Maior integração entre laboratórios de universidades e empresas deve ser discutida - Arquivo ALMG

Inovação tecnológica pauta audiência nesta quarta (24)

Políticas para estimular empresas inovadoras em Minas serão debatidas na Comissão de Desenvolvimento Econômico.

23/11/2021 - 11:55

Debater políticas públicas para fomentar o setor de inovação e empreendedorismo no Estado é o objetivo de audiência que a Comissão de Desenvolvimento Econômico realiza nesta quarta-feira (24/11/21), às 9 horas. A reunião será no Auditório José Alencar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e atende a requerimento do deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB).

Segundo destaca o parlamentar no requerimento, estima-se que Minas Gerais possua 21 incubadoras de empresas, duas aceleradoras e quatro parques tecnológicos. Juntos a esses ambientes estariam vinculadas mais de 600 empresas de base tecnológica, com uma estimativa de faturamento de R$ 370 milhões, gerando da ordem de sete mil empregos

Acompanhe a reunião ao vivo.

Sobre a importância da audiência, Antonio Carlos Arantes destaca que empresas inovadoras, em especial startups e spin-offs, demandam um ambiente que favoreça sua sustentabilidade e competitividade no cenário internacional.

"Essa audiência busca estabelecer uma agenda positiva entre os atores do processo de inovação, com a finalidade de estabelecer políticas públicas mais assertivas para estimular o empreendedorismo de base tecnológica e robustecer os ambientes de inovação do Estado", justifica ele no requerimento da audiência.

Hélice Trílice

Ao propor a reunião, Antonio Carlos Arantes ainda registrou que nos últimos anos o Brasil tem se destacado como gerador de conhecimento científico, mas com reflexos ainda modestos para a inovação tecnológica. Tanto que ocupava a 62ª posição no ranking mundial de inovação no ano passado, resultado pior do que o de 2012, quando estava na 42º posição, cita ainda.

Apesar disso, ele considera que o Brasil tem feito esforços na mesma direção de vários outros países, os quais têm criado políticas de estímulo ao chamado modelo Hélice Tríplice, pelo qual a inovação tecnológica deve interrelacionar as empresas, as universidades e o governo.

"Mas as relações entre instituições acadêmicas e empresas ainda são muito frágeis, prejudicando a consolidação do processo de inovação e consequentemente o desenvolvimento econômico e social pretendido", avalia o parlamentar.

Para abordar pontos como esses, foram convidados para a audiência representantes do governo do Estado, da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (Fapemig) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, da Universidade Federal de Minas Gerais (ALMG) e do Parque Tecnológico de Uberaba (Triângulo), entre outros.