Virgílio Guimarães defendeu o desenvolvimento sustentável do Estado

Desenvolvimento do Estado e de cidades do Norte é defendido

Na Reunião Ordinária de Plenário, deputado criticou PL que obriga clube com cachoeira a fornecer colete a usuário.

16/11/2021 - 17:27

A busca do desenvolvimento sustentável do Estado e de alguns municípios do Norte de Minas foi o assunto que mereceu mais atenção durante a Reunião Ordinária de Plenário desta terça-feira (16/11/21). Outro parlamentar criticou a aprovação, em 1º turno na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), de projeto de lei que obriga clubes com cachoeiras e rios a oferecerem coletes salva-vidas para os frequentadores.

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Em sua fala, o deputado Virgílio Guimarães (PT) falou da necessidade de compatibilizar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade. Para ele, é preciso criatividade e competência para equilibrar o crescimento, que inclui a geração de empregos e renda, com a defesa do meio ambiente e do patrimônio histórico e artístico mineiro.

“Para nós, em Minas Gerais, isso jamais pode ser apenas uma declaração de intenções. Temos que agir nesse sentido, para avançar”, reforçou. Ele citou o projeto de construção do Rodoanel, em que a preocupação com a logística e a mobilidade devem estar em equilíbrio com a preservação do patrimônio histórico e ambiental.

Anunciou que está criando uma frente parlamentar com deputados votados nas cidades da Região Metropolitana por onde passará o Rodoanel. E lembrou que, além da preocupação com esse projeto, é importante buscar solucionar os problemas do atual Anel Rodoviário de Belo Horizonte.

Investimentos no Norte de Minas

Já o deputado Carlos Pimenta (PDT) reivindicou investimentos em São Romão e ainda, em Bonito de Minas, municípios do Norte do Estado visitados por ele. Localizado na margem esquerda do São Francisco, com uma área extensa, São Romão tem 15 mil habitantes, é banhado por grandes rios sendo o quarto maior produtor de grãos no Estado.

Apesar disso, o município tem um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo, de 0,640, devido aos baixos investimentos. “Falta investir na área social - saúde, educação, esporte - e ainda, nos produtores rurais”. Ele solicitou que o Governo de Minas construa a ponte sobre o São Francisco, permitindo o escoamento da produção. Hoje, a ligação com o Norte é feita somente por balsas, e com Brasília, são 60 quilômetros de estrada de chão.  

O deputado fez o mesmo pedido de investimentos para Bonito de Minas, município que tem um dos IDHs mais baixos do Estado. “Falta acreditar nessa cidade que fica próxima de Januária”, defendeu. Ele disse ter confiança que o governo Zema fará os investimentos em São Romão e Bonito de Minas, dando “vez e voz a essas populações”.

Coletes

Por fim, o deputado Bartô (sem partido) criticou a aprovação em 1º turno do PL 2.063/20, do deputado Carlos Henrique (Republicanos), que obriga o uso de coletes salva-vidas em lagos, lagoas, rios, riachos, represas e cachoeiras, pelos frequentadores desses locais.

Ele lembrou que apenas ele e o deputado Cleitinho Azevedo (Cidadania) votaram contra a matéria. E conclamou os cidadãos mineiros a questionarem a pertinência da medida. “Você, que frequenta cachoeira e rios e acha absurda essa exigência, questione os deputados. Isso vai trazer um alto custo para os donos de clubes e não vai ser fiscalizado. Me ajude a te ajudar”, conclamou Bartô.

Já o deputado Coronel Sandro (PSL) ressaltou que foi discutido se esse projeto não representaria uma intervenção indevida na liberdade do indivíduo. Segundo afirmou, foi ajustado que somente nas áreas que o Corpo de Bombeiros indicasse como perigosas seria exigido o colete salva-vidas.