e pela docilidade, suavidade e amorosidade que encontramos em nossa música. 

Ela nasce popular, em Portugal, originada no meio rural, no século 17. No entanto, ao longo da história, o gênero transitou entre o erudito e o popular, ora tendendo para este, ora para aquele lado, e, em outros momentos, unindo esses dois pólos em uma mesma canção.

Lundu: origem da música popular brasileira

Sabe-se que deriva da tradicional dança da umbigada, trazida para o Brasil pelos negros de Angola e do Congo. No lundu todos os participantes, inclusive os músicos, formam uma roda e acompanham, com palmas e cantos, a dança, que é feita por um par de cada vez.  A ‘umbigada’ é o gesto coreográfico que consiste no choque dos ventres. 

Aos poucos o lundu se tornou a primeira manifestação originada entre os negros a ser aceita pela sociedade branca da colônia, que começaram a praticar o lundu em seus festejos.

Em Portugal, o gênero sofreu uma eruditização, tornando-se uma dança de salão.

Nos finais do século 18, presente tanto no Brasil como em Portugal, o lundu evolui como uma forma de música urbana, acompanhada de versos. Entre finais do século 19 e início 20, o lundu foi cedendo espaço para o maxixe, que por sua vez, deu origem ao samba.

Por isso, o lundu é considerado pai do maxixe e, consequentemente, avô do samba, mas pode-se, de uma forma geral, ao lado da modinha, chamá-lo de avô de toda a música popular brasileira.