Visitas de comissão buscam ouvir comunidades escolares
Exoneração de servidores e fusão de escolas na Capital são temas que preocupam.
23/09/2021 - 13:32A Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai visitar, nesta sexta-feira (24/9/21), duas escolas estaduais localizadas em Belo Horizonte: a Escola Villa Lobos (Rua Ouro Preto, 1.144, Bairro Santo Agostinho) e a Escola Desembargador Rodrigues Campos (Av. Sinfrônio Brochado, 355 – Barreiro). Ambas as visitas foram solicitadas pela deputada Beatriz Cerqueira (PT).
Pela manhã, às 9h30, a visita será à Escola Villa Lobos, que recentemente teve seu corpo diretivo exonerado pela Secretaria de Educação sem nenhuma explicação ou consulta à comunidade escolar. O então diretor, Thiago Luiz Miranda, e as vice diretoras, Bruna Monteiro e Carolina Alcântara, foram apenas comunicados, no fim de agosto, da exoneração.
A decisão deve ser um dos assuntos tratados na visita. "A exoneração não teve motivação nem justificativa. A direção foi eleita com mais de 80% dos votos e realizava um excelente trabalho na gestão da escola. Vamos ouvir a comunidade e a comissão escolar que, pelas primeiras informações, quer ver reconduzida a direção que elegeu. É preciso respeito pela decisão da comunidade", disse a deputada Beatriz Cerqueira.
Escola que será visitada à tarde está sob risco de demolição e de fusão
À tarde, a visita será à Escola Desembargador Rodrigues Campos, que está sob a ameaça de ser fundida com a Escola Alberto Delpino. Além de serem fundidas, perdendo seu nome e identidade, as duas instituições teriam seus prédios demolidos para ceder espaço a uma rodovia. As 26 salas que as escolas, juntas, possuem atualmente seriam transformadas em 20.
A questão já foi debatida em audiência pública na ALMG, quando parte do corpo profissional da Escola Desembargador Rodrigues Campos se posicionou contrariamente à fusão. A instituição, hoje, oferece ensino médio nos três turnos, preparando e capacitando em média 1.400 estudantes por ano.
Trata-se de uma instituição antiga: a escola funciona no Barreiro há quase sete décadas. Seu prédio passou por uma grande reforma em 2008 e atualmente possui acessibilidade. A comunidade escolar, segundo informações do gabinete da deputada Beatriz Cerqueira, acredita que a fusão levaria à perda de investimentos em estrutura e programas.