A Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) se reúne para discutir, em audiência pública, a cartilha “Economia de Francisco e Clara”, resposta brasileira a um desafio global lançado pelo Papa Francisco. O documento traz dez princípios para uma economia que gere o bem comum, entre os quais a “educação integral”. Também estará em pauta a Campanha da Fraternidade de 2022, cujo tema é “Fraternidade e Educação”.

A reunião, que está marcada para esta terça-feira (30/8/22), às 10 horas, no Auditório José Alencar, foi solicitada pela presidenta da comissão, deputada Beatriz Cerqueira (PT). De acordo com o gabinete da parlamentar, o objetivo é discutir as propostas já apresentadas pelos grupos brasileiros envolvidos nos debates mundiais propostos pela Igreja Católica, em especial no que diz respeito à educação.

Acompanhe a reunião ao vivo e participe do debate.

Desde maio de 2019, economistas, ativistas, organizações, movimentos populares e outros setores da sociedade têm se mobilizado em reação à convocação do pontífice para transformar a economia de maneira a rever os esquemas mentais e morais, para que estejam mais em conformidade com os mandamentos de Deus e com as exigências do bem comum.

Na convocação, o Papa Francisco citou questões urgentes, como as ambientais, de forma a salientar a urgência das mudanças.

Mundialmente, o movimento ficou conhecido como “Economia de Francisco”, em referência a São Francisco de Assis. No Brasil, as diversas frentes que se envolveram com as discussões decidiram incorporar “Clara” ao nome, em referência à companheira de São Francisco de Assis, ao ressaltar que a economia precisa superar o modelo exclusivamente masculino, marcado pela dimensão material e produtivista.

Como desdobramento de todos esses debates, a Articulação Brasileira da Economia de Francisco e Clara (ABEFC) lançou a cartilha com os dez princípios do modelo econômico proposto. O que se refere à educação menciona a necessidade de que ela seja “pública, gratuita, inclusiva, inovadora, libertadora, ambiental e artística”. O texto ainda fala que a educação deve possibilitar “a aprendizagem de pessoas reflexivas e críticas”.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também tem incentivado os debates acerca da educação no meio católico, em especial a partir da campanha “Fraternidade e Educação”.