Sabará pede o fim de reforma em escola estadual - Arquivo ALMG

Atraso na reforma de escola em Sabará motiva audiência

Serão ouvidos membros do Estado e da construtora que executa a obra para buscar a reabertura da unidade fechada em 2012.

07/07/2022 - 15:24

O atraso na reforma da Escola Estadual Paula Rocha, em Sabará (Região Metropolitana de Belo Horizonte), será tema de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A Comissão de Administração Pública promove nesta sexta-feira (8/7/22), às 10 horas, no Plenarinho I, reunião para averiguar os motivos dessa obra, contratada em 2014, ainda não ter sido finalizada.

Acompanhe a reunião ao vivo e participe do debate.

Segundo a justificativa do requerimento do deputado Coronel Sandro (PL), a reforma recebeu alvará de liberação em 2014, com previsão de execução em 900 dias pela Construtora Gomes Pimentel. A empresa foi contratada pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER-MG).

Obras executadas

No portal do Governo do Estado, é informado o valor total do contrato para restauração e ampliação da escola, de R$ 4,872 milhões, sendo R$ 3,333 milhões previstos inicialmente mais aditivos contratuais de R$ 1,539 milhão. As obras se iniciaram em 14/7/17 e têm previsão de término para o segundo semestre de 2022. A E.E Paula Rocha já está com 80,12 % das obras executadas.

Ainda segundo o site, o prédio foi fechado para reforma no final de 2012, após técnicos do então Departamento de Obras Públicas de Minas Gerais (Deop-MG), atual DEER-MG, detectarem problemas estruturais durante uma vistoria. Centenária, a construção é tombada pelos Institutos de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Estadual (Iepha) e, ainda, pelo município de Sabará. Além da restauração das pinturas históricas, será feita a recuperação do prédio danificado, melhorias no pátio, além de adequações de acessibilidade para dar mais segurança aos alunos.

Fechamento causou transtornos à comunidade escolar

Informações de sites noticiosos abordaram os transtornos provocados pelo fechamento da escola, que atendia a 680 alunos do ensino fundamental. Segundo o Estado de Minas, a mudança provocou revolta de professores, estudantes e seus familiares.

Já o Hoje em Dia informou que, desde 2013, os estudantes passaram a ter aulas em outras duas escolas estaduais. A Professor Zoroastro Vianna Passos recebeu cerca de 560 alunos dos anos finais do fundamental e a Coronel Adelino Castelo Branco, cerca de 120 estudantes dos anos iniciais.

Novamente o Estado de Minas destacou a insatisfação de pais de alunos com o fato de as crianças terem que enfrentar a falta de mesas e cadeiras, paredes sujas e quebradas e a superlotação das salas de aula.

Convidados

Para a reunião desta sexta-feira (8), foram chamados, entre outros convidados: os titulares da Secretaria de Estado de Educação, Júlia Sant’Anna; do DEER-MG, Robson Paes Loures; e da Construtora Gomes Pimentel, Renato Zica Pimentel.