A transformação da Escola Estadual Doutor Amaro Neves Barreto, na Capital, em Centro de Referência para estudantes com deficiência e a prioridade na vacinação de seus 70 alunos foram as principais demandas apontadas pela Comissão de Defesa da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) após visita à instituição, na manhã desta quarta-feira (18/8/21).

Com o objetivo de verificar as condições estruturais e de ensino da escola, o vice-presidente da comissão, deputado Zé Guilherme (PP), se reuniu com representantes da instituição e da Secretaria de Estado de Educação (SEE).

Funcionando há 37 anos no bairro Flávio Marques Lisboa, região do Barreiro, o estabelecimento oferece ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos para estudantes com deficiências múltiplas. Em função da pandemia, a maioria dos alunos ainda está afastada – apenas 12 já voltaram a frequentar o espaço. 

A comissão já havia feito outras visitas à escola e promovido audiências para discutir a situação da unidade e evitar seu fechamento. Na visita desta quarta, o deputado Zé Guilherme defendeu a otimização do espaço físico de 27 mil m², onde funcionam quatro prédios. 

O parlamentar avalia que a área, hoje subutilizada, poderia se transformar em centro de referência para atendimento pedagógico da pessoa com deficiência, com ampliação da oferta de serviços educacionais. Ele destacou que a escola já é adaptada com rampas, o que facilita a acessibilidade.

Nesse sentido, uma das sugestões foi a criação de espaços para as famílias esperarem até seus filhos serem atendidos. “Sabemos que 80% das pessoas com deficiência são criadas só pela mãe, que passa por muitas dificuldades”, lembrou. 

O parlamentar anunciou ainda que vai pleitear junto ao governo a priorização da imunização dos estudantes da E.E. Doutor Amaro Neves Barreto, para que possam voltar à sala de aula. Durante a visita, houve queixas quanto a carência de profissionais, especialmente de serviços gerais.

De acordo com a SEE, há um processo em andamento para reforma da escola, que ficaria em cerca de R$ 570 mil, mas não há previsão para liberação dos recursos. O dinheiro seria usado na troca dos telhados, eliminação de infiltrações, substituição dos forros, melhoria dos banheiros e pintura dos 4 prédios da escola.  

Presenças - Também estiveram presentes na visita: a diretora da escola, Valéria Cordeiro; o engenheiro metropolitano Aldair Martins, da SEE; a vereadora de Belo Horizonte Professora Marli; e o professor de Educação Física Moisés Barbosa.