Com o objetivo de debater a saúde mental dos estudantes e a política educacional do Estado, principalmente durante a pandemia, a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia realiza audiência pública. Solicitada pelo deputado Professor Cleiton (PSB), a reunião acontece nesta terça-feira (28/9/21), às 9h30, no Plenarinho IV da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

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Segundo a justificativa da reunião, a pandemia de Covid-19, além dos danos à saúde física de muitos brasileiros, tem causado impacto grande na saúde mental. “É preciso chamar a atenção para o risco de uma epidemia paralela, que já dá indícios preocupantes: o aumento do sofrimento psicológico, dos sintomas psíquicos e dos transtornos mentais”, alerta o documento.

Doenças psíquicas - Professor Cleiton ressalta que as implicações para a saúde mental em situações como a atual já foram relatadas na literatura científica. Isso apesar de o impacto da disseminação do coronavírus para as doenças psíquicas ainda não ter sido totalmente mensurado. “Uma das consequências da pandemia é o aumento de transtornos mentais e do trauma psicológico, provocados diretamente pela infecção ou por seus desdobramentos secundários”, afirma.

Ansiedade, estresse, tristeza e depressão são alguns dos efeitos do isolamento social imposto pela pandemia em sua fase mais aguda a toda a população. Os estudantes somam a esses impactos o estresse por terem que enfrentar desafios em decorrência das mudanças adotadas no ensino.

Além de se adaptar rapidamente a um novo modelo de educação, à distância, os jovens tiveram que manter uma rotina de estudos, que inclui a preparação para provas e outras atividades escolares.

Distanciamento - Nesse sentido, o deputado avalia que “discutir o tema é essencial para a saúde psicológica dos alunos neste momento de distanciamento de amigos e familiares e de incertezas quanto ao futuro”. Na avaliação dele, o desempenho escolar é importante, mas o estado emocional também é fundamental.

Para a reunião desta terça (28), foram convidadas as psicólogas: Raquel Silva Ventura, logoterapeuta do Instituto de Educação Emocional Integrada (IEEI); e Fernanda Álvares Leite, fenomenóloga-existencial e psicossomática e integrante do Projeto para Elas do Mestrado da Medicina da UFMG.