Comissão discute precarização do trabalho na Cemig
Possível venda da companhia para a iniciativa privada estaria prejudicando servidores.
09/06/2021 - 12:30A precarização das relações de trabalho na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) será debatida em audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Requerida pelo deputado Betão (PT), a reunião será nesta quinta-feira (10/6/21), às 14 horas, no Auditório do andar SE do Palácio da Inconfidência, com transmissão e participação on-line.
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O deputado Betão justifica a necessidade de realização da audiência em razão de iniciativas do governo estadual e de dirigentes da companhia que, de acordo com o parlamentar, atuam no desmonte da Cemig com a finalidade de privatizá-la.
“É preciso investigar as ações da atual diretoria da Cemig, que vem desmontando setores fundamentais como o de atendimento ao consumidor e precarizando as formas de trabalho dos servidores da companhia. Por isso, essa audiência, mesmo em plena pandemia, é fundamental, porque aos poucos, sob o governo Zema, intensifica-se o desmonte da Cemig para viabilizar a privatização”, afirma Betão.
O parlamentar acrescenta que “todo governo que tem como projeto a privatização, faz o que Zema tem feito com a Cemig hoje. Uma clara tentativa de ataque e desmoralização da estatal, de precarização dos serviços e das condições de trabalhos dos funcionários e a venda ‘fatiada’ da empresa, em plena pandemia. O resultado já sabemos. Assim como foi feito em Goiás, a privatização prejudicou somente aos consumidores”.
Por fim, Betão ressalta outras iniciativas que visam a venda de estatais, lamentando consequências que ele avalia como prejudiciais ao consumidor. “Várias empresas públicas, como os Correios e a Cemig, estão sob forte ameaça de desmonte, o que reflete inicialmente na piora das condições de trabalho dos servidores, fechamento de unidades e na queda da qualidade do serviço”, conclui o deputado.
Convidados – Foram convidados para o debate o secretário de Estado de Governo, Igor Mascarenhas Eto; o diretor-presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho; o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Jairo Nogueira Filho; o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese), Carlos Wagner Costa Machado; além de representantes de diversas entidades sindicais do setor.