A difícil situação financeira dos servidores estaduais, devido à má vontade do Governo de Minas com a categoria, foi o principal tópico do discurso realizado na Reunião Ordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quarta-feira (23/3/22). 

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O deputado Cristiano Silveira (PT) criticou a postura severa do governo de Romeu Zema (Novo) com os servidores. Na avaliação do parlamentar, essa atitude não condiz com a relação da atual gestão com os amigos do governo, que receberiam altos salários na Cemig e outros órgãos.

Ele destacou que o pessoal da segurança pública está indignado com o governo por este descumprir o acordo firmado em 2020, que garantia o reajuste de 41% para a categoria. O deputado lembrou que no governo Anastasia foi aprovado aumento escalonado para a área e a gestão de Fernando Pimentel honrou o pagamento. 

Lembrou também do descumprimento de várias leis pela atual gestão referentes ao pagamento do Piso Nacional da Educação e das verbas do Fundeb aos servidores da área. “O serviço público não é uma loja de eletrodomésticos. Nosso produto não é uma geladeira, um fogão, mas um bom indicador na educação, na saúde, na segurança”, advertiu.

Retroatividade para todos os servidores

Cristiano Silveira também cumprimentou o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Sávio Souza Cruz (MDB), por ter incorporado uma emenda de autoria do primeiro. O dispositivo garante a retroatividade do reajuste de 10,06% para todos os servidores, e não apenas para algumas categorias, como consta no projeto original.

Por fim, o parlamentar lembrou que, há pouco tempo, no período mais sombrio da pandemia, faziam-se homenagens aos servidores da saúde. E o presente que o governo deu a eles foram as reformas administrativa e previdenciária. “A Assembleia deve agora fazer justiça aos servidores, que precisam ser valorizados”, concluiu.